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segunda-feira, 30 de dezembro de 2013
Mensagem de Início de Ano - 2014
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quarta-feira, 25 de dezembro de 2013
STF virou um partido político?
sábado, 7 de dezembro de 2013
QUEM DISSE QUE A DROGA VEM DOS MORROS?
Laerte Braga
O ex-governador Leonel Brizola, quando acossado pelo corrupto senador José Sarney, então presidente da República (o maior ridículo de nossa história) sobre o tráfico de drogas no Rio de Janeiro, respondeu que “a droga não era cultivada nos morros, ela vem de longe, passa pelas fronteiras do Brasil”.
Um helicóptero de propriedade de um senador de nome Zezé Parrela, conhecido por ter sido presidente do Cruzeiro Esporte Clube e já, anteriormente, processado por lavagem de dinheiro na venda de jogadores, foi abordado pela Polícia Federal numa fazenda do próprio senador, com 450 quilos de cocaína. Seu filho, o deputado estadual Danilo Perrela, pagou o vôo do helicóptero com dinheiro da Assembléia,, uma parte e outra foi paga com dinheiro do Senado.
Recobrado da viagem depois de um banho frio e um chá, o ex-governador de Minas resolveu exigir explicações de Perrela.
Na mídia, silêncio absoluto, sobretudo no porta-voz do PSDB, o JORNAL NACIONAL.
O helicóptero é de Perrela, a viagem foi determinada pelo seu filho, a carga era cocaína, o piloto foi assessor do deputado Perreza, Danilo, acabou sendo o único preso e deve terminar culpado dessa história, do contrário aparece atropelado num bairro qualquer de BH.
O Senado não tomou nenhuma providência, mas a Mesa da Câmara queria abrir processo para cassar José Genoíno e o fato vai sendo relegado, esquecido, confiando na memória dos brasileiros que esquecem tudo quando começa a novela da oito.
A prisão de qualquer traficante gerente do que chamam boca, em qualquer lugar do Brasil, notadamente no Rio de Janeiro, faz com que o JORNAL NACIONAL o transforme numa espécie de Al Capone, um famigerado super criminoso. O pó dos Perrelas e de Aécio é ignorado. Deve prevalecer a lógica de William Bonner, editor do porta-voz da mentira – “prejudica os nossos interesses”. Já estão GLOBO e seus sicários no bolso dessa gente e de outros tantos.
A VEJA, pródiga em denúncias contra figuras como Genoíno, cuja estatura moral e histórica é maior que todos eles juntos, fala de discos voadores, de ets, mas nada do pó dos Perrelas e de Aécio.
É claro que o ex-governador, já conhecido como contumaz consumidor de drogas num coro do Mineirão e em várias denúncias, é cúmplice. Do contrário não seria tão exaltado o seu pavor – pavor mesmo – na denúncia contra o governo federal de “perseguir inocentes” figuras do PSDB.
Vai ficar impune o senador? Vai ficar impune o deputado? Vai ficar impune o ex-governador? Ou o próximo roteiro da próxima novela das oito vai trazer a história de um traficante que virou presidente da República e levou o Brasil às alturas?
O presidente do Senado, Renan Calheiros, é um pulha, não disse nada até agora. Pelo jeito nem vai falar. E se falar vai enrolar.
Como dizia Brizola e Sarney recolheu-se, à época, a seu ridículo, a droga não é produzida nos morros.
Vem do alto, vem de helicóptero pago com dinheiro público.
É preciso ir às ruas, é preciso exigir que bandidos que ocupam cargos públicos sejam afastados e presos. Não está aí Joaquim Barbosa, o homem de Miami?
Do contrário o pó vira fundo de campanha do PSDB, como o metrô de São Paulo.
Deve ser por aí o acordo. E ainda rende um bom patrocínio para o grupo GLOBO emplacar mais um imortal, além de Merval Pereira, o cara de pau que muda as vírgulas de Machado de Assis e publica o texto como sendo seu.
Quem sabe William Bonner pelo conjunto de obras de ficção, o JORNAL NACIONAL?
