tag:blogger.com,1999:blog-3455092754587145282024-03-13T08:39:30.401-07:00O s E s p i n h o s d o M a n d a c a r úAs notícias aqui geralmente não saem na chamada grande imprensa ou são poucos divulgadas.
SE VOCÊ NÃO FOR CUIDADOSO OS JORNAIS FARÃO VOCÊ ODIAR AS PESSOAS QUE ESTÃO SENDO OPRIMIDAS E AMAR AS PESSOAS QUE ESTÃO OPRIMINDO (Malcon X)Sergipe Mandacaruhttp://www.blogger.com/profile/17028611895716172178noreply@blogger.comBlogger352125tag:blogger.com,1999:blog-345509275458714528.post-15360816658780905202022-01-17T11:04:00.002-08:002022-01-17T11:04:17.620-08:00Mundo-3: os novos ventos na América Latina<p> <b>Por Altamiro Borges</b></p><div><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgOYFO4O_DaWyf90KUPcqm3-xYk07buhPT9hzQPVP0iwPSA5_K9R0BbdZtr-WIqh16CY3VTNf90m498qNdMLlyY9CwTKzsqVie2-UUqiGfOBfoTuPpmE47krHzcMJZmzVkAfFpp9S_e-KQHqcdb2F5pjg3upazwOfmcdD0UUjw4wsa94AhZ_FbKKqhVRw=s482" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="116" data-original-width="482" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgOYFO4O_DaWyf90KUPcqm3-xYk07buhPT9hzQPVP0iwPSA5_K9R0BbdZtr-WIqh16CY3VTNf90m498qNdMLlyY9CwTKzsqVie2-UUqiGfOBfoTuPpmE47krHzcMJZmzVkAfFpp9S_e-KQHqcdb2F5pjg3upazwOfmcdD0UUjw4wsa94AhZ_FbKKqhVRw=s16000" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>Derrubada (1960), Portinari</i></td></tr></tbody></table><br /><div><div style="text-align: justify;">A luta de classes segue movendo o mundo. Na geopolítica internacional, há importantes mudanças em curso. Os EUA já não mandam e desmandam como antes. A potência imperialista está enfiada em uma crise econômica sem precedentes, perdendo o papel de liderança no planeta. A sua hegemonia nas armas, no front militar, também sofre abalos, como ficou evidenciado após 20 anos de ocupação criminosa no Afeganistão.</div><span><a name='more'></a></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A degradação acelerada do império explica, inclusive, o trágico governo do fascista Donald Trump – um ser patético e grotesco –, o que só aumentou o isolamento dos EUA no mundo. A tentativa frustrada de manter o poder, com a violenta invasão em janeiro passado do Capitólio – o congresso ianque – confirmou o grau de degradação dessa nação apodrecida.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O declínio relativo do imperialismo ianque tem relação direta com a ascensão de outras potências, em especial da China, no terreno econômico, e da Rússia, no campo militar. Esses e outros países erguem projetos próprios de desenvolvimento nacional, alguns até com ingredientes socialistas, mas não se apresentam hoje como alternativa mundial ao capitalismo. Eles exploram as contradições e se desenvolvem no âmbito da própria economia capitalista.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Essa profunda mudança na geopolítica mundial tende a aumentar as tensões em todos os terrenos – na briga econômica-comercial por mercados, nas interferências políticas em nações dependentes, nas aventuras militares e até na guerra tecnológica em torno do 5G. Essa alteração, com a crise sistêmica do capitalismo e o declínio relativo do império, gera turbulências e incertezas, mas, ao mesmo tempo, favorece a luta dos trabalhadores.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><b><div style="text-align: justify;"><b>A resistência crescente dos trabalhadores</b></div></b><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Apesar das dificuldades estruturais, decorrentes das profundas mutações no mundo do trabalho e da brutal ofensiva neoliberal contra os direitos trabalhistas, os explorados resistem. No mundo inteiro, os trabalhadores estão em luta. Ela se expressa de diferentes formas e com distintas intensidades.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Na Europa, as greves e mobilizações sindicais têm conseguido conter, minimamente, a retirada de direitos trabalhistas e previdenciários. Há ricas experiências de lutas dos escravos dos aplicativos, dos “uberizados”, inclusive com a conquista de alguns avanços na regulamentação desse trabalho. Essas lutas também têm sido decisivas para barrar a eleição de novos expoentes da extrema-direita europeia – como em Portugal, na Espanha, na Itália e nos países escandinavos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Já nos EUA, houve uma explosão de protestos contra o racismo e a miséria. O assassinato em maio de 2020, na cidade de Minneápolis, do trabalhador negro George Floyd – que fora infectado pela Covid-19, demitido da sua empresa e morreu sob o joelho de um policial branco – foi o estopim de uma onda de revolta só vista nos anos 1960. A frase “não consigo respirar” virou o lema dos que lutam por uma vida digna, sem opressão e exploração.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Essa massiva e radicalizada mobilização nas ruas foi decisiva para a derrota, nas urnas, do racista e negacionista Donald Trump. Ela ainda forçou o novo presidente dos EUA, Joe Biden, a abrir um debate na sociedade sobre o papel do Estado no enfrentamento da barbárie do “deus-mercado” e sobre a necessidade de novas normas contra o trabalho precário.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><b><div style="text-align: justify;"><b>Das trevas às luzes no continente</b></div></b><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Na nossa América Latina, esse processo de luta também tem produzido resultados alvissareiros. Eles ainda são incertos e instáveis, mas apontam para uma tendência positiva no próximo período. No Chile, os constantes protestos – inclusive durante a pandemia – enfraqueceram o governo neoliberal de Sebastian Piñera e resultaram no enterro da Constituição herdada do ditador Augusto Pinochet. Em dezembro de 2021, a rebeldia nas ruas resultou em uma histórica vitória nas urnas – com o rechaço do neofascista José Antonio Kast e a eleição do líder de esquerda Gabriel Boric.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Pouco antes, em novembro, Xiomara Castro foi eleita a primeira presidenta de Honduras, derrotando os fascistoides que depuseram seu marido, Manuel Zelaya, no golpe de Estado de 2009. Já em julho, no Peru, a onda de insatisfação contra o desmonte neoliberal resultou na vitória do sindicalista e professor Pedro Castillo no pleito presidencial.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Também na Nicarágua e na Venezuela, as forças direitistas, ligadas aos EUA, perderam nas urnas no ano passado. Já no final de 2020, em um feito heroico, os povos indígenas da Bolívia derrotaram a oligarquia racista e o império ianque, que haviam dado um golpe em novembro de 2019, e mandaram para a cadeia a fantoche Jeanine Áñez e os generais golpistas.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Já na Colômbia, o clima insurrecional dura mais de dois anos. Os trabalhadores e a juventude erguem trincheiras em Bogotá e outros centros urbanos, enfrentam a brutal violência policial e já derrotaram o plano de austeridade fiscal do facínora Iván Duque. Gustavo Petro, candidato de uma ampla aliança progressista, é o favorito para as eleições de maio próximo.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Dos massivos protestos de rua às urnas, os explorados do nosso sofrido continente têm derrotado as forças da ultradireita neoliberal. Com todas suas contradições e limitações, os novos governos procuram saídas para a grave crise econômica, social e política na região. Das trevas às luzes, a América Latina – que tem o Brasil como uma importante força – se levanta e volta a ter esperanças!</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">* Terceira e última parte do primeiro bloco. Texto elaborado como contribuição para o 10º Congresso do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente de São Paulo (Sintaema).</div><br />** Continua... No próximo bloco, uma análise da complexa conjuntura nacional.<br /><br /><br /><b>Texto original :<a href="https://www.blogger.com/#" target="_blank"> BLOG DO MIRO</a></b></div><div><br /></div><div><b>Texto replicado de : <a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2022/01/mundo-3-os-novos-ventos-na-america.html" target="_blank">CARLOS - Professor de Geografia</a></b></div><div><br /></div><div><b>Textos relacionados</b></div><div><div><b><a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2022/01/mundo-1-pandemia-desigualdade-e.html" target="_blank">Mundo-1: pandemia, desigualdade e resistência</a></b></div><div><b><a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2022/01/mundo-2-neofascismo-e.html" target="_blank">Mundo-2: neofascismo e ultraneoliberalismo</a></b></div><div><b><a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2022/01/mundo-3-os-novos-ventos-na-america.html" target="_blank">Mundo-3: os novos ventos na América Latina</a></b></div></div><span><!--more--></span>Antônio Carloshttp://www.blogger.com/profile/18062868840970819727noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-345509275458714528.post-18869846399538177662022-01-17T11:02:00.003-08:002022-01-17T11:02:37.766-08:00Mundo-2: neofascismo e ultraneoliberalismo<p> <b>Por Altamiro Borges</b></p><div><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiOeDvaQ4_xp31y_TXyb2LBjK_yJjb-Z5xZdWuPyeZjbo8HvGX07CAsmSjuIyWbTYj6BxDhnhHD9enti2iLuEOPv_1XNgsGhHwIpjV0WL4LZyqze51WiPGYgEVfkHL8IHjkv9SNIb8N0ccIhUstHd95QTH6x8SSui7oGeAaWwz6IR2UjSjK-0F9vKS8Gw=s320" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="320" data-original-width="318" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiOeDvaQ4_xp31y_TXyb2LBjK_yJjb-Z5xZdWuPyeZjbo8HvGX07CAsmSjuIyWbTYj6BxDhnhHD9enti2iLuEOPv_1XNgsGhHwIpjV0WL4LZyqze51WiPGYgEVfkHL8IHjkv9SNIb8N0ccIhUstHd95QTH6x8SSui7oGeAaWwz6IR2UjSjK-0F9vKS8Gw=w398-h400" width="398" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>Família (1935), Portinari</i></td></tr></tbody></table><br /><div><div style="text-align: justify;">Nessa nova fase regressiva e destrutiva do capitalismo, que concentra a riqueza e faz explodir a miséria, há uma combinação perversa entre o ultraneoliberalismo na economia, o fascismo na política e o obscurantismo nos valores e nos direitos humanos. Ocorre um processo de fascistização no mundo.</div><span><a name='more'></a></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O neoliberalismo aguçou as contradições do sistema, o que ampliou suas deformações e depravações, como aumento da violência urbana e do drama da imigração. Ele também fragilizou as instituições democráticas do Estado, travou as mudanças mais progressistas na sociedade e fragmentou a capacidade de resistência dos trabalhadores.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Esses fenômenos foram o caldo de cultura para o avanço de ideias ultradireitistas contra os imigrantes, em favor da necropolítica, do negacionismo na ciência, da rejeição das conquistas recentes contra o machismo, o racismo, a homofobia, entre outros direitos civilizatórios.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A eleição do neofascista Jair Bolsonaro no Brasil faz parte dessa onda reacionária internacional; não é um fator isolado. Isto explica a ascensão de figuras sinistras e patéticas, como Donald Trump (EUA), Boris Johnson (Reino Unido), Matteo Salvini (Itália), Marine Le Pen (França), Viktor Orbán (Hungria), Rodrigo Duterte (Filipinas), entre tantos outros.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><b><div style="text-align: justify;"><b>Golpes e retrocessos na América Latina</b></div></b><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A nossa América Latina sentiu o impacto dessa onda fascistizante. Após despontar como vanguarda na luta contra o desmonte neoliberal no planeta – como seus Fóruns Sociais Mundiais, greves urbanas, revoltas indígenas e camponesas e eleições de governos progressistas no início deste século –, nosso subcontinente sofreu uma devastadora regressão.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Para bloquear as tímidas reformas sociais e implodir as iniciativas de integração regional – que barraram a Alca, reforçaram o Mercosul e criaram a Unasul, a Celac e outras instâncias de unidade latino-americana –, as oligarquias locais e o império ianque promoveram golpes judiciais-parlamentares-midiáticos em Honduras (2009), Paraguai (2012), Brasil (2016) e Bolívia (2019).