Durante investigação de irregularidades no Escândalo do
Banespa, em maio de 2002, os deputados, que investigavam o caso,
ficaram intrigados com o nervosismo demonstrado pelo Palácio do
Planalto e pela cúpula do PSDB com a convocação do economista
Ricardo Sérgio de Oliveira. Caixa de campanha dos tucanos, Ricardo
Sérgio estava intimado a comparecer A Assembléia Legislativa de São
Paulo na quarta-feira 22, onde seria realizada a reunião da CPI.
Diante das câmeras de televisão, o ex-diretor da Área
internacional do Banco do Brasil deveria explicar uma operação
montada por ele em parceria com o Banespa em 1992, que trouxe de
volta ao País US$ 3 milhões sem procedência justificada investidos
nas Ilhas Cayman, um conhecido paraíso fiscal no Caribe. A Operação
Banespa que ajudou Ricardo Sérgio a internar dinheiro de paraísos
fiscais foi aprovada pelo então vice-presidente de operações do
Banespa Vladimir Antônio Rioli. Na época, o senador José Serra
(PSDB-SP) era sócio de Rioli.
De acordo com o contrato social, Serra tinha 10% das cotas da
empresa Consultoria Econômica e Financeira Ltda. Rioli foi
companheiro de militância de Serra na Ação Popular (AP), movimento
de esquerda da década de 60 e arrecadador de recursos para
campanhas do PSDB juntamente com Ricardo Sérgio.Um ano depois, Rioli
autorizou o Banespa a tocar várias operações de câmbio que
permitiram ao ex-diretor do BB e à Calfat trazer outros
recursos do Exterior, provocando um rombo nas contas do ex-banco
estatal. O valor do prejuízo é desconhecido. O processo de
cobrança dessa operação foi retirado da 5ª Vara Civil do Forum de
Santo Amaro, em São Paulo, pelos advogados do banco e sumiu
misteriosamente em 1995.
Esta noticia foi publicada na Revista Isto É Online de 25/05/2002.
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