TEXTO REPLICADO DESTE ENDEREÇO:
http://gilsonsampaio.blogspot.com.br/2013/12/quem-disse-que-droga-vem-dos-morros.html
domingo, 1 de dezembro de 2013
Zezé Perrella, a cocaína e o sobrenome roubado
Por : Kiko Nogueira, no Diário do Centro do Mundo
No: O Carcará
Para onde ia a cocaína apreendida no helicóptero da família Perrella? Segundo a Polícia Federal, para a Europa. Os 450 quilos foram avaliados em 10 milhões de reais. Com o refino, pode chegar a dez vezes isso. É a maior apreensão já ocorrida no Espírito Santo, a segunda maior do ano.
É uma operação milionária. O piloto avisou que receberia 60 mil pelo transporte. Quatro pessoas acabaram presas e foram levadas à Superintendência da PF, em São Torquato, Vila Velha. A polícia investigava a área. O sítio, que valeria 300 mil, teria sido comprado por cerca de 500 mil por um laranja, o que despertou a desconfiança da comunidade.
O “grande” traficante, no Brasil, é visto ainda como o sujeito que mora no morro, tem cara de mau, torce para o Flamengo e vive numa “mansão” (a cada invasão de favela aparece uma jacuzzi vagabunda que os telejornais classificam como “uma das mordomias” de Pezão, Luizão, Jefão ou seja lá quem for).
A possível ligação de dois políticos, pai e filho, com uma apreensão desse tamanho mostra que o tráfico vai muito além disso. O deputado estadual Gustavo Perrella (filho de Zezé), num primeiro momento, declarou que a aeronave fora roubada. Depois surgiu uma troca de mensagens com o piloto. Ele vai depor na PF, bem como sua irmã. O advogado Antonio Carlos de Almeida Castro (o Kakay), diz que o SMS vai provar que seu cliente não sabia de nada. A Folha deu que Gustavo usava verba pública para abastecer a aeronave. O piloto, aliás, era funcionário da Assembleia.
Os Perrellas dão um enredo mafioso clássico. José Perrella, ex-presidente do Cruzeiro, empresário, senador, já foi indiciado por lavagem de dinheiro na venda do zagueiro Luizão, em 2003. Um inquérito da PF e outro do Ministério Público de Minas investigam também ocultação de patrimônio.
Segundo o “Hoje em Dia”, sua mais recente declaração de bens ao TRE falava em apenas 490 mil reais. Só a fazenda Morada Nova, a 300 quilômetros de Belo Horizonte, está avaliada em 60 milhões de reais.
Em matéria de sinais exteriores de riqueza, ainda possui uma Mercedes CL-63 AMG, que custa em torno de 300 mil reais. Sua casa, no bairro Belvedere, o mais caro de BH, estaria avaliada em 10 milhões. Gustavo, por sua vez, é dono de uma Land Rover e um BMW, dos quais só o último foi declarado à Justiça.
Zezé Perrella chegou a BH com os seis irmãos nos anos 70, vindo do interior do estado. Vendiam queijo e linguiça da roça. Seu enriquecimento foi fulminante, especialmente depois de entrar para a política em 1998. Naquele ano, declarou ter 809 mil reais. Na eleição seguinte, perto de 2 milhões. E então um milagre aconteceu: em 2006, seu patrimônio, no papel, caiu para 700 mil. Até chegar aos 490 mil. Um helicóptero como o usado na apreensão de coca sai por 3 milhões. Não há hipótese de ele sair do chão sem que o dono saiba.
O caso dos Perrellas tem os contornos de uma história da máfia até pelo nome italiano. Mas até mesmo aí existe um problema: ele foi, digamos, “emprestado”.
Perrella é o sobrenome de um imigrante do sul da Itália, Pasquale, que começou vendendo banha de porco em Belo Horizonte no início do século passado. A banha servia para conservar alimentos. O negócio prosperou e seus descendentes criaram um frigorífico que se tornaria famoso. Em 1988, o frigorífico foi vendido para José de Oliveira Costa, nosso Zezé, que fez um acordo para passar a assinar Perrella, registrado em cartório. Parte dos netos e bisnetos de Pasquale se arrepende amargamente de ver agora o nome do velho envolvido em crimes. Em fevereiro, a empresa foi acusada de adulterar carnes.
No ano passado, Zezé Perrella escreveu um artigo para o jornal “O Estado de Minas”. Um bom trecho:
A corrupção tem sido, infelizmente, uma constante da política e da administração pública brasileira, além da participação de segmentos privados.