</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Na treva que se abateu na região, as forças da extrema-direita e da direita neoliberal também venceram eleições na Argentina, Uruguai, Equador, Paraguai, Chile, El Salvador, entre outros países da América Latina e Caribe. E o imperialismo seguiu apostando na desestabilização da Venezuela e de Cuba.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Foi um tsunami reacionário, que resultou em desmonte dos Estados nacionais, em ataques aos direitos trabalhistas, em destruição de políticas públicas, na explosão de desemprego e da miséria e no avanço do autoritarismo, com o endurecimento das relações com o sindicalismo e os movimentos sociais. Anos sombrios, que finalmente começam a ser superados.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">* Segundo parte. Texto elaborado como contribuição para o 10º Congresso do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente de São Paulo (Sintaema).</div><br /><b>** Continua.</b>..<br /><br /><b>Texto original : <a href="https://www.blogger.com/#">BLOG DO MIRO</a></b></div><div><br /></div><div><b>Texto replicado de : <a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2022/01/mundo-2-neofascismo-e.html" target="_blank">CARLOS -Professor de geografia</a></b></div><div><br /></div><div><div><b>Textos relacionados</b></div><div><b><a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2022/01/mundo-1-pandemia-desigualdade-e.html" target="_blank">Mundo-1: pandemia, desigualdade e resistência</a></b></div><div><b><a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2022/01/mundo-2-neofascismo-e.html" target="_blank">Mundo-2: neofascismo e ultraneoliberalismo</a></b></div><div><b><a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2022/01/mundo-3-os-novos-ventos-na-america.html" target="_blank">Mundo-3: os novos ventos na América Latina</a></b></div></div>Antônio Carloshttp://www.blogger.com/profile/18062868840970819727noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-345509275458714528.post-81024514539761515772022-01-17T11:00:00.003-08:002022-01-17T11:00:50.390-08:00Mundo-1: pandemia, desigualdade e resistência<p> <b style="text-align: justify;">Por Altamiro Borges</b></p><div style="text-align: justify;"><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhXMjZ_kwj86qI8_6YK7C5mxp7ItNTQYNbLKPWcRwTecGTdEHUowZgiHSdkAsaOkNONBVsOLpGdjfdrYQS0NGXW4VQR_rSE-QBvV3ZllZiRpabnjuXAmfKhB1NIEW51EcaOPGng5lv9ZRrHBm_uqGRIdk9NcBDP7TQcxEy6aLnI7mz2UJkcS9AFnSsnKg=s320" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="262" data-original-width="320" height="328" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhXMjZ_kwj86qI8_6YK7C5mxp7ItNTQYNbLKPWcRwTecGTdEHUowZgiHSdkAsaOkNONBVsOLpGdjfdrYQS0NGXW4VQR_rSE-QBvV3ZllZiRpabnjuXAmfKhB1NIEW51EcaOPGng5lv9ZRrHBm_uqGRIdk9NcBDP7TQcxEy6aLnI7mz2UJkcS9AFnSsnKg=w400-h328" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>Família (1935), Portinari</i></td></tr></tbody></table><br /></div><div><div style="text-align: justify;">O mundo do trabalho vive o pior dos mundos. A pandemia da Covid-19 só agravou o cenário de desigualdades sociais, desemprego, queda de renda, regressão trabalhista, desalento e falta de perspectivas – principalmente entre os mais jovens. A crise do capitalismo, que é prolongada, estrutural e sistêmica, ganhou contornos ainda mais trágicos com o novo coronavírus.</div><span><a name='more'></a></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Por outro lado, a pandemia acelerou o processo de mudança na geopolítica mundial, com o declínio relativo dos EUA e a ascensão de novas nações, com destaque para a China. A humilhação do império no Afeganistão, após 20 anos de ocupação criminosa e gastos de dois trilhões de dólares, é a prova mais recente dessa mutação do quadro internacional.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O agravamento das contradições no capitalismo tem como consequência o aumento da resistência dos trabalhadores em todos os países. Greves, explosões de revoltas e novas formas de confronto pipocam pelo mundo, mas ainda não conseguiram alterar a situação de defensiva estratégica da luta dos trabalhadores.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Na América Latina, os povos voltam a se insurgir contra as oligarquias locais, aliadas dos EUA, obtendo expressivas vitórias no Chile, Peru, Honduras, Bolívia – entre outras nações da nossa sofrida região.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Esse cenário complexo, volátil e cheio de incertezas confirma que para enfrentar a barbárie capitalista é urgente investir cada vez mais na mobilização, na conscientização e na organização dos explorados. A humanidade corre sérios riscos sob a égide do capitalismo!</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><b><div style="text-align: justify;"><b>Explosão das desigualdades sociais</b></div></b><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Estudo divulgado em fevereiro passado pela ONG Oxfam Internacional, intitulado “O vírus da desigualdade”, confirma que a pandemia do novo coronavírus só agravou as desgraças que já vinham devastando a sociedade neste longo período de capitalismo destrutivo e regressivo.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">“O vírus expôs, alimentou e aumentou as desigualdades de renda, gênero e raça já existentes. Milhões de pessoas já morreram e centenas de milhões estão sendo jogadas na pobreza, enquanto os mais ricos – indivíduos e empresas – prosperam. As fortunas dos bilionários voltaram ao pico pré-pandêmico em apenas nove meses, enquanto a recuperação para as pessoas mais pobres do mundo pode levar mais de uma década... Estima-se que o total de pessoas que vivem na pobreza pode ter aumentado entre 200 milhões e 500 milhões em 2020”, afirma o relatório.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Entre março de 2020, quando a pandemia do novo coronavírus foi reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), e no final daquele ano, os bilionários acumularam US$ 3,9 trilhões em riquezas. Apenas os 10 maiores ricaços do planeta aumentaram em US$ 540 bilhões sua fortuna no período, segundo o ranking elaborado pela revista Forbes.</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-weight: 700;"><br /></span></div><span style="font-weight: bold;"><div style="text-align: justify;">Violenta regressão do trabalho</div></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Nesse acelerado e brutal processo de regressão, os assalariados foram duramente atingidos – apesar da resistência do sindicalismo em vários países. Segundo relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), atualmente meio bilhão de pessoas estão desempregadas ou subempregadas no planeta.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Os ataques do capital aos trabalhadores se deram em duas dimensões. No nível macro, a aplicação do receituário ultraneoliberal na economia resultou em demissões, arrocho salarial e retirada de antigos direitos trabalhistas. Estudos da OIT apontam que na maioria dos países os governos aprovaram “deformas” trabalhistas e previdenciárias e adotaram medidas autoritárias para conter a ação sindical, enfraquecendo a união e a resistência dos trabalhadores.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Já no nível micro, das empresas, a reestruturação produtiva se intensificou com as novas tecnologias de informação. A pandemia da Covid-19 acelerou ainda mais o processo que já estava em curso de “uberização” do trabalho e do chamado home office, com a individualização das relações no trabalho – uma nova modalidade de regulação, com jornadas maiores, salários menores e cortes de direitos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">* Texto elaborado como contribuição para o 10º Congresso do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente de São Paulo (Sintaema).</div><br /><b>** Continua...</b><br /><br /><b>Texto original : <a href="https://altamiroborges.blogspot.com/2022/01/mundo-1-pandemia-desigualdade-e.html#more" target="_blank">BLOG DO MIRO</a></b></div><div><br /></div><div><b>Texto replicado de :<a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2022/01/mundo-1-pandemia-desigualdade-e.html" target="_blank"> CARLOS - Professor de Geografia</a></b></div><div><br /></div><div><b>Textos relacionados</b></div><div><b><a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2022/01/mundo-1-pandemia-desigualdade-e.html" target="_blank">Mundo-1: pandemia, desigualdade e resistência</a></b></div><div><b><a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2022/01/mundo-2-neofascismo-e.html" target="_blank">Mundo-2: neofascismo e ultraneoliberalismo</a></b></div><div><b><a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2022/01/mundo-3-os-novos-ventos-na-america.html" target="_blank">Mundo-3: os novos ventos na América Latina</a></b></div><div><br /></div>Antônio Carloshttp://www.blogger.com/profile/18062868840970819727noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-345509275458714528.post-22947141214430946372022-01-14T10:37:00.001-08:002022-01-14T10:37:12.885-08:00Pedro Monzón: 'A revolução cubana é o povo'<p> Do site da <a href="https://ctb.org.br/sem-categoria/pedro-monzon-a-revolucao-cubana-e-o-povo-nao-e-um-presidente-um-sistema-um-individuo-ou-um-partido/">CTB:</a></p><div><br /></div><div><div><br /></div><div><div style="text-align: justify;"><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjeBV6M8U7kCoQaFtOv89A-VpDXpM3kySXU-d3e1-3de2BNaXTvcN6blKXVqeO6eAlMyqQlRftaytMq1RSY1bDUr2Qyb7Wq10r2EhAWilkQsZpDF33EuxMye6PG7X2EWqVkOrD82VqOmjDoAN6JYwKjjANE28t9M7ArUHQiqjcZO03WTtfqB35-hYbAFw=s320" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="180" data-original-width="320" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjeBV6M8U7kCoQaFtOv89A-VpDXpM3kySXU-d3e1-3de2BNaXTvcN6blKXVqeO6eAlMyqQlRftaytMq1RSY1bDUr2Qyb7Wq10r2EhAWilkQsZpDF33EuxMye6PG7X2EWqVkOrD82VqOmjDoAN6JYwKjjANE28t9M7ArUHQiqjcZO03WTtfqB35-hYbAFw" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="background-color: #fefefe; color: #0a0a0a; font-family: Georgia, Utopia, "Palatino Linotype", Palatino, serif; font-size: x-small; font-weight: 700; text-align: start;">Cena emblemática do filme de Coppola: um bolo com desenho</span><br style="background-color: #fefefe; color: #0a0a0a; font-family: Georgia, Utopia, "Palatino Linotype", Palatino, serif; font-size: x-small; font-weight: 700; text-align: start;" /><span style="background-color: #fefefe; color: #0a0a0a; font-family: Georgia, Utopia, "Palatino Linotype", Palatino, serif; font-size: x-small; font-weight: 700; text-align: start;">da ilha sendo repartido entre chefes mafiosos. Foto: arquivo GMB </span></td></tr></tbody></table>Em uma longa entrevista aos jornalistas Umberto Martins e Osvaldo Bertolino, o Cônsul Geral de Cuba em São Paulo, Pedro Monzón, mostra as razões pelas quais recorrentes ofensivas dos Estados Unidos para sufocar a Revolução e reinstalar no país um regime capitalista subserviente a Washington são rechaçadas e têm fracassado ao longo da história. A Revolução resgatou a dignidade do povo. Consumada em 1959, sob a liderança de Fidel Castro e Che Guevara, completa 63 anos no reveillon de 2022. Antes da vitória dos rebeldes a sedutora ilha caribenha era governada pelo ditador Fulgêncio Batista e mais parecia um grande bordel controlado pela máfia estadunidense, como sugere “O poderoso chefão (2)”, filme do célebre cineasta Francis Ford Coppola.</div><div><span style="text-align: justify;"><br /></span></div><div><div style="text-align: justify;">Conforme assinala o Cônsul, hoje em dia não existem moradores de rua e ninguém passa fome em Cuba, Saúde e Educação são direitos de todo o povo garantidos pelo Estado socialista, não podem ser exploradas como mercadorias. Por maiores que sejam as agressões e infâmias que contra ela são diuturnamente disparados pelos EUA e a mídia burguesa, a Revolução resiste enquanto a contrarrevolução fracassa a cada empreitada porque esta é a vontade soberana do povo cubano, que não se deixa levar pelo canto de sereia neoliberal, não se dobra ao tacão imperialista e não admite retrocesso.