quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

JOVEM DETIDO NA VENEZUELA TAMBÉM LEVAVA 150 PARA PROTESTAR

Preso por atos de vandalismo praticado em manifestações na cidade de Mérida diz que recebeu 150 bolívares do ativista político da direita estudantil Vilcar Fernández para que provocasse violência durante protestos contra o governo; presidente Nicolás Maduro rejeitou "ataques fascistas", disse que investigações estão em curso e que há provas sobre a autoria dos ataques



247 – No mesmo momento em que o jovem brasileiro Caio Silva de Souza recebeu R$ 150 em dinheiro, de acordo com seu advogado, para participar de uma manifestação no Rio em que acendeu um rojão e acabou levando uma pessoa à morte, na Venezuela, aconteceu uma história muito parecida.
Um dos jovens detidos pelos atos de violência durante manifestações no país confessou que recebeu do ativista político da direita estudantil Vilcar Fernández 150 bolívares (a moeda local) para que provocasse violência durante protestos na cidade de Mérida. A denúncia foi feita pelo órgão de comunicação do governo do estado de Mérida.
Nesta quinta-feira, a justiça venezuelana aceitou pedido do Ministério Público e emitiu ordens de captura contra o líder do partido opositor Vontade Popular, Leopoldo López, e Iván Carratú Molina e Fernando Gerbasi, respectivamente vice-almirante aposentado e ex-diplomata, por suspeita de envolvimento nos atos de violência registrados nesta quarta-feira 12 em Caracas (leia mais aqui).
Na noite desta quarta-feira 12, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, rejeitou os ataques violentos ocorridos na capital e atribuiu os protestos – que chamou de "ataques fascistas" – à oposição, liderada pelo governador do estado de Miranda, Henrique Capriles. Maduro informou que investigações já estão sendo feitas e que há provas sobre a autoria dos ataques.
Oficialmente, os ataques deixaram até o momento três mortos e 66 feridos. A onda de manifestações, com queima de pneus, se estendeu até tarde ontem e, em algumas cidades, foram feitos "panelaços" em protesto contra o governo de Maduro.
Oposicionistas também reagiram e rejeitaram os comentários feitos por Maduro quanto aos ataques. Em um comunicado, a Mesa da Unidade Democrática (MUD), representação que reúne os principais partidos de oposição no país, também rejeitou os ataques e pediu esclarecimentos sobre os acontecimentos.
Com informações da Agência Brasil

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