É um fenômeno mundial, no qual alguns países, como o nosso, se destacam pelo grau de incidência e, ainda maior, de impunidade. Mesmo que os escândalos sejam comprovados. Isso resulta na descrença da sociedade na preservação dos valores morais e éticos próprios de uma civilização.
É tempo de um basta definitivo e a oportunidade se aproxima.
Repetindo: é tempo de um basta definitivo e a oportunidade se aproxima.
Ps do O Carcará: Não podemos nunca esquecer que um dos caciques do PSDB está envolvido nisso. O Senador playboy Aécio Neves já saiu em defesa dos Perrella, e o “coisa ruim do FHC já defendeu abertamente o uso e tráfico de drogas.
terça-feira, 26 de novembro de 2013
Unânime, OAB pede ao CNJ que investigue Barbosa
25 de Novembro de 2013 às 18:50
247 - Acaba de ser aprovada, por unanimidade, pela Ordem dos Advogados do Brasil, uma decisão que ainda é ainda mais grave do que uma simples moção de repúdio ao presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa. A OAB irá cobrar do Conselho Nacional de Justiça uma investigação sobre a troca do juiz responsável pela execução das penas do chamado "mensalão".
Após pressões de Joaquim Barbosa, repudiadas por juristas e advogados, o juiz titular da Vara de Execuções Penais, Ademar Vasconcelos, foi substituído por Bruno Ribeiro, filho de um dirigente do PSDB do Distrito Federal. A decisão fere direitos da magistratura e também dos réus.
A decisão causou espanto na magistratura. "Eu espero que não esteja havendo politização, porque não vamos permitir a quebra de um princípio fundamental, que é uma garantia do cidadão, do juiz natural, independentemente de quem seja o réu", afirmou João Ricardo dos Santos Costa, presidente eleito da Associação dos Magistrados do Brasil. Segundo o jurista Claudio Lembo, já existem razões objetivas para o impeachment de Joaquim Barbosa. Os juristas Dalmo de Abreu Dallari e Celso Bandeira de Mello publicaram um manifesto em que defendem uma reação do Supremo Tribunal Federal, para que a corte não se torne refém de seu presidente.
A OAB agiu em resposta a uma cobrança pública feita no início desta tarde por um ex-presidente da entidade, José Roberto Batochio, em reportagem publicada no 247. "Se alguém pode trocar um juiz, porque acha que este será mais rigoroso com os réus, deveria também ser facultado aos réus o direito de escolher o juiz pelo qual querem ser julgados", disse Batochio.
Pela primeira vez na história, o Conselho Nacional de Justiça receberá um pedido de investigação contra um ato de seu próprio presidente, uma vez que Joaquim Barbosa, como chefe do STF, acumula também o comando do CNJ.
Leia abaixo a nota:
segunda-feira, 25 de novembro de 2013 às 18h23
Salvador (BA) - O Conselho Pleno da OAB aprovou por aclamação o envio pela diretoria da entidade, de ofício requerendo a análise do Conselho nacional de Justiça (CNJ), sobre a regularidade da substituição de magistrado da Vara de Execuções Criminais. A decisão do Pleno foi motivada pela recente substituição do juiz responsável pela execução das penas da AP 470.
Leia, abaixo, reportagem anterior sobre a cobrança feita por José Roberto Batochio:
BATOCHIO: "SILÊNCIO DA OAB JÁ FOI ALÉM DO RAZOÁVEL"
Ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, o criminalista José Roberto Batochio cobra uma postura mais firme do atual presidente da entidade, Marcus Vinícius Furtado Coelho, em relação aos abusos cometidos pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, e faz até uma piada: "se o chefe do Poder Judiciário pode escolher um juiz fora dos parâmetros legais porque acha que ele será mais rigoroso do que o juiz natural, deveria ser dado aos réus o direito de também escolher o juiz pelo qual querem ser julgados"; Batochio aponta "heterodoxia" no caso e critica a postura da OAB; polêmica recente diz respeito à escolha feita por Barbosa do juiz Bruno Ribeiro para tocar as prisões da Ação Penal 470
25 DE NOVEMBRO DE 2013 ÀS 14:34
247 - O criminalista José Roberto Batochio, ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, cobra da própria OAB uma atitude mais firme diante dos desmandos do presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa. Segundo ele, o sistema judiciário brasileiro tem dado exemplos recorrentes de "heterodoxia" na Ação Penal 470. Batochio afirma ainda que "o silêncio da OAB já foi além do razoável".