</div><span><a name='more'></a></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Monzón também chamou a atenção para a liderança e a lição moral da China socialista na guerra à covid-19. Leia a entrevista:</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Presenciamos nesses dias uma intensificação da ofensiva imperialista dos EUA com o objetivo de destruir o regime socialista de Cuba. Um fenômeno que é recorrente, mas que se dá agora num período crítico no mundo e na América Latina, marcado pela pandemia, crise econômica e crise geopolítica, com notável aumento das tensões entre EUA e China. Então eu gostaria que você começasse comentando as recentes manifestações contrarrevolucionárias em Cuba e o envolvimento do imperialismo.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Como você comentou, Cuba tem sido agredida pelos Estados Unidos desde o triunfo da Revolução em 1959. No dia 1º de Janeiro de 2022 completam-se 63 anos do triunfo. No início e em diferentes épocas fomos vítimas de agressões, que vão se intensificando e assumem diferentes formas, desde atos terroristas a invasões. Invasões como da Baia dos Porcos na Zona Sul da Ilha, na Península de Zapata, ataques a hotéis e pescadores e em Guantánamo, onde eles mantêm uma base naval e militar pela força desde finais do século XIX. E temos também o bloqueio econômico, que vem sendo intensificado.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Com Donald Trump o bloqueio se intensificou. Já o presidente anterior, Barack Obama, tomou algumas medidas efêmeras na segunda etapa de seu governo para relaxar um pouco o bloqueio e levar sua luta contra Cuba em outro terreno.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Tanto Obama, como Biden e outros presidentes norte-americanos, e o imperialismo Ianque de um modo geral, não aceitam a Revolução Cubana. Ou seja, Obama tentou outras ferramentas de inteligência para destruir a Revolução. E dedicou aproximadamente um ano a este tipo de estratégias.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Já Donald Trump adotou uma série de medidas mais drásticas. Durante seu governo foram editadas 243 medidas novas contra nosso país, além das já existentes. O presidente Joe Biden prometeu que continuaria na linha de Obama, mas na verdade tem reforçado as medidas anteriores de Trump e a retórica contra Cuba.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Intensificam agora o uso das redes sociais com o propósito de destruir a revolução. Este tipo de luta no campo ideológico, que já existia em outras épocas através dos meios tradicionais da comunicação, é largamente usada para apresentar o bloqueio e as agressões contra Cuba como necessários.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Eles nos atacam dizendo que em Cuba não tem democracia, que em Cuba tem ditadura, não se respeitam os direitos humanos e assim sucessivamente. Tem sido sempre desta forma. As “Fake News” sobre Cuba são antigas e recorrentes. As redes sociais têm incrementado essas difamações. É vergonhoso.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Em décadas passadas foi criada uma estação de rádio Chamada Radio José Martí, e uma estação do mesmo nome que continuam funcionando alimentando a contrarrevolução. Trata-se de uma violação e afronta ao grande herói cubano [NR: José Martí foi um revolucionário, anti-imperialista e poeta cubano referenciado pelos comunistas e o povo da ilha]. E continuam atacando e difamando a revolução. Agora esse tipo de ataque tem sido mais complexo, intenso e de maior amplitude. Com a tecnologia, as mentiras se espalham com maior rapidez e facilidade, alcançando milhões de pessoas. Os Estados Unidos têm dinheiro e tecnologia para realizar este tipo de guerra e divulgar em questão de minutos suas notícias falsas, que repetem exaustivamente até o convencimento dos ouvintes ou leitores de suas falsas informações.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Outros exemplos de notícias enganosas são: que em Cuba se assassina, que têm desaparecidos e torturados, que em Cuba se passa fome. Eles sabem que estão mentindo, mas passam essa imagem. E quem não vive em Cuba pensa que é verdade. Isto cria essa interpretação. Que a ilha está em situação caótica e que a realidade do país é uma desgraça, é um mal. E que o povo está sofrendo. São “Fake News”.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O principal dano que sentimos decorre do bloqueio econômico. E ainda assim temos sobrevivido.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Essa maquinaria de notícias promove diariamente centenas de informação falsas também através de seus grandes meios tradicionais de comunicação, como é o caso do New York Times, Washington Post, Daily News etc. Divulgam as mentiras e escondem as verdades sobre a ilha.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Em Cuba o povo sai às ruas apoiando a Revolução e isso não vira notícia na grande mídia. Agora se alguém resvala com uma cascara de banana, aí viraliza e comentam e vinculam qualquer coisa contra o governo. Querem dizer que o povo sofre e eles procuram impor sofrimento com o bloqueio e outros meios para atribuí-lo ao governo socialista e gerar revoltas.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Estão empenhados dia e noite em enganar ao povo, mas percebem que não adianta, pois nossa Revolução tem forte raízes no povo, que na sua imensa maioria a ama e respeita. A Revolução Cubana é uma revolução do povo, não é um presidente, um sistema, um indivíduo ou um partido.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A intenção dessas manipulações é criar descontentamento e confusão para provocar uma insubordinação, gerando caos na população e desequilíbrio. Sempre que eles intentam essas manobras fracassam.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Há quase 63 anos continuam com essas atividades, de forma aberta ou mascarada. Isto está na tese ou plataforma do próprio bloqueio: confundir, criar mal estar geral e massacrar a população.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Milhões de dólares são canalizados para financiar a produção e divulgação massiva de informações mentirosas procedentes dos Estados Unidos tanto fora como também no interior de Cuba. Procuram incuti-las no povo através de pequenos e insignificantes grupos que atuam como vende-pátrias, mas que não representam ninguém. São patrocinados para difamar e divulgar inverdades sobre Cuba.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Têm fracassado porque o povo é o único beneficiado com as conquistas da Revolução. Em nosso país Saúde e Educação são direitos do cidadão e são gratuitos. Não existem moradores de rua em Cuba, não existem problemas com as drogas. A segurança é excelente, pois a delinquência é mínima. Já aqui na América Latina e nos próprios Estados Unidos existem muitas mortes causadas por balas perdidas. Lá não tem fome, desnutrição infantil. Conquistamos isto apesar do bloqueio intenso que tem provocado grandes danos à nossa economia.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A política de nosso Socialismo é tão forte que não permite que estas influências negativas do bloqueio provoquem estragos mais graves, não dá espaço à polarização. Todos recebem o que precisam para viver dignamente. As crianças vão às escolas e se alimentam adequadamente. Alguns estão um pouco melhores, mas não existem grandes diferenças sociais. Todos comem três vezes ao dia.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Cuba está desenvolvendo vacinas, mas as notícias que chegam aqui é que as seringas, por exemplo, tem problemas. Qual o impacto social do bloqueio na pandemia e como Cuba reagiu a isto?</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A saúde do povo é boa, pois temos desenvolvido um projeto paralelo e muito eficaz com centro de pesquisas e fabricação de ótimos medicamentos para a cura e tratamento de variadas doenças, que muitas vezes são exclusivos de Cuba.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Às vezes alguns países solicitam remédios cubanos ou enviam pacientes para serem tratados na ilha. Lá existe uma vacina única no mundo, que é contra o “câncer de pulmão”.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Cientistas e fábricas de medicamentos dos Estados Unidos estão muito interessadas nesta vacina. Há vários tratamentos com produtos terapêuticos contra o câncer de garganta, da cabeça e da próstata. Também desenvolvemos medicamentos contra o Alzheimer e contra diabetes que evitam a amputação para casos graves da doença.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Então, Cuba tem 35 anos de experiência na produção de vacinas. Também contra a Hepatite B (primeira e única no mundo), e por último contra Covid-19 produzidas pelos centros de pesquisas e fábricas nacionais do Ministério de Saúde .E tudo isso num período tão curto. Sendo que desta última já temos fabricado a quarta geração, para prevenir esta nova variante da Corona vírus que é a “ômicron”. E hoje aproximadamente 90% de toda a população está vacinada. Nosso país continua buscando soluções com novas vacinas mais eficazes para outras variantes que posam aparecer. Também somos os primeiros no mundo a vacinar crianças e jovens com idades entre 2 e 18 anos. Nestes momentos quase toda população de menores está vacinada. As aulas presenciais se iniciaram em 15 de novembro.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Devido ao melhoramento da saúde local também decidimos abrir para o turismo internacional, que é importante para reativar nossa economia e que durante a pandemia foi um setor muito afetado, tendo sofrido adicionalmente com as sabotagens embutidas na política imperialista, o bloqueio e as difamações.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Diante da situação crítica provocada pela pandemia algumas autoridades e personalidades internacionais – chefes de estado, intelectuais, prêmios Nobel, entre outros – solicitaram ao império que suspendesse a política hostil e danosa contra Cuba. Mas eles ignoraram esses apelos humanitários e ainda foram mais severos, usando a pandemia como outra ferramenta adicional para afogar a Revolução Cubana.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Tenho alguns exemplos que podem ilustrar até que ponto isto nos afeta na área da saúde. Nosso país comprava respiradores pulmonares duma empresa suíça. No ano passado o império comprou a fábrica suíça e enviaram uma nota informando que não poderíamos comprar mais estes ventiladores pulmonares (tão necessários para os pacientes desta doença e outras). Então, para não ficar de braços cruzados iniciamos projetos para a fabricação destes aparelhos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Alguns países sensibilizados com nossa situação tentaram transportar, por aviões, remessas de remédios e ajuda e mais uma vez o governo ianque interferiu e comunicou-lhes que seriam sancionados se fizessem isso, pois Cuba está sob um bloqueio permanente e não pode receber ajuda exterior.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Como vocês podem ver e analisar, a guerra imperialista divide suas tarefas em: difamação e Fake News, manobras de ingerências, bloqueio, inteligência (CIA) entre outras, é uma espécie de “guerra fria”, que ataca nosso país em vários aspectos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Tivemos alguns problemas com internet em meados dos anos 1990, pois a Rede Internacional é radicada em Atlanta (EUA). Eles administram estes recursos tecnológicos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">No dia 27 de novembro houve uma manifestação gigantesca de estudantes e do povo em Havana e outras cidades cubanas contra o bloqueio e de apoio à nossa Revolução e sobre isto os meios de comunicação ianques nada informaram. Por outro, lado alimentam seu público com mentiras e informações falseadas sobre repressão em Cuba e dizendo que membros da polícia e do Estado têm sido sancionados, incluindo Raul Castro, por atos e apoio à repressão na ilha. Castro não foi sancionado, mas a mentira correu o mundo.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Recentemente, depois destas manifestações, o governo imperialista ditou “sanções mais severas contra Cuba”.