O
Escândalo da Compra de Votos para Emenda da Reeleição foi
deflagrado quando o jornal Folha de S. Paulo publicou em 14 de abril
de 1997 uma denúncia, acusando o governo de FHC (PSDB) de corrupção,
quatro meses depois de aprovada a reeleição.
A emenda
constitucional foi aprovada, em primeiro turno, com 336 votos
favoráveis na Câmara e seis votos contra.
Em 13 de
maio de 1997, nova reportagem, do mesmo jornal, relata conversa sobre
a compra destes votos.
O personagem central, o deputado
Ronivon Santiago (PFL-AC) dizia ter vendido o seu voto por R$ 200
mil, a favor da emenda da reeleição de Fernando Henrique
Cardoso.
Nesta reportagem Ronivon afirma que recebeu R$
100 mil em dinheiro e que os outros R$ 100 mil, seriam pagos por uma
empreiteira _a CM, que tinha pagamentos para receber do governo do
Acre.
Os compradores do voto do deputado do Acre,
segundo Ronivon, foram dois governadores: Orleir Cameli (sem
partido), do Acre, e Amazonino Mendes (PFL), do Amazonas. Rovinon não
foi o único deputado que se vendeu na votação da reeleição em
dia 28 de janeiro de 1997. Outros deputados acreanos foram envolvidos
na compra.
Na gravação, Ronivon afirma que os cheques
eram do Banco do Amazonas, em nome de uma empresa de Eládio Cameli,
irmão de Orleir Cameli.
Também foram acusados de
participação deputados influentes do Congresso, o então presidente
da Câmara, Luiz Eduardo Magalhães (já falecido, filho do senador
Antônio Carlos Magalhães, também falecido, presidente do Senado na
época), e de ministros do governo Fernando Henrique.
Pelas
conversas gravadas, o esquema teria sido comandado pelo então
ministro das Comunicações, Sérgio Motta (PSDB), já falecido, que
era considerado o homem forte do governo de FHC (PSDB).
TEXTOS RELACIONADOS:
O preço do silêncio da mídiaOPERAÇÃO ABAFA CASO BANESPA
Desde 2000, 623 políticos foram cassados
Nenhum comentário:
Postar um comentário