A polêmica mais recente diz respeito à determinação feita por Joaquim Barbosa para que o juiz da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, Ademar Vasconcelos, que conduzia as prisões da Ação Penal 470, fosse substituído por Bruno Ribeiro, filho de um dirigente do PSDB do Distrito Federal. Em relação ao caso, Batochio faz até uma piada. "Se alguém pode trocar um juiz, porque acha que este será mais rigoroso com os réus, deveria também ser facultado aos réus o direito de escolher o juiz pelo qual querem ser julgados", afirma.
A decisão, segundo Batochio, desrespeita a magistratura como um todo, uma vez que os juízes têm vários direitos assegurados, e também a defesa – uma vez que todo réu tem direito ao chamado juiz natural.
Não custa lembrar que Barbosa tentou minar a atuação de Ademar Vasconcelos antes mesmo das prisões, uma vez que, dez dias atrás, já havia mandado as ordens de prisão para Bruno Ribeiro, que estava de férias – e não para o juiz natural.
TEXTO REPLICADO DESTE ENDEREÇO: http://www.brasil247.com/
quarta-feira, 20 de novembro de 2013
Quando a prudência e a certeza se esvaem. Crônica de uma confusão anunciada
Enquanto a prudência pediria do STF um momento a mais de reflexão, a certeza exigiria que os réus-condenados tivessem o direito de serem presos após o esgotamento de todos os recursos
Por: *Luiz Guilherme Arcaro Conci - Marcello Casal Jr./Agência Brasil | No: CartaCapital
A aplicação do direito pelos juízes deve ser norteada não somente pelo direito interno e internacional, mas também por dois valores: a prudência e a certeza.
A prudência, que difere da sabedoria, deve ser tomada como a necessidade de ter em conta os diversos ângulos da decisão jurídica, os instrumentos para operacionalizá-la e os efeitos que dela decorrerão. Exige que se reflita antes de decidir sobre os lados e pontos envolvidos, que se assuma como autoridade importante para dizer o direito, mas não somente o direito do caso concreto, mas, ainda, o direito como deve ser interpretado pelos demais intérpretes em outros casos e situações. O juiz cria direito e por isso tem aumentada a sua responsabilidade, principalmente em corte mais alta.
A certeza deve ser entendida como uma exigência de que a decisão judicial aponte antecipabilidade, que um tribunal decida sem sobressaltos ou alterações a todo momento a depender dos casos, que se perceba uma linearidade em seus julgados. Isso diferencia a certeza, que tem na jurisprudência um dos seus pilares, da casuística exacerbada, da decisão forjada nos moldes diversos dos diversos casos, que não permite ao intérprete-analista antecipar resultados, tendo em vista que não há qualquer ponto de contato entre uma decisão tomada e a outra seguinte.
Assim, pode-se pensar que os juízes também criam uma doutrina racional para os leitores que lhes permite conhecer o que pensam sobre temas diversos, o que alimenta os estudos teóricos e práticos de modo a fazer com que o tribunal e seus juízes sejam conhecidos pelo que pensam e não pelo modo como mudam muito corriqueiramente seus pensamentos e decisões. O juiz tem amarras como a autocontenção não somente pelas decisões de outros tribunais mas pelas suas próprias decisões.
No caso da AP 470, parece-me que os dois temas foram excessivamente negligenciados. A prudência, que exigiria do STF um momento a mais de reflexão, sem açodamento, que percebesse o risco da decisão que tomara, de antecipação da execução de penas sem que réus com recursos pendentes tivessem-nos todos julgados. Que mandados de prisão expedidos para esses réus (pois lhes restam recursos a serem julgados) fossem julgados antes da prisão. Que não se admitisse que réus condenados a regime mais brando (semiaberto) ficassem presos, um minuto sequer, em outro mais gravoso (fechado). Não há qualquer justificativa jurídica ou moral para isso. E que o dinheiro público não fosse gasto para trazer réus das mais diversas localidades do território à Capital Federal, sem respeitar o direito de ficarem presos em seus locais de residência, unicamente para algumas fotos nos jornais ou matérias televisivas. Que a ineficiência do estado e eventual má-fé de servidores servissem para sanar todos os arroubos praticados com o fim de dar uma resposta aos sanguinários de plantão.