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">No início deste século, governos progressistas na Venezuela, Brasil, Argentina, Equador, Bolívia, Nicarágua e Paraguai, entre outros, estavam desenhando um arranjo geopolítico na América Latina e Caribe, que se materializou na criação da Unasul e da Celac, sem a presença dos EUA. Washington reagiu com força. Primeiro, ocorreu a tentativa frustrada de golpe contra Hugo Chávez em 2002. Depois, patrocinaram golpes de Estado em Honduras (2009), Paraguai (2012), Brasil (2016) e Bolívia (2019). Em certa medida, o processo de desenvolvimento soberano dos países latino-americanos e caribenhos foi revertido, com o esvaziamento da Celac e da Unasul e a ascensão de governos de direita e extrema direita subservientes ao imperialismo. O objetivo foi recompor a hegemonia dos EUA. Agora ele elegeu Cuba, Venezuela e Nicarágua como os inimigos principais que ele pretende abater. Os golpes visaram também o governo comunista de Pequim, que nos Fóruns China-Celac realizados em 2015 e 2018 prometeu investir centenas de bilhões de dólares no desenvolvimento da região. Como você analisa tudo isto, qual é o papel da China? Quais as perspectivas para a retomada de projetos soberanos e integracionistas na América Latina e Caribe?</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Os Estados Unidos, grande império, continuam se pautando pela Doutrina Monroe, ou seja “a América para os americanos” (do Norte), agora ampliada porque na verdade agora eles querem “o mundo para os americanos”. Por isso estão em todas as partes (sobretudo onde tem riquezas e posições estratégicas geograficamente), promovem divisões e guerras no Oriente Médio e são especialistas em golpes de Estado. Por onde eles passam estão causando conflitos, guerras, morte e exploração. Também consequentemente migração dos povos para fugir destes problemas os quais geram uma grande vulnerabilidade e desigualdade social, conforme se vê na crise dos imigrantes na Europa.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Muitos países latino-americanos e caribenhos nunca tiveram um governo progressista e na virada do século passado até 2010 as forças patrióticas, democráticas e progressistas estavam em crescimento inclusive com instituições que visavam a unidade latino-americana, e agora presenciamos um retrocesso. Obviamente, o imperialismo mobilizou suas forças de inteligência para frear e obstaculizar esta ascensão de governos soberanos, criando diferentes campanhas difamatórias como no Brasil com a presidenta Dilma Rousseff, com Evo Morales na Bolívia, Manuel Zelaya em Honduras, Fernando Lugo em Paraguai e outros para viabilizar sua empreitada golpista.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Mas, hoje os povos têm tomado mais consciência e as forças sindicais, jovens, e trabalhadores em geral não podem ser parados pelas ideias e propostas neoliberais. Com violência e guerras não podem continuar submetendo os povos. Cuba sempre apoiou a integração dos países latino-americanos e caribenhos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O mesmo sistema capitalista gera essas desigualdades e às vezes joga fogo para ver os problemas surgirem e criar intervenções militares. Usam as mais variadas formas para manter governos corruptos e que correspondam seus interesses.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Por isso estão com medo que os povos se rebelem contra o Neoliberalismo, e tudo o que cheire a Socialismo, Integração, Independência, Solidariedade Internacional, Justiça Social, Liberdade, Independência, que são nossos princípios fundamentais, estão em extrema divergência com as plataformas imperialistas. Mas não precisa ser necessariamente de orientação socialista para atrair a ira imperialista, basta ter qualquer pretensão soberana e de sair da linha que eles impõe a ferro e fogo.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Agora os alvos principais da guerra deles são Cuba, Venezuela e Nicarágua. Procuram nos caracterizar comi ditaduras, mas nada falam sobre as pressões e chantagens intoleráveis que promoveu contra nossos países. Nos hostilizam com uma propaganda tão intensa que confundem alguns setores progressistas. A Venezuela tem um sistema capitalista, com uma mídia empresarial funcionando livremente, mas isto não basta para salvá-la do ódio e dos ataques do imperialismo. Cuba é diferente, pois rechaçou o capitalismo, nossa mídia não é dominada pelo capital. Nós somos um país solidário, que colabora com todo o mundo, nem mesmo diante das dificuldades econômicas ampliadas pela pandemia Cuba não deixou de prestar solidariedade aos povos, agora ajudando a controlar a pandemia inclusive em países mais desenvolvidos como a Itália de maneira absolutamente voluntária.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Quanto à China, ela está dando uma belíssima demonstração de liderança moral na pandemia. É uma potência enorme, que nada fica nada a dever ao imperialismo em matéria de crescimento das forças produtivas, tem uma política de Estado muito definida, liderada pelo Partido Comunista, que não tem nada a ver com o imperialismo. A história da China é muito diferente dos EUA. China é socialista e está dando exemplo de solidariedade. Agora mesmo está anunciando que vai providenciar 1 bilhão de vacinas contra a covid para a África. Isto tem um grande significado e transforma a China em líder moral do mundo na resposta à pandemia.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Agora todo mundo depende da China, inclusive EUA e Europa. No comércio exterior ela lidera. E a China é socialista, dirigida por um partido comunista e por uma série de critérios é socialista. Hoje é um exemplo de que existe uma alternativa para o mundo de uma liderança não imperialista, não agressiva. Os EUA são poderosos, sem dúvidas, mas são uma potência em decadência e deixando de ser a primeira potência. A Rússia, embora não seja socialista e economicamente não seja tão poderosa quanto a China, é estrategicamente importantíssima e também um contraponto aos EUA, sob a liderança firme de Putin. Cuba tem uma relação magnífica com a China e também tem uma relação magnífica com a Rússia, independentemente do fato de que nossos sistemas são diferentes, o socialismo cubano não é igual ao socialismo chinês, tem suas próprias características, e também não se equipara ao sistema russo atual, que ainda tem resquícios do socialismo soviético.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Nós vemos hoje nos EUA o número impressionante de moradores de rua, conflitos internos radicais como os que levaram à invasão do Capitólio no final do governo Trump, violência racial, decadência e miséria. Um retrato do capitalismo. Os EUA são um perigo para toda a humanidade, não só para Cuba, mas para todos os povos do mundo.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Cuba está passando por alguns ajustes. Gostaria que comentasse um pouco isto e também a questão da moeda.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Todo plano de desenvolvimento cubano tem de levar em conta o bloqueio. Durante o período especial [NR: iniciado após a dissolução da URSS em 1989, se estendeu por todos os anos 1990], diante do agravamento dos problemas econômicos, foram tomadas algumas medidas conjunturais para amenizar os efeitos da crise, entre elas a criação de duas moedas, o que gerou alguns conflitos, pois implica considerar o valor da moeda local e o valor de divisas estrangeiros, causou confusão e problemas contábeis para as empresas e com o tempo perdeu o sentido original. Isto acabou. Adotamos reformas também com o objetivo de aumentar a produtividade do trabalho e a eficiência das empresas, bem como combater a burocratização. Mas procuramos evitar que as mudanças provoquem desigualdades. A equidade é um princípio político para Cuba. Entendemos que o tempo joga a favor da Revolução. O processo é sempre doloroso, é como um parto, mas o capitalismo é um sistema em crise e o tempo favorece nossos objetivos. Queremos construir um sistema socialista mais elástico e eficiente. É este o sentido das mudanças em Cuba.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Presenciamos atualmente um fenômeno preocupante, que é a emergência da extrema direita neofascista que aqui no Brasil conquistou a Presidência e está em ascensão na Europa e também em outros países da nossa região, tendo ido ao segundo turno das eleições presidenciais no Peru e agora no Chile. Este avanço da extrema direita, ancorado num arcaico anticomunismo, é um processo histórico que parece acompanhar as grandes crises do capitalismo, como sugere a história do nazi-fascismo que vicejou no continente europeu durante a primeira metade do século XX no rastro do indecoroso Tratado de Versalhes, que impôs indenizações impagáveis à Alemanha, e da Grande Depressão iniciada em 1929. Hoje nós vivemos um período crítico, incluindo um processo conturbado de transição geopolítica. Como analisa este fenômeno?</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">É verdade, tivemos a primeira e a segunda guerra e a guerra continua sendo uma ameaça. Fidel Castro alertava sobre este perigo. A tendência da extrema direita acompanha a ofensiva neoliberal. O neoliberalismo surge com o conceito teórico da sociedade capitalista de que deve funcionar com liberdade plena do mercado, o que na verdade corresponde à imposição dos interesses das grandes corporações multinacionais em detrimento da soberania e dos direitos dos povos, tendo por resultado o extraordinário crescimento das desigualdades sociais, a destruição dos direitos trabalhistas, desemprego em massa e outros dilemas. Isto desperta revoltas populares e leva à radicalização e polarização política. O Estado passa a ser irrelevante na economia porque as corporações capitalistas concentram todo o poder. É neste ambiente que vemos a extrema direita prosperar, pois tudo isto corresponde à política fascista, que se alimenta da crise capitalista e da ofensiva imperialista dos EUA. Eu penso que isto tem a ver com o ataque brutal que os EUA promovem contra a China sob argumentos absurdos nas esferas econômica, tecnológica e outras. A união e a luta dos povos é a arma que temos para derrotar o neoliberalismo, o imperialismo e o neofascismo.</div></div></div></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Texto replicado : <a href="https://altamiroborges.blogspot.com/2021/12/pedro-monzon-revolucao-cubana-e-o-povo.html#more" target="_blank">BLOG DO MIRO</a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Texto replicado de : <a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2021/12/pedro-monzon-revolucao-cubana-e-o-povo.html" target="_blank">CARLOs - professor de geografia</a></div>Antônio Carloshttp://www.blogger.com/profile/18062868840970819727noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-345509275458714528.post-41901243862705390212022-01-14T10:35:00.001-08:002022-01-14T10:35:18.977-08:00A temerária ostentação da nova classe<p> <span style="text-align: justify;"> </span><span style="background-color: #fefefe; color: #585858; font-family: Georgia; font-size: 20px; font-style: italic; text-align: center;">O 0,1% camufla sua fortuna em paraísos fiscais, mas gosta, perigosamente, de exibir. Mansões, festas, estátuas e </span><i style="background-color: #fefefe; box-sizing: inherit; color: #585858; font-family: Georgia; font-size: 20px; line-height: inherit; text-align: center;">Forbes</i><span style="background-color: #fefefe; color: #585858; font-family: Georgia; font-size: 20px; font-style: italic; text-align: center;">. Há sinais de que a apatia pode virar ira. Mas quais políticas podem transformá-la em redistribuição profunda de riquezas?</span></p><div class="author" style="background-color: #fefefe; box-sizing: inherit; color: #585858; display: inline-block; font-family: Santana; font-size: 13px; margin: 0px; padding: 7px 0px; width: 340px;">por <a href="https://outraspalavras.net/author/johnfeffer/" rel="author" style="background-color: transparent; box-sizing: inherit; color: #42708f; cursor: pointer; font-weight: 700; line-height: inherit; text-decoration-line: none;" title="Posts de John Feffer">John Feffer</a></div><p class="date" style="background-color: #fefefe; box-sizing: inherit; color: #585858; display: inline-block; font-family: Santana; font-size: 13px; line-height: 1.6; margin: 0px; padding: 7px 0px; text-align: right; text-rendering: optimizelegibility; width: 340px;">Publicado 04/11/2021 às 20:33 - Atualizado 04/11/2021 às 20:45</p><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-4lPQtUi_PSw/YYko-44ds8I/AAAAAAAAMuM/GQKYqp7y8qIQFBQmRJZhPMioAZeP8lWtwCLcBGAsYHQ/s543/Capa3.