segunda-feira, 17 de janeiro de 2022

Mundo-3: os novos ventos na América Latina

 Por Altamiro Borges


Derrubada (1960), Portinari

A luta de classes segue movendo o mundo. Na geopolítica internacional, há importantes mudanças em curso. Os EUA já não mandam e desmandam como antes. A potência imperialista está enfiada em uma crise econômica sem precedentes, perdendo o papel de liderança no planeta. A sua hegemonia nas armas, no front militar, também sofre abalos, como ficou evidenciado após 20 anos de ocupação criminosa no Afeganistão.

Mundo-2: neofascismo e ultraneoliberalismo

 Por Altamiro Borges


Família (1935), Portinari

Nessa nova fase regressiva e destrutiva do capitalismo, que concentra a riqueza e faz explodir a miséria, há uma combinação perversa entre o ultraneoliberalismo na economia, o fascismo na política e o obscurantismo nos valores e nos direitos humanos. Ocorre um processo de fascistização no mundo.

Mundo-1: pandemia, desigualdade e resistência

 Por Altamiro Borges


Família (1935), Portinari

O mundo do trabalho vive o pior dos mundos. A pandemia da Covid-19 só agravou o cenário de desigualdades sociais, desemprego, queda de renda, regressão trabalhista, desalento e falta de perspectivas – principalmente entre os mais jovens. A crise do capitalismo, que é prolongada, estrutural e sistêmica, ganhou contornos ainda mais trágicos com o novo coronavírus.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

Pedro Monzón: 'A revolução cubana é o povo'

 Do site da CTB:



Cena emblemática do filme de Coppola: um bolo com desenho
da ilha sendo repartido entre chefes mafiosos. Foto: arquivo GMB   
Em uma longa entrevista aos jornalistas Umberto Martins e Osvaldo Bertolino, o Cônsul Geral de Cuba em São Paulo, Pedro Monzón, mostra as razões pelas quais recorrentes ofensivas dos Estados Unidos para sufocar a Revolução e reinstalar no país um regime capitalista subserviente a Washington são rechaçadas e têm fracassado ao longo da história. A Revolução resgatou a dignidade do povo. Consumada em 1959, sob a liderança de Fidel Castro e Che Guevara, completa 63 anos no reveillon de 2022. Antes da vitória dos rebeldes a sedutora ilha caribenha era governada pelo ditador Fulgêncio Batista e mais parecia um grande bordel controlado pela máfia estadunidense, como sugere “O poderoso chefão (2)”, filme do célebre cineasta Francis Ford Coppola.

Conforme assinala o Cônsul, hoje em dia não existem moradores de rua e ninguém passa fome em Cuba, Saúde e Educação são direitos de todo o povo garantidos pelo Estado socialista, não podem ser exploradas como mercadorias. Por maiores que sejam as agressões e infâmias que contra ela são diuturnamente disparados pelos EUA e a mídia burguesa, a Revolução resiste enquanto a contrarrevolução fracassa a cada empreitada porque esta é a vontade soberana do povo cubano, que não se deixa levar pelo canto de sereia neoliberal, não se dobra ao tacão imperialista e não admite retrocesso.

A temerária ostentação da nova classe

  O 0,1% camufla sua fortuna em paraísos fiscais, mas gosta, perigosamente, de exibir. Mansões, festas, estátuas e Forbes. Há sinais de que a apatia pode virar ira. Mas quais políticas podem transformá-la em redistribuição profunda de riquezas?

Publicado 04/11/2021 às 20:33 - Atualizado 04/11/2021 às 20:45




Por John FefferForeign Policy In Focus | Tradução: Victor Costa

Os ricos sempre alardearam sua riqueza. Raramente gostam apenas do sucesso financeiro, mas também querem ser notados.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2022

Quando brasileiras brancas descobrem na Europa que, com a brancura, não podem mobilizar privilégios

  

Moro na França há alguns anos. Também já morei na Itália e, além dos meus estudos sobre branquitude, convivo com brasileiras no exterior e tenho uma vasta experiência com as frustrações, queixas e crises de mulheres brancas, sobretudo das classes médias e altas. Eu observo pessoas brancas há muito tempo. Acho que comecei a refletir sobre elas ouvindo as histórias das mulheres da minha família que trabalhavam nas suas cozinhas, fazendas, em estreita relação com a branquitude brasileira. Então, não me faltaram relatos sobre como se comportavam, pensavam, diziam e se relacionavam, sobretudo com os seus iguais e o seu Outro (negros e negras). 

Vamos ficar iguais aos estadunidenses?

Por Marcos Coimbra, no site Brasil-247:


Temos que prestar atenção ao que está acontecendo nos EUA.


Os Estados Unidos, que já foram o símbolo da democracia moderna, são, hoje, o país onde a deterioração democrática está mais avançada.


Chegaram a um ponto que parece sem retorno.


A possível volta de Trump à Presidência, daqui a três anos, será o fim de tudo (ele lidera as primeiras pesquisas a respeito da eleição de 2024).


Estamos nesse caminho, em um lugar desconhecido. Perto ou ainda distantes?


O certo é que, se Bolsonaro fosse vencer a próxima eleição, estaríamos muito, muito perto dos americanos.


Mas a distância em relação a essa catástrofe pode não ser grande, caso a vitória de Lula venha com margem estreita.