A certeza exigiria que os réus-condenados tivesses os mesmos direitos do deputado Natan Donadon, que somente foi preso pelo mesmo tribunal alguns meses antes após o esgotamento de todos os seus recursos. Ou que o STF seguisse a sua jurisprudência, firmada em muitos casos, dentre eles o HC 84.078-MG, de 2009, quando o plenário do STF, o mesmo que proferiu decisão na semana passada, decidiu que há um direito fundamental a recorrer em liberdade até o esgotamento dos recursos, tendo em vista a presunção de inocência que deve ser garantida como consentânea do devido processo legal.
Prudência e certeza têm sido esquecidas nos últimos tempos. São dois valores que precisamos resgatar imediatamente, para própria manutenção da confiança nos tribunais, especialmente, no mais alto, o STF.
Por fim, ainda sobre o “mensalão”, um ponto que precisa, agora, ser retocado. Em que pese todos os avanços da Constituição brasileira em matéria de direitos fundamentais, nosso sistema admite, em casos nos quais o STF funciona como única e última instância, que réus sejam julgados e condenados por único julgamento, sem direito a um recurso analisado por outro tribunal. Trata-se de uma previsão constitucional que viola o direito internacional dos direitos humanos, especialmente a Convenção Americana sobre Direitos Humanos (ou Pacto de São José da Costa Rica), em seu artigo 8, 1, “h”, tal qual interpretado pela Corte Interamericana de Direitos Humanos no caso Barreto Neiva v. Venezuela. A falibilidade humana exige outro julgamento por outro tribunal. Precisamos de uma reforma constitucional para adequar nossa constituição ao parâmetro firmado internacionalmente, pois se trata de atribuir, a todos e qualquer réu, uma proteção mais eficiente (princípio pro persona) que aquela proporcionada pela Constituição brasileira.
* Luiz Guilherme Arcaro Conci é coordenador do curso de especialização em direito constitucional da PUC-SP e presidente da Coordenação do Sistema Internacional de Proteção dos Direitos Humanos do Conselho Federal da OAB
quarta-feira, 13 de novembro de 2013
Corrupção tucana: Não dá na Globo!
No: Correio do Brasil
Agentes da Polícia Federal (PF) têm incentivando os suspeitos no caso do propinoduto tucano a fazerem acordo de delação premiada no escândalo do cartel formado em relação às obras do metrô paulistano. Em troca de eventual redução de pena e outros benefícios, eles se tornam “investigados colaboradores” e revelam o que sabem do relacionamento criminoso entre os funcionários públicos e as empresas multinacionais contratadas durante os governos Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin, todos do PSDB, entre 1998 e 2008.
Até agora, a estratégia tem funcionado e dois executivos daquelas multinacionais já aceitaram os termos da proposta, homologada pela Justiça Federal, com base na Lei 12.850, de agosto passado, que define organização criminosa, dispõe sobre os meios de obtenção da prova e autoriza expressamente todo delegado de polícia, nos autos do inquérito, a requerer ou representar ao juiz pela concessão do perdão judicial ao colaborador.
Segue sob rígido sigilo a identidade dos “colaboradores” e, com base em novas técnicas de investigação, segundo fonte, “o inquérito agora avança rapidamente para se chegar a todos os reais beneficiários do esquema fraudulento de licitações e de corrupção”.
Segundo um delegado federal, um dos investigados “confirmou a existência do cartel entre as empresas participantes das licitações relacionadas ao Metrô de São Paulo”. Ele informou que “o representante de uma dessas empresas deixou clara a necessidade do pagamento de propinas para a consecução do projeto”. Expôs que a Procint Consultoria e a Constech Consultoria “seriam utilizadas apenas para viabilizar repasses de valores de propina ao cliente”.
A PF anexou aos autos do processo o relato de um desses “colaboradores”, segundo o qual “representantes da Alstom e da Mitsui disseram quanto sua empresa deveria pagar a título de propina disfarçada de ‘consultoria”. Ele afirmou que “nenhum serviço de consultoria foi prestado pela Procint e Constech”. Foram bloqueados os bens de grupo de envolvidos na organização criminosa que acredita ter feito parte do cartel em contratos com a CPTM.