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><br /><img border="0" data-original-height="250" data-original-width="543" src="https://1.bp.blogspot.com/-4lPQtUi_PSw/YYko-44ds8I/AAAAAAAAMuM/GQKYqp7y8qIQFBQmRJZhPMioAZeP8lWtwCLcBGAsYHQ/s16000/Capa3.png" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><p style="background-color: #fefefe; box-sizing: inherit; font-family: Georgia; font-size: 20px; line-height: 1.6; margin: 0px 0px 1rem; padding: 0px; text-align: justify; text-rendering: optimizelegibility;">Por <span style="box-sizing: inherit; font-weight: 700; line-height: inherit;">John Feffer</span>, <a href="https://fpif.org/the-embarrassment-of-riches/" style="background-color: transparent; box-sizing: inherit; color: #42708f; cursor: pointer; line-height: inherit; word-break: break-word;"><em style="box-sizing: inherit; line-height: inherit;">Foreign Policy In Focus</em></a> | Tradução: <span style="box-sizing: inherit; font-weight: 700; line-height: inherit;">Victor Costa</span></p><p style="background-color: #fefefe; box-sizing: inherit; font-family: Georgia; font-size: 20px; line-height: 1.6; margin: 0px 0px 1rem; padding: 0px; text-align: justify; text-rendering: optimizelegibility;">Os ricos sempre alardearam sua riqueza. Raramente gostam apenas do sucesso financeiro, mas também querem ser notados.<span></span></p><a name='more'></a><p></p><p style="background-color: #fefefe; box-sizing: inherit; font-family: Georgia; font-size: 20px; line-height: 1.6; margin: 0px 0px 1rem; padding: 0px; text-align: justify; text-rendering: optimizelegibility;">Eles constroem casas enormes para todos ficarem boquiabertos. Eles dão festas luxuosas. Eles encomendam pinturas, estátuas, biografias. Eles doam para instituições para que seus nomes possam ser lembrados para sempre.</p><p style="background-color: #fefefe; box-sizing: inherit; font-family: Georgia; font-size: 20px; line-height: 1.6; margin: 0px 0px 1rem; padding: 0px; text-align: justify; text-rendering: optimizelegibility;">Ao mesmo tempo, os ricos se retiram para <em style="box-sizing: inherit; line-height: inherit;">villas </em>fechadas, viajam em seus próprios jatos particulares e compram seus próprios Picassos para não terem que se misturar com os <em style="box-sizing: inherit; line-height: inherit;">hoi polloi</em> [ralé em grego] dos museus. Os ricos querem que saibamos sobre sua riqueza, mas também querem ser deixados em paz para desfrutá-la. Eles jogam um jogo de esconde-esconde com o público. “Agora você vê minha riqueza, depois você não a vê mais”.</p><p style="background-color: #fefefe; box-sizing: inherit; font-family: Georgia; font-size: 20px; line-height: 1.6; margin: 0px 0px 1rem; padding: 0px; text-align: justify; text-rendering: optimizelegibility;">Em nossa era globalizada, esse esconde-esconde se tornou um grande empreendimento. Grandes fortunas são geradas por operações multinacionais e fluxos financeiros transnacionais. Os lucros, por sua vez, são protegidos por um sistema complexo de contas bancárias secretas e paraísos fiscais. Pode ser que os ricos deem seu dinheiro, ocasionalmente, aos governos. Mas será o mínimo possível. Suas doações para instituições de caridade privadas costumam ser apenas outra forma de furtar o público. Os paraísos fiscais globais, por sua vez, são realmente um grande roubo.</p><p style="background-color: #fefefe; box-sizing: inherit; font-family: Georgia; font-size: 20px; line-height: 1.6; margin: 0px 0px 1rem; padding: 0px; text-align: justify; text-rendering: optimizelegibility;">As informações recém-vazadas no caso <em style="box-sizing: inherit; line-height: inherit;">Pandora Papers</em>, um conjunto de quase 12 milhões de documentos, trazem alguma luz sobre os mecanismos pelos quais os ricos gastam suas fortunas. Um exemplo chama a atenção: Tony Blair.</p><p style="background-color: #fefefe; box-sizing: inherit; font-family: Georgia; font-size: 20px; line-height: 1.6; margin: 0px 0px 1rem; padding: 0px; text-align: justify; text-rendering: optimizelegibility;">O ex-primeiro-ministro britânico e sua esposa, a advogada Cherie, compraram uma casa multimilionária em Londres para ser seu escritório, mas fizeram de forma a evitar o pagamento do imposto sobre a venda. Num truque financeiro com <em style="box-sizing: inherit; line-height: inherit;">offshore</em>, eles deixaram de pagar várias centenas de milhares de dólares ao próprio governo que Blair uma vez presidiu.</p><p style="background-color: #fefefe; box-sizing: inherit; font-family: Georgia; font-size: 20px; line-height: 1.6; margin: 0px 0px 1rem; padding: 0px; text-align: justify; text-rendering: optimizelegibility;">A manobra, que foi perfeitamente legal, chama a atenção por dois motivos.</p><p style="background-color: #fefefe; box-sizing: inherit; font-family: Georgia; font-size: 20px; line-height: 1.6; margin: 0px 0px 1rem; padding: 0px; text-align: justify; text-rendering: optimizelegibility;">Primeiramente, o próprio Blair inicialmente protestou contra as evasões fiscais dessa natureza. “Trustes<em style="box-sizing: inherit; line-height: inherit;"> offshore</em> obtêm benefícios fiscais enquanto os proprietários de casas pagam o IVA <em style="box-sizing: inherit; line-height: inherit;">[Imposto Sobre Valor Agregado]</em> sobre os prêmios de seguro”, disse, quando era líder do Partido Trabalhista. “Vamos criar um sistema tributário justo relacionado à capacidade de pagamento.”</p><p style="background-color: #fefefe; box-sizing: inherit; font-family: Georgia; font-size: 20px; line-height: 1.6; margin: 0px 0px 1rem; padding: 0px; text-align: justify; text-rendering: optimizelegibility;">Em segundo lugar, Blair celebrou uma “terceira via” que supostamente era uma acomodação entre o socialismo e o capitalismo. Quando se tratava de mercados globais, Blair queria “remover os encargos regulatórios e desatar as mãos das empresas”, como ele disse em um célebre discurso em 1999.</p><p style="background-color: #fefefe; box-sizing: inherit; font-family: Georgia; font-size: 20px; line-height: 1.6; margin: 0px 0px 1rem; padding: 0px; text-align: justify; text-rendering: optimizelegibility;">Não é nenhuma surpresa, então, que ele tenha aproveitado os próprios mecanismos aos quais ele inicialmente se opôs e, posteriormente, facilitou por meio da desregulamentação.</p><p style="background-color: #fefefe; box-sizing: inherit; font-family: Georgia; font-size: 20px; line-height: 1.6; margin: 0px 0px 1rem; padding: 0px; text-align: justify; text-rendering: optimizelegibility;">Blair não está sozinho em seu oportunismo. Os <em style="box-sizing: inherit; line-height: inherit;">Pandora Papers</em> citam muitos políticos que fizeram campanha com propostas anticorrupção e que agora estão sendo atingidos por seus próprios petardos.</p><p style="background-color: #fefefe; box-sizing: inherit; font-family: Georgia; font-size: 20px; line-height: 1.6; margin: 0px 0px 1rem; padding: 0px; text-align: justify; text-rendering: optimizelegibility;">O bilionário primeiro-ministro tcheco Andrej Babiš, por exemplo, construiu seu capital político com base nas promessas de enfrentar a corrupção e administrar a República Tcheca como uma empresa. Quando os tchecos deram a seu partido uma vitória esmagadora em 2017, eles não viam problema nessas promessas. Na época, Babiš foi acusado de várias práticas corruptas envolvendo seus negócios, incluindo o recebimento indevido de subsídios europeus. Estas alegações continuaram a persegui-lo ao longo do seu mandato, o que levou o Parlamento Europeu a condená-lo, há alguns meses, por conflito de interesses.</p><p style="background-color: #fefefe; box-sizing: inherit; font-family: Georgia; font-size: 20px; line-height: 1.6; margin: 0px 0px 1rem; padding: 0px; text-align: justify; text-rendering: optimizelegibility;">Então, era de se esperar que Babiš aparecesse nos <em style="box-sizing: inherit; line-height: inherit;">Pandora Papers</em> também. De acordo com os documentos, o empresário repassou US$ 22 milhões a entidades <em style="box-sizing: inherit; line-height: inherit;">offshore</em> para a compra de um luxuoso castelo francês. Ele se envolveu nesse esquema para manter a compra em segredo e provavelmente para também reduzir sua carga tributária. Esta semana, os eleitores tchecos finalmente <a href="https://www.em.com.br/app/noticia/internacional/2021/10/09/interna_internacional,1312572/na-republica-checa-partido-do-premie-andrej-babis-perde-eleicoes-parlament.shtml" style="background-color: transparent; box-sizing: inherit; color: #42708f; cursor: pointer; line-height: inherit; word-break: break-word;">mudaram de ideia </a>sobre Babiš e o tiraram do gabinete presidencial.</p><p style="background-color: #fefefe; box-sizing: inherit; font-family: Georgia; font-size: 20px; line-height: 1.6; margin: 0px 0px 1rem; padding: 0px; text-align: justify; text-rendering: optimizelegibility;">Outros políticos “anticorrupção” também foram enredados na rede de documentos incriminadores dos <em style="box-sizing: inherit; line-height: inherit;">Pandora Papers</em>. Volodymyr Zelensky, por exemplo, prometeu aos eleitores que limparia o “pântano” de corrupção da Ucrânia, mas os <em style="box-sizing: inherit; line-height: inherit;">Pandora Papers</em> revelaram que ele possuía ações de entidades <em style="box-sizing: inherit; line-height: inherit;">offshore</em> e empresas de fachada. Oh, Zelensky “limpou” muito bem!</p><p style="background-color: #fefefe; box-sizing: inherit; font-family: Georgia; font-size: 20px; line-height: 1.6; margin: 0px 0px 1rem; padding: 0px; text-align: justify; text-rendering: optimizelegibility;">O que nos surpreende sobre os 35 atuais e ex-líderes mundiais que aparecem nos <em style="box-sizing: inherit; line-height: inherit;">Pandora Papers</em> não foi tanto sua presença na lista – Ali Bongo do Gabão, por exemplo, é notoriamente corrupto, e Sebastian Piñera, do Chile, já estava vinculado a quatorze investigações de corrupção antes de se tornar presidente novamente no final de 2017 – mas o fato de que eles fizeram de tudo para esconder seus negócios do grande público.</p><p style="background-color: #fefefe; box-sizing: inherit; font-family: Georgia; font-size: 20px; line-height: 1.6; margin: 0px 0px 1rem; padding: 0px; text-align: justify; text-rendering: optimizelegibility;">O rei Hussein da Jordânia é um monarca, gente! Espera-se que os monarcas gastem muito. A rainha da Inglaterra tem US$ 500 milhões em ativos pessoais, e quase ninguém liga para todo o dinheiro que a realeza gasta publicamente em casamentos, festas e similares. E, no entanto, de acordo com os <em style="box-sizing: inherit; line-height: inherit;">Pandora Papers</em>, o rei Hussein começou a coletar US$ 100 milhões em propriedades em todo o mundo em segredo. Claro, a Jordânia é um país relativamente pobre, e o governo impôs medidas de austeridade muito impopulares. Não seria bom para o rei comprar três mansões no topo de uma montanha em Malibu, quatro apartamentos em Georgetown e várias propriedades perto do Palácio de Buckingham.</p><p style="background-color: #fefefe; box-sizing: inherit; font-family: Georgia; font-size: 20px; line-height: 1.6; margin: 0px 0px 1rem; padding: 0px; text-align: justify; text-rendering: optimizelegibility;">A tolerância com os fabulosamente ricos às vezes aumenta e às vezes diminui. Na década de 1980, os telespectadores empolgavam-se ao assistir o “estilo de vida dos ricos e famosos”. Hoje em dia, a raiva vem crescendo continuamente contra o 1%. É por isso que reis e políticos têm sido mais discretos na movimentação de suas riquezas.</p><p style="background-color: #fefefe; box-sizing: inherit; font-family: Georgia; font-size: 20px; line-height: 1.6; margin: 0px 0px 1rem; padding: 0px; text-align: justify; text-rendering: optimizelegibility;">E é por isso que os governos sentem que têm o público do seu lado quando tentam, mesmo que de forma fraca, colocar as mãos nesse fluxo de riqueza que circula globalmente.