por Emir Sader em 11/10/2014 às 12:13
A avaliação amplamente favorável dos governos do PT em relação aos governos tucanos teria dado uma vitória tranquila para a Dilma. Só se torna uma disputa tão acirrada, aberta, pelo uso brutal do monopólio dos meios de comunicação – partido da oposição, como confessou diretora da FSP na campanha de 2010 - que se aproveita do maior erro cometido pelo governo: não ter avançado na democratização dos meios de comunicação.
A parada agora se decide entre o nível de rejeição fabricado contra a Dilma – em que os preconceitos tem um papel fundamental – e a capacidade da militância de neutralizar relativamente o trabalho dos monopólios midiáticos, convencendo das consequências de uma eventual vitória tucana.
A polarização histórica entre a esquerda brasileira e a direita se deu sempre sob essa forma – conquistas sociais, soberania politica e papel ativo do Estado, por um lado, ajuste econômico, subordinação externa e centralidade do mercado, por outro. Foi assim com o Getúlio, que personificou os avanços nos direitos dos trabalhadores, a construção do primeiro projeto nacional e a refundação do Estado no Brasil. A direita se apoiava na ditadura politica como seu argumento fundamental, tratando de desqualificar o fortalecimento do Estado.
Hoje o Brasil parece dividido entre ricos e pobres, entre São Paulo e o nordeste, forma que assume a polarização entre as questões social e nacional por um lado, a questão democrática – no sentido liberal, de menos Estado e, portanto, mais mercado. É uma divisão real do ponto de vista social. Os de menor renda, sempre postergados, foram os mais beneficiados pelas politicas do governo, com razão se deixam enganar menos pela mídia, porque suas vidas mudaram realmente para melhor. Os mais ricos ou setores da classe media estão mais envoltos nos mecanismos de manipulação da mídia.
A divisão geográfica reflete, em parte a divisão social, mas não completamente. Porque se São Paulo é o estado que concentra mais riqueza e, também, ao mesmo tempo, um estado que acumula imensas desigualdades, com grande pobreza e miséria. É mais um caso de hegemonia da elite dominante, que mesmo reproduzindo as desigualdades, conseguiu montar um mecanismo de propaganda publica e de manipulação da consciência de amplos setores da sociedade – inclusive de parte significativa dos próprios pobres –
Pobres contra ricos? As pesquisas não deixam dúvidas, é uma questão social. São Paulo contra o Nordeste? É manipulação ideológica.
A parada agora se decide entre o nível de rejeição fabricado contra a Dilma – em que os preconceitos tem um papel fundamental – e a capacidade da militância de neutralizar relativamente o trabalho dos monopólios midiáticos, convencendo das consequências de uma eventual vitória tucana.
A polarização histórica entre a esquerda brasileira e a direita se deu sempre sob essa forma – conquistas sociais, soberania politica e papel ativo do Estado, por um lado, ajuste econômico, subordinação externa e centralidade do mercado, por outro. Foi assim com o Getúlio, que personificou os avanços nos direitos dos trabalhadores, a construção do primeiro projeto nacional e a refundação do Estado no Brasil. A direita se apoiava na ditadura politica como seu argumento fundamental, tratando de desqualificar o fortalecimento do Estado.
Hoje o Brasil parece dividido entre ricos e pobres, entre São Paulo e o nordeste, forma que assume a polarização entre as questões social e nacional por um lado, a questão democrática – no sentido liberal, de menos Estado e, portanto, mais mercado. É uma divisão real do ponto de vista social. Os de menor renda, sempre postergados, foram os mais beneficiados pelas politicas do governo, com razão se deixam enganar menos pela mídia, porque suas vidas mudaram realmente para melhor. Os mais ricos ou setores da classe media estão mais envoltos nos mecanismos de manipulação da mídia.
A divisão geográfica reflete, em parte a divisão social, mas não completamente. Porque se São Paulo é o estado que concentra mais riqueza e, também, ao mesmo tempo, um estado que acumula imensas desigualdades, com grande pobreza e miséria. É mais um caso de hegemonia da elite dominante, que mesmo reproduzindo as desigualdades, conseguiu montar um mecanismo de propaganda publica e de manipulação da consciência de amplos setores da sociedade – inclusive de parte significativa dos próprios pobres –
Pobres contra ricos? As pesquisas não deixam dúvidas, é uma questão social. São Paulo contra o Nordeste? É manipulação ideológica.
Texto original: CARTA MAIOR
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