A Procint, sob a direção do engenheiro Arthur Teixeira, de quem a Justiça confiscou R$ 9,7 milhões, teria repassado cerca de US$ 200 mil para uma conta em Zurique, de titularidade do ex-diretor de Operações da CPTM João Roberto Zaniboni, que atuava nos governos Covas e Alckmin. “Um outro delator do esquema foi taxativo ao apontar os desvios ocorridos na execução do projeto Linha 5 Lilás do Metrô – trecho no extremo sul da capital (Capão Redondo/Largo 13) –, executado pelo Consórcio Sistrem, integrado por multinacionais como Alstom, Siemens, CAF e Bombardier”, afirma uma reportagem publicada na edição desta segunda-feira do diário conservador paulistano Estado de S. Paulo.
O depoimento do executivo foi classificado em 12 itens “reveladores”, segundo um dos delegados federais responsáveis pelas investigações. Ele relatou que sua empresa mantinha contratos de consultoria com a Procint, a Constech, a Leraway e a Gantown relativos à licitação da Linha Lilás – 9% dos valores recebidos pela empresa deveriam ser pagos a título de consultoria, sendo 3% para a Gantown, 5% para a Leraway, 0,5% para a Constech e 0,5% para a Procint. “Os pagamentos das comissões eram condicionados ao recebimento dos pagamentos por parte da CPTM” – disse.
Ainda segundo o delator, “os valores dessas comissões eram destinados a funcionários públicos. Um funcionário de outra empresa e um assessor da Presidência da CPTM confirmaram essa informação”.
O executivo acrescentou que Teixeira chegou a lhe “confrontar” porque ele teria questionado uma assessora da presidência da CPTM sobre o valor da comissão. Ele afirmou que as firmas de consultoria “eram colocadas como muralhas entre as interessadas na licitação e a CPTM, de forma que somente a Procint e a Constech é que organizavam os projetos voltados ao cartel e fraude à licitação a pedido das empresas estatais de transporte”.
Texto replicado : O CARCARÁ
domingo, 22 de setembro de 2013
segunda-feira, 26 de agosto de 2013
Todos os homens do propinoduto tucano
Todos os homens do propinoduto tucano
Por: Alan Rodrigues, Pedro Marcondes de Moura e Sérgio Pardellas, na IstoÉ
Na última semana, as investigações do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e do Ministério Público mostraram a abrangência nacional do cartel na área de transporte sobre trilhos. A tramoia, concluíram as apurações, reproduziu em diversas regiões do País a sistemática observada em São Paulo, de conluio nas licitações, combinação de preços superfaturados e subcontratação de empresas derrotadas. As fraudes que atravessaram incólumes 20 anos de governos do PSDB em São Paulo carregam, no entanto, peculiaridades que as diferem substancialmente das demais que estão sendo investigadas pelas autoridades. O esquema paulista distingue-se pelo pioneirismo (começou a funcionar em 1998, em meio ao governo do tucano Mário Covas), duração, tamanho e valores envolvidos – quase meio bilhão de reais drenados durante as administrações tucanas. Porém, ainda mais importante, o escândalo do Metrô em São Paulo já tem identificada a participação de agentes públicos ligados ao partido instalado no poder. Em troca do aval para deixar as falcatruas correrem soltas e multiplicarem os lucros do cartel, quadros importantes do PSDB levaram propina e azeitaram um propinoduto que desviou recursos públicos para alimentar campanhas eleitorais.
Texto retirado do blog: O CARCARÁ
sábado, 27 de julho de 2013
Balde de água fria: O Estadão começa a admitir que o “mensalão” não existiu
segunda-feira, 8 de julho de 2013
Joaquim Barbosa escondeu laudo que envolvia o filho
sábado, 15 de junho de 2013
TJMG confirma: Aécio Neves é réu e será julgado por desvio de R$4,3 bilhões da saúde
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Desembargadores negaram recurso da defesa de Aécio Neves e mantiveram ação por improbidade administrativa (Foto: Governo de Minas Gerais / Leo Drumond / Flickr) |