</p><h3 style="background-color: #fefefe; box-sizing: inherit; color: #585858; font-family: "Source Sans Pro"; font-size: 1.9375rem; font-weight: 400; line-height: 1.4; margin: 0px 0px 0.5rem; padding: 0px; text-align: justify; text-rendering: optimizelegibility;"><span style="box-sizing: inherit; font-weight: 700; line-height: inherit;">Fazendo o mínimo</span></h3><p style="background-color: #fefefe; box-sizing: inherit; font-family: Georgia; font-size: 20px; line-height: 1.6; margin: 0px 0px 1rem; padding: 0px; text-align: justify; text-rendering: optimizelegibility;">Uma das virtudes da globalização, da perspectiva de uma empresa, é a capacidade de mover operações de uma jurisdição para outra para aproveitar as melhores condições tributárias. Alguns países, como a Irlanda e a Hungria, se autodenominam paraísos fiscais para as empresas que desejam pagar o mínimo possível de impostos.</p><p style="background-color: #fefefe; box-sizing: inherit; font-family: Georgia; font-size: 20px; line-height: 1.6; margin: 0px 0px 1rem; padding: 0px; text-align: justify; text-rendering: optimizelegibility;">Por estímulo dos Estados Unidos, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) tem pressionado por uma alíquota tributária mínima de 15% para empresas. O país também tributará as empresas digitais em locais onde operam, mesmo que não tenham nenhum escritório físico lá.</p><p style="background-color: #fefefe; box-sizing: inherit; font-family: Georgia; font-size: 20px; line-height: 1.6; margin: 0px 0px 1rem; padding: 0px; text-align: justify; text-rendering: optimizelegibility;">Tudo isso é inferior ao que os Estados Unidos inicialmente pressionaram: uma taxa de 21%. A medida, se aprovada, virá depois de um período de transição de 10 anos. E não está totalmente claro se os próprios Estados Unidos ratificarão o acordo, dada a previsível oposição republicana. Mas ora, já é alguma coisa.</p><p style="background-color: #fefefe; box-sizing: inherit; font-family: Georgia; font-size: 20px; line-height: 1.6; margin: 0px 0px 1rem; padding: 0px; text-align: justify; text-rendering: optimizelegibility;">Esse esforço pode causar uma pequena redução nas receitas brutas dos mais ricos do mundo, como Jeff Bezos da <em style="box-sizing: inherit; line-height: inherit;">Amazon</em> e Mark Zuckerberg do <em style="box-sizing: inherit; line-height: inherit;">Facebook</em>. Mas mesmo uma pequena porção já representa uma grande receita. “Os paraísos fiscais custam coletivamente aos governos entre US$ 500 bilhões e US$ 600 bilhões por ano em receitas fiscais corporativas perdidas”, escreve o especialista Nicholas Shaxson. “Dessa receita perdida, as economias de baixa renda respondem por cerca de US$ 200 bilhões – uma perda maior como porcentagem do PIB do que as economias avançadas e mais do que os US$ 150 bilhões que recebem a cada ano em ajuda externa para o desenvolvimento.”</p><p style="background-color: #fefefe; box-sizing: inherit; font-family: Georgia; font-size: 20px; line-height: 1.6; margin: 0px 0px 1rem; padding: 0px; text-align: justify; text-rendering: optimizelegibility;">Não são apenas as empresas que escondem seus lucros das autoridades fiscais. Indivíduos continuam a lucrar enormemente com a economia global e, com a ajuda de seus contadores, evitam o máximo possível pagar impostos a seus respectivos governos. Shaxson cita algo entre US$ 8,7 trilhões e US$ 36 trilhões em evasão fiscal, ao que acrescenta pelo menos outros US$ 200 bilhões em receitas fiscais governamentais perdidas por ano.</p><p style="background-color: #fefefe; box-sizing: inherit; font-family: Georgia; font-size: 20px; line-height: 1.6; margin: 0px 0px 1rem; padding: 0px; text-align: justify; text-rendering: optimizelegibility;">Para aproveitar as taxas de impostos baixas ou inexistentes, os ricos adoram “estacionar” seu dinheiro, e às vezes eles próprios, em lugares como Bahamas e as Ilhas Cayman. Mas a verdadeira surpresa dos <em style="box-sizing: inherit; line-height: inherit;">Pandora Papers</em> é o status do estado norte-americano de Dakota do Sul como um “ímã” de capitais. Como aqueles paraísos insulares, Dakota do Sul não cobra imposto de renda, sobre herança e sobre ganhos de capital. E, como a Suíça de antigamente, protege o dinheiro dos ricos por trás de muito sigilo.</p><p style="background-color: #fefefe; box-sizing: inherit; font-family: Georgia; font-size: 20px; line-height: 1.6; margin: 0px 0px 1rem; padding: 0px; text-align: justify; text-rendering: optimizelegibility;">Além disso, os fundos da Dakota do Sul oferecem outra coisa que os ricos anseiam: <em style="box-sizing: inherit; line-height: inherit;">a </em><em style="box-sizing: inherit; line-height: inherit;">negação</em>. Como Felix Salmon explica, “todas as três partes – o instituidor, o administrador e o beneficiário – podem alegar legalmente que o dinheiro não é deles. O ‘instituidor’ e o beneficiário podem dizer que não possuem o dinheiro, que está tudo em um truste administrado por outra pessoa. O administrador pode dizer que ele está apenas cuidando do dinheiro e não o possui.”</p><p style="background-color: #fefefe; box-sizing: inherit; font-family: Georgia; font-size: 20px; line-height: 1.6; margin: 0px 0px 1rem; padding: 0px; text-align: justify; text-rendering: optimizelegibility;">Em outras palavras, os ricos geralmente querem a máxima discrição possível – para evitar a receita federal, o credor persistente e a raiva das multidões.</p><p style="background-color: #fefefe; box-sizing: inherit; font-family: Georgia; font-size: 20px; line-height: 1.6; margin: 0px 0px 1rem; padding: 0px; text-align: justify; text-rendering: optimizelegibility;">Portanto, o primeiro passo para limpar essa bagunça altamente lucrativa é a luz solar. Uma ferramenta global é o <em style="box-sizing: inherit; line-height: inherit;">Common Reporting Standard</em>, pelo qual os países participantes fornecem informações básicas sobre ativos estrangeiros mantidos em seus territórios. Adivinhe: os Estados Unidos é o único entre os principais países que não participa. Em sua maneira excepcionalista usual, os EUA compartilham informações financeiras em seus próprios termos, e não de acordo com um padrão global. A clareza deve se estender também às empresas, que devem ser obrigadas a apresentar informações financeiras de todos os países onde operam.</p><p style="background-color: #fefefe; box-sizing: inherit; font-family: Georgia; font-size: 20px; line-height: 1.6; margin: 0px 0px 1rem; padding: 0px; text-align: justify; text-rendering: optimizelegibility;">O próximo passo é acabar com os paraísos fiscais. A União Europeia mantém uma “lista negra” de paraísos fiscais, mas tem apenas nove locais depois da recente remoção de Anguila, Dominica e Seychelles. “A decisão de hoje de remover Anguila, a única jurisdição remanescente com uma taxa de imposto de 0%, e as Ilhas Seychelles, que estão no centro do mais recente escândalo fiscal, torna a lista negra da UE uma piada”, conclui Chiara Putaturo da Oxfam. Portanto: é preciso melhorar as “listas negras”.</p><p style="background-color: #fefefe; box-sizing: inherit; font-family: Georgia; font-size: 20px; line-height: 1.6; margin: 0px 0px 1rem; padding: 0px; text-align: justify; text-rendering: optimizelegibility;">E, é claro, muito mais deve ser feito para aumentar o piso das taxas de imposto sobre as empresas. Os Estados Unidos estavam certos (pela primeira vez): 15% é muito pouco.</p><h3 style="background-color: #fefefe; box-sizing: inherit; color: #585858; font-family: "Source Sans Pro"; font-size: 1.9375rem; font-weight: 400; line-height: 1.4; margin: 0px 0px 0.5rem; padding: 0px; text-align: justify; text-rendering: optimizelegibility;"><span style="box-sizing: inherit; font-weight: 700; line-height: inherit;">Afogue os super-ricos</span></h3><p style="background-color: #fefefe; box-sizing: inherit; font-family: Georgia; font-size: 20px; line-height: 1.6; margin: 0px 0px 1rem; padding: 0px; text-align: justify; text-rendering: optimizelegibility;">Décadas de desregulamentação levaram ao surgimento de uma nova classe de super-ricos. Mais de 500 mil pessoas em todo o mundo possuem mais de US$ 30 milhões cada, e metade delas vive nos Estados Unidos. Desse último número, mais de 700 são bilionários e viram sua riqueza coletiva aumentar em US$ 1,8 trilhão durante a pandemia.</p><p style="background-color: #fefefe; box-sizing: inherit; font-family: Georgia; font-size: 20px; line-height: 1.6; margin: 0px 0px 1rem; padding: 0px; text-align: justify; text-rendering: optimizelegibility;">É hora de os ricos distribuírem de forma justa a sua parte. O planeta está apresentando sua conta à humanidade. “Pague”, diz a Mãe Terra, “ou você está frito”.</p><p style="background-color: #fefefe; box-sizing: inherit; font-family: Georgia; font-size: 20px; line-height: 1.6; margin: 0px 0px 1rem; padding: 0px; text-align: justify; text-rendering: optimizelegibility;"><a style="background-color: transparent; box-sizing: inherit; color: #42708f; cursor: pointer; line-height: inherit; text-decoration-line: underline; word-break: break-word;"></a>No momento, aqueles que são menos capazes de arcar com os custos das mudanças climáticas estão sofrendo seus piores efeitos. Em 2015, o Banco Mundial estimou que, a menos que a comunidade internacional tomasse medidas imediatas, as mudanças climáticas empurrariam 100 milhões de pessoas para a pobreza até 2030. Essas medidas imediatas não foram tomadas. Como resultado, mais de um milhão de pessoas estão à beira da fome por causa da seca em Madagascar. Ilhas pobres como o Haiti são especialmente vulneráveis às mudanças climáticas, e a população simplesmente não tem condições para se adaptar às mudanças dentro de suas circunstâncias de vida.</p><p style="background-color: #fefefe; box-sizing: inherit; font-family: Georgia; font-size: 20px; line-height: 1.6; margin: 0px 0px 1rem; padding: 0px; text-align: justify; text-rendering: optimizelegibility;">Em outros lugares, os pobres estão fazendo tudo o que podem para manter a cabeça acima da água. Em um recente e surpreendente estudo, o Instituto Internacional para o Meio Ambiente e Desenvolvimento relata que os pobres das zonas rurais em Bangladesh estão gastando mais do que seu governo ou que as agências de ajuda para combater os impactos do clima em suas comunidades.</p><p style="background-color: #fefefe; box-sizing: inherit; font-family: Georgia; font-size: 20px; line-height: 1.6; margin: 0px 0px 1rem; padding: 0px; text-align: justify; text-rendering: optimizelegibility;">Os ricos ficaram claramente envergonhados de suas riquezas, tanto que fazem de tudo para manter suas transações em segredo. Agora, podemos constrangê-los ainda mais para que paguem o que é necessário para salvar o planeta?</p><p style="background-color: #fefefe; box-sizing: inherit; font-family: Georgia; font-size: 20px; line-height: 1.6; margin: 0px 0px 1rem; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;">Texto original: <a href="https://outraspalavras.net/crise-civilizatoria/atemeraria-ostentacao-da-nova-classe/?fbclid=IwAR1L1qeeIATDsaJiM28I6Jiil9-ofsTWAYR1nLYiJ5Q6bowIwTDxLAHLCRY" target="_blank">OUTRAS PALAVRAS</a></p><p style="background-color: #fefefe; box-sizing: inherit; font-family: Georgia; font-size: 20px; line-height: 1.6; margin: 0px 0px 1rem; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;">Replicado de : <a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2021/11/o-01-camufla-sua-fortuna-em-paraisos.html" target="_blank">CARLOS - professor de geografia</a></p><p class="date" style="background-color: #fefefe; box-sizing: inherit; color: #585858; display: inline-block; font-family: Santana; font-size: 13px; line-height: 1.6; margin: 0px; padding: 7px 0px; text-align: right; text-rendering: optimizelegibility; width: 340px;"><br /></p></div>Antônio Carloshttp://www.blogger.com/profile/18062868840970819727noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-345509275458714528.post-29856701252569296662022-01-13T10:25:00.001-08:002022-01-13T10:25:34.186-08:00Quando brasileiras brancas descobrem na Europa que, com a brancura, não podem mobilizar privilégios<p> <a href="https://1.bp.blogspot.com/-3XyJ5N6047g/YXbKDeYI9BI/AAAAAAAAMs8/T_43XD8haLswz2wRZ1qZEj-SOI8NRIJqACLcBGAsYHQ/s696/My-Post-23-696x365.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="365" data-original-width="696" height="290" src="https://1.bp.blogspot.com/-3XyJ5N6047g/YXbKDeYI9BI/AAAAAAAAMs8/T_43XD8haLswz2wRZ1qZEj-SOI8NRIJqACLcBGAsYHQ/w554-h290/My-Post-23-696x365.jpg" width="554" /></a></p><div class="td_block_wrap tdb_single_featured_image tdi_77 tdb-content-horiz-left td-pb-border-top td_block_template_1" data-td-block-uid="tdi_77" style="background-color: white; box-sizing: border-box; clear: both; font-family: Verdana, BlinkMacSystemFont, -apple-system, "segoe ui", Roboto, Oxygen, Ubuntu, Cantarell, "open sans", "helvetica neue", sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 26px; opacity: 1; position: relative;"><div class="tdb-block-inner td-fix-index" style="box-sizing: border-box; transform: translateZ(0px); transition: all 0.3s ease-in-out 0s;"><figure style="box-sizing: border-box; margin: 0px;"><figcaption class="tdb-caption-text" style="box-sizing: border-box; color: #444444; font-size: 11px; font-style: italic; line-height: 17px; margin: 6px 0px 0px; z-index: 1;">Foto: Stock/Adobe</figcaption></figure></div></div><div class="td_block_wrap tdb_single_content tdi_78 td-pb-border-top td_block_template_1 td-post-content tagdiv-type" data-td-block-uid="tdi_78" style="box-sizing: border-box; clear: both; line-height: 1.74; margin-bottom: 0px; margin-top: 21px; padding-bottom: 16px; position: relative;"><div class="tdb-block-inner td-fix-index" style="box-sizing: border-box; transform: translateZ(0px);"><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #222222; font-family: Verdana, BlinkMacSystemFont, -apple-system, "segoe ui", Roboto, Oxygen, Ubuntu, Cantarell, "open sans", "helvetica neue", sans-serif; font-size: 15px; margin: 0px auto 26px; overflow-wrap: break-word; text-align: justify;">Moro na França há alguns anos. Também já morei na Itália e, além dos meus estudos sobre <a href="https://www.geledes.org.br/?s=branquitude" rel="noreferrer noopener" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #f2c335; pointer-events: auto; text-decoration-line: none;" target="_blank">branquitude</a>, convivo com brasileiras no exterior e tenho uma vasta experiência com as frustrações, queixas e crises de mulheres brancas, sobretudo das classes médias e altas. Eu observo pessoas brancas há muito tempo. Acho que comecei a refletir sobre elas ouvindo as histórias das mulheres da minha família que trabalhavam nas suas cozinhas, fazendas, em estreita relação com a branquitude brasileira. Então, não me faltaram relatos sobre como se comportavam, pensavam, diziam e se relacionavam, sobretudo com os seus iguais e o seu Outro (negros e negras). <span></span></p><a name='more'></a><p></p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #222222; font-family: Verdana, BlinkMacSystemFont, -apple-system, "segoe ui", Roboto, Oxygen, Ubuntu, Cantarell, "open sans", "helvetica neue", sans-serif; font-size: 15px; margin: 0px auto 26px; overflow-wrap: break-word; text-align: justify;">Essas mulheres, contudo, não nos viam (e ainda não nos veem) porque estão ocupadas demais em projetar em corpos negros as coisas mal resolvidas em si mesmas. Incrível como falam da pobreza no Brasil, dos problemas políticos e sociais, da falta de educação do povo brasileiro, sem ao menos se darem conta dos problemas dentro de seus lares. Lourenço Cardoso escreve sobre isso na sua tese de doutorado intitulada: <span style="box-sizing: border-box; font-weight: 700;">“O branco ante a rebeldia do desejo: um estudo sobre a branquitude no Brasil” </span>e explica que negros, mesmo sendo desumanizados por brancos, ainda conseguem vê-los enquanto humanos; já o contrário é difícil. </p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #222222; font-family: Verdana, BlinkMacSystemFont, -apple-system, "segoe ui", Roboto, Oxygen, Ubuntu, Cantarell, "open sans", "helvetica neue", sans-serif; font-size: 15px; margin: 0px auto 26px; overflow-wrap: break-word; text-align: justify;">Pois bem, vejo estas mulheres que, acostumadas a projetar o olhar para fora, para o outro, raramente se questionam e se veem como de fato são. Não se enxergam brancas, privilegiadas, construídas e projetadas como seres superiores com base na raça e no pertencimento de classe no Brasil. E, quando chegam na Europa e descobrem que, por serem brancas e possuírem dinheiro, não podem tirar proveito da situação como fazem no país que as endeusou, entram em crise. A crise dessas mulheres é uma das coisas mais interessantes que meu olhar de pesquisadora pôde ver. Essa não é consciente para elas, assim como não é o fato de que a brancura lhes garantiu um lugar confortável na sociedade de origem. </p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #222222; font-family: Verdana, BlinkMacSystemFont, -apple-system, "segoe ui", Roboto, Oxygen, Ubuntu, Cantarell, "open sans", "helvetica neue", sans-serif; font-size: 15px; margin: 0px auto 26px; overflow-wrap: break-word; text-align: justify;">Por três anos meu filho estudou na mesma classe que o filho de uma brasileira branca, loira, de Santa Catarina, advogada e apoiadora de Bolsonaro, antipetista, antilulista e possuidora de uma visão estereotipada sobre a esquerda, os negros e os pobres. Mas, uma coisa aqui mudou na vida dela: embora nós duas tenhamos origem social e raça diferentes, a França nos nivelou. Eu e ela moramos no mesmo bairro e nossos filhos frequentaram a mesma escola, diga-se de passagem, pública. Para ela, mais do que para mim, isso constituiu um grande incômodo, manifesto na sua tentativa constante de mostrar-me o que ela tinha de diferencial em relação à mim. </p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #222222; font-family: Verdana, BlinkMacSystemFont, -apple-system, "segoe ui", Roboto, Oxygen, Ubuntu, Cantarell, "open sans", "helvetica neue", sans-serif; font-size: 15px; margin: 0px auto 26px; overflow-wrap: break-word; text-align: justify;">Como a questão financeira não era o principal mobilizador de superioridade, tampouco ela possuía conhecimentos sobre cultura, ou seja, enquanto eu sou amante de livros, pesquisadora, escritora, conheço de literatura brasileira, francesa, italiana, dentre outras, vou ao teatro e cinema, ela se orgulhava de ser frequentadora assídua de academia, Disneylândia e Mcdonalds. No Brasil, parece que a futilidade dessas pessoas é ofuscada pelo privilégio de raça e de classe.</p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #222222; font-family: Verdana, BlinkMacSystemFont, -apple-system, "segoe ui", Roboto, Oxygen, Ubuntu, Cantarell, "open sans", "helvetica neue", sans-serif; font-size: 15px; margin: 0px auto 26px; overflow-wrap: break-word; text-align: justify;">Certo dia, na porta da escola, ela me abordou da seguinte forma: </p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #222222; font-family: Verdana, BlinkMacSystemFont, -apple-system, "segoe ui", Roboto, Oxygen, Ubuntu, Cantarell, "open sans", "helvetica neue", sans-serif; font-size: 15px; margin: 0px auto 26px; overflow-wrap: break-word; text-align: justify;">-Ai guria, tem dias aqui que é difícil, estou para ficar louca. Outro dia fui ao banco sozinha e me trataram como <em style="box-sizing: border-box;">uma qualquer</em>, você acredita?</p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #222222; font-family: Verdana, BlinkMacSystemFont, -apple-system, "segoe ui", Roboto, Oxygen, Ubuntu, Cantarell, "open sans", "helvetica neue", sans-serif; font-size: 15px; margin: 0px auto 26px; overflow-wrap: break-word; text-align: justify;">Incrédula com a expressão, pois esse “ser qualquer um” deveria ser o sentimento de todo cidadão, de juiz a gari, de professor à médico, de político à banqueiro, balancei a cabeça dando-lhe corda: </p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #222222; font-family: Verdana, BlinkMacSystemFont, -apple-system, "segoe ui", Roboto, Oxygen, Ubuntu, Cantarell, "open sans", "helvetica neue", sans-serif; font-size: 15px; margin: 0px auto 26px; overflow-wrap: break-word; text-align: justify;">-Verdade? </p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #222222; font-family: Verdana, BlinkMacSystemFont, -apple-system, "segoe ui", Roboto, Oxygen, Ubuntu, Cantarell, "open sans", "helvetica neue", sans-serif; font-size: 15px; margin: 0px auto 26px; overflow-wrap: break-word; text-align: justify;">E ela continuou:</p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #222222; font-family: Verdana, BlinkMacSystemFont, -apple-system, "segoe ui", Roboto, Oxygen, Ubuntu, Cantarell, "open sans", "helvetica neue", sans-serif; font-size: 15px; margin: 0px auto 26px; overflow-wrap: break-word; text-align: justify;">-Eu tive que ligar para o meu marido ir até lá para ver se com ele seria diferente. Ele vive recebendo propostas para investimento do banco porque ganha bem.</p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #222222; font-family: Verdana, BlinkMacSystemFont, -apple-system, "segoe ui", Roboto, Oxygen, Ubuntu, Cantarell, "open sans", "helvetica neue", sans-serif; font-size: 15px; margin: 0px auto 26px; overflow-wrap: break-word; text-align: justify;">Fiquei pensando nas suas palavras. Aqui na França, ela não pode mobilizar um tratamento diferenciado por ser loira e muito menos pela sua classe social. Aqui o “você sabe com quem está falando?” não cola como no Brasil. Afinal, ela é só mais uma branca dentre brancos. E os brancos daqui, como diz o pesquisador Lourenço Cardoso, são “mais brancos” que os nossos brancos devido a impressão digital deixada pela colonização que hierarquizou povos e nações. Quanto mais nórdico, como os ingleses, mais branco e ideal é um povo.</p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #222222; font-family: Verdana, BlinkMacSystemFont, -apple-system, "segoe ui", Roboto, Oxygen, Ubuntu, Cantarell, "open sans", "helvetica neue", sans-serif; font-size: 15px; margin: 0px auto 26px; overflow-wrap: break-word; text-align: justify;">Como eu jamais a bajulei por ser branca (como geralmente acontece entre brasileiros), outra vez, na porta da escola, ela me abordou novamente. Eu disse que estava indo caminhar e ela logo se oferece para ir junto. No caminho, sem nenhum pudor, me solta essa:</p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #222222; font-family: Verdana, BlinkMacSystemFont, -apple-system, "segoe ui", Roboto, Oxygen, Ubuntu, Cantarell, "open sans", "helvetica neue", sans-serif; font-size: 15px; margin: 0px auto 26px; overflow-wrap: break-word; text-align: justify;">-Quando meu filho nasceu, a preocupação do meu marido era com o cabelo, se ia nascer ruim como o dele. Eu até achei engraçado porque assim que ele nasceu, ele correu para mim e disse “parece que é ruim, é bem enrolado”. </p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #222222; font-family: Verdana, BlinkMacSystemFont, -apple-system, "segoe ui", Roboto, Oxygen, Ubuntu, Cantarell, "open sans", "helvetica neue", sans-serif; font-size: 15px; margin: 0px auto 26px; overflow-wrap: break-word; text-align: justify;">Eu, que tenho cabelo “ruim” na concepção da sua família somente soltei um “é mesmo?” e parece que aquilo liberou nela seu racismo mais latente. Esse só sai quando a pessoa não se sente julgada ou rechaçada, quando acha abertura e acredita que o interlocutor não a está julgando:</p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #222222; font-family: Verdana, BlinkMacSystemFont, -apple-system, "segoe ui", Roboto, Oxygen, Ubuntu, Cantarell, "open sans", "helvetica neue", sans-serif; font-size: 15px; margin: 0px auto 26px; overflow-wrap: break-word; text-align: justify;">-Meu marido (branco no Brasil) ‘rapa’ a cabeça porque ele odeia o próprio cabelo. Mas quando viu que puxou a mim ficou mais tranquilo. </p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #222222; font-family: Verdana, BlinkMacSystemFont, -apple-system, "segoe ui", Roboto, Oxygen, Ubuntu, Cantarell, "open sans", "helvetica neue", sans-serif; font-size: 15px; margin: 0px auto 26px; overflow-wrap: break-word; text-align: justify;">O que essa mulher queria ao me dizer tudo isso? Ela estava buscando que eu reconhecesse a sua superioridade, pelo menos aquela racial, já que eu, por espontânea vontade não o fiz, ela estava ali me lembrando disso. A igualdade é um dos maiores sofrimentos psíquicos para mulheres brancas brasileiras das camadas altas que chegam para morar aqui na Europa. Digo de mulheres porque convivo pouco com os homens brancos brasileiros. E não parou aqui, não. Outra vez ela fez o seguinte comentário:</p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #222222; font-family: Verdana, BlinkMacSystemFont, -apple-system, "segoe ui", Roboto, Oxygen, Ubuntu, Cantarell, "open sans", "helvetica neue", sans-serif; font-size: 15px; margin: 0px auto 26px; overflow-wrap: break-word; text-align: justify;">-Guria, falei com minha prima que mora na Inglaterra e ela me disse que sou louca de colocar meu filho em escola pública, de me misturar com <em style="box-sizing: border-box;">esta gente</em>. </p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #222222; font-family: Verdana, BlinkMacSystemFont, -apple-system, "segoe ui", Roboto, Oxygen, Ubuntu, Cantarell, "open sans", "helvetica neue", sans-serif; font-size: 15px; margin: 0px auto 26px; overflow-wrap: break-word; text-align: justify;">Ela se referia à grande presença de crianças imigrantes na escola, de origem africana e de países árabes. A escola pública foi o espaço que acolheu o seu filho, o ensinou a falar francês, lhe proporcionou uma base e uma convivência respeitosa e igualitária com diferentes nacionalidades, sobretudo aquelas as quais ele nunca teve contato no Brasil por viver segregado no seu pequeno mundinho burguês. Mas, ela insistia em tentar se colocar como um ser especial. </p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #222222; font-family: Verdana, BlinkMacSystemFont, -apple-system, "segoe ui", Roboto, Oxygen, Ubuntu, Cantarell, "open sans", "helvetica neue", sans-serif; font-size: 15px; margin: 0px auto 26px; overflow-wrap: break-word; text-align: justify;">Antes que alguém diga que tive muita paciência, só resisti porque estudo brancos e quando descobri que é melhor lhes dar corda para ter material, meu envolvimento afetivo e emocional me causa menos sofrimento. </p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #222222; font-family: Verdana, BlinkMacSystemFont, -apple-system, "segoe ui", Roboto, Oxygen, Ubuntu, Cantarell, "open sans", "helvetica neue", sans-serif; font-size: 15px; margin: 0px auto 26px; overflow-wrap: break-word; text-align: justify;">O estupor por não ser tratada com distinção não vem somente de gente de extrema direita. Nesse ponto, a branquitude se assemelha muito, tanto de direita quanto de esquerda. Uma moça branca, paulistana e segundo ela mesma, de classe média alta, revelou-me que estava surpresa por sofrer discriminação dentro da universidade francesa. A pergunta que ela me fez foi a seguinte:</p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #222222; font-family: Verdana, BlinkMacSystemFont, -apple-system, "segoe ui", Roboto, Oxygen, Ubuntu, Cantarell, "open sans", "helvetica neue", sans-serif; font-size: 15px; margin: 0px auto 26px; overflow-wrap: break-word; text-align: justify;">– Eu posso me comparar com os negros por sofrer <a href="https://www.geledes.org.br/?s=racismo" rel="noreferrer noopener" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; color: #f2c335; pointer-events: auto; text-decoration-line: none;" target="_blank">racismo</a>? </p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #222222; font-family: Verdana, BlinkMacSystemFont, -apple-system, "segoe ui", Roboto, Oxygen, Ubuntu, Cantarell, "open sans", "helvetica neue", sans-serif; font-size: 15px; margin: 0px auto 26px; overflow-wrap: break-word; text-align: justify;">Lhe respondi que com negros, jamais. E continuei dizendo que aqui, antes de tudo, ela é brasileira e tinha alguns traços árabes como o nariz e o formado do rosto. Ela estava desorientada por não poder usufruir da “invisibilidade” da raça como acontecia no Brasil e talvez, sem se dar conta, da visibilidade por ser branca e burguesa na hora de receber privilégios. Essas mulheres estão acostumadas, desde pequenas, a serem paparicadas e, quando isso não acontece, o Eu se fragiliza. </p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #222222; font-family: Verdana, BlinkMacSystemFont, -apple-system, "segoe ui", Roboto, Oxygen, Ubuntu, Cantarell, "open sans", "helvetica neue", sans-serif; font-size: 15px; margin: 0px auto 26px; overflow-wrap: break-word; text-align: justify;">Uma outra, branca de olhos verdes, vendo que eu jamais comentei algo sobre a sua aparência física, como está acostumada, depois de um tempo de convivência, tirou os óculos diante de mim, arregalou os olhos e disse:</p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #222222; font-family: Verdana, BlinkMacSystemFont, -apple-system, "segoe ui", Roboto, Oxygen, Ubuntu, Cantarell, "open sans", "helvetica neue", sans-serif; font-size: 15px; margin: 0px auto 26px; overflow-wrap: break-word; text-align: justify;">–<em style="box-sizing: border-box;">Todo mundo fala</em> que eu deveria parar de usar óculos, pois desvalorizam meus olhos. Você já viu os meus olhos?</p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #222222; font-family: Verdana, BlinkMacSystemFont, -apple-system, "segoe ui", Roboto, Oxygen, Ubuntu, Cantarell, "open sans", "helvetica neue", sans-serif; font-size: 15px; margin: 0px auto 26px; overflow-wrap: break-word; text-align: justify;">A cena foi cômica. A mulher com os olhos esbugalhados na minha frente mendigando elogios. Lhe respondi:</p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #222222; font-family: Verdana, BlinkMacSystemFont, -apple-system, "segoe ui", Roboto, Oxygen, Ubuntu, Cantarell, "open sans", "helvetica neue", sans-serif; font-size: 15px; margin: 0px auto 26px; overflow-wrap: break-word; text-align: justify;">– Fulana, eu já vi os seus olhos.</p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #222222; font-family: Verdana, BlinkMacSystemFont, -apple-system, "segoe ui", Roboto, Oxygen, Ubuntu, Cantarell, "open sans", "helvetica neue", sans-serif; font-size: 15px; margin: 0px auto 26px; overflow-wrap: break-word; text-align: justify;"> Ela, muito sem graça, recolocou os óculos. O que ela queria de mim? O que todo mundo lhe dava: bajulação da sua corporeidade branca, dos seus olhos verdes e o reconhecimento do seu valor em base a isto. </p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #222222; font-family: Verdana, BlinkMacSystemFont, -apple-system, "segoe ui", Roboto, Oxygen, Ubuntu, Cantarell, "open sans", "helvetica neue", sans-serif; font-size: 15px; margin: 0px auto 26px; overflow-wrap: break-word; text-align: justify;">Muitas dessas mulheres tentam reproduzir a mesma hierarquia social e racial que temos no Brasil, procurando por outras que estejam à disposição do ego delas. Conheci uma promotora de justiça de Brasília que chegou na França, juntamente com o marido para fazer mestrado. Os dois conseguiram uma licença de um ano do trabalho. No primeiro contato que tivemos ela perguntou: “Você conhece uma diarista para me apresentar?” Achei estranho o pedido, pois a mulher e o marido ficariam um ano sem trabalhar, morando em um pequeno apartamento, como ela descreveu, mas tinha que ter alguém para lhe servir. Essa gente fora do Brasil e das relações de dominação/servidão/ que se dão em base à racialização de corpos se perde. </p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #222222; font-family: Verdana, BlinkMacSystemFont, -apple-system, "segoe ui", Roboto, Oxygen, Ubuntu, Cantarell, "open sans", "helvetica neue", sans-serif; font-size: 15px; margin: 0px auto 26px; overflow-wrap: break-word; text-align: justify;">Conheci brasileiras aqui que gostam de conviver com outras brasileiras porque entre nós, entendemos os códigos, as hierarquias e as leis ocultas do nosso país para reproduzir a mesma lógica de quem adora e de quem é adorado. Ou, em outros casos, preferem conviver somente com franceses, pois segundo elas, “não gostam de se misturar” e se agarram aos “brancos mais brancos” como se fosse um troféu para mostrar ao mundo e exibir para a família e amigos no Brasil: “Olha a minha amiga francesa!!!”. É um modo de participar da branquitude mais “pura” (mesmo que indiretamente), que o que temos nas terras <em style="box-sizing: border-box;">Brasilis.</em> </p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #222222; font-family: Verdana, BlinkMacSystemFont, -apple-system, "segoe ui", Roboto, Oxygen, Ubuntu, Cantarell, "open sans", "helvetica neue", sans-serif; font-size: 15px; margin: 0px auto 26px; overflow-wrap: break-word; text-align: justify;">Uma coisa é certa, essa experiência na Europa poderia ser, para elas, uma grande chance de mudar de paradigma, de renascer, de se tornar uma pessoa melhor. Mas, na maioria dos casos, o privilégio é buscado com unhas e dentes. Se soubessem que podem abandoná-lo e viver mais livres, talvez o fariam. Mas alguém como elas, ou seja, branco, precisaria dizer. Pois, no meu caso, se lhes digo, passo por negra raivosa, ressentida, invejosa, que vê racismo em tudo. Eu torço pela mudança e pela emancipação humana, mas enquanto isso não acontece, continuo tendo-as como objeto de análise e estudo. </p><hr class="wp-block-separator" style="background-color: white; border-bottom: 2px solid rgb(143, 152, 161); border-image: initial; border-left: none; border-right: none; border-top: none; box-sizing: content-box; color: #222222; font-family: Verdana, BlinkMacSystemFont, -apple-system, "segoe ui", Roboto, Oxygen, Ubuntu, Cantarell, "open sans", "helvetica neue", sans-serif; font-size: 15px; height: 0px; margin: 1.65em auto; max-width: 100px;" /><p class="has-white-background-color has-background" style="box-sizing: border-box; margin: 0px auto 26px; overflow-wrap: break-word; padding: 1.25em 2.375em;"><span face="Verdana, BlinkMacSystemFont, -apple-system, segoe ui, Roboto, Oxygen, Ubuntu, Cantarell, open sans, helvetica neue, sans-serif" style="color: #222222;"><span style="background-color: white; font-size: 15px;">Fabiane Albuquerque é doutora em sociologia, autora do livro </span></span><em style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #222222; font-family: Verdana, BlinkMacSystemFont, -apple-system, "segoe ui", Roboto, Oxygen, Ubuntu, Cantarell, "open sans", "helvetica neue", sans-serif; font-size: 15px;">Cartas a um homem negro que amei</em><span face="Verdana, BlinkMacSystemFont, -apple-system, segoe ui, Roboto, Oxygen, Ubuntu, Cantarell, open sans, helvetica neue, sans-serif" style="color: #222222;"><span style="background-color: white; font-size: 15px;">, publicado pela Editora Malê.</span></span><br /><br /><b>Texto original : <a href="https://www.geledes.org.br/quando-brasileiras-brancas-descobrem-na-europa-que-com-a-brancura-nao-podem-mobilizar-privilegios/?fbclid=IwAR2wQkg0qX41epaRyqihd7pGJe5sypKxXvzL0ZWm-wOSbqcok_cvrvGWuGA">PORTAL GELEDÉS</a><br />Texto replicado : <a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2021/10/quando-brasileiras-brancas-descobrem-na.html" target="_blank">CARLOS - Professor de geografia</a><br /><br /></b></p></div></div>Antônio Carloshttp://www.blogger.com/profile/18062868840970819727noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-345509275458714528.post-47720854563009544952022-01-13T10:23:00.004-08:002022-01-13T10:23:47.495-08:00Vamos ficar iguais aos estadunidenses?<span id="docs-internal-guid-0033c586-7fff-b594-28ef-93abc1bdb26c" style="text-align: justify;"><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: left;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-7ywX9hbGyP0/YXbIyOBuD3I/AAAAAAAAMss/WuCabZBEJmIOAlaxBzpxwpg-ZDJs2uAigCLcBGAsYHQ/s320/bolsonaroeuaNani.jpg" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><b><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Por Marcos Coimbra, no site </span></b></a><b><a href="https://www.brasil247.com/blog/vamos-ficar-iguais-aos-americanos" style="text-decoration-line: none;"><span style="color: #1155cc; font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; text-decoration-skip-ink: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Brasil-247</span></a><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">:</span></b></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: left;"><b><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; text-align: justify; white-space: pre-wrap;">Temos que prestar atenção ao que está acontecendo nos EUA.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; text-align: justify; white-space: pre-wrap;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-jdy_YDNCBcQ/YZ4vWpB9IeI/AAAAAAAAMvc/dGFzWp7eZaYz-JPpgMl7fkrT14ylPXdpgCLcBGAsYHQ/s560/invasao-capitlolio.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="266" data-original-width="560" src="https://1.bp.blogspot.com/-jdy_YDNCBcQ/YZ4vWpB9IeI/AAAAAAAAMvc/dGFzWp7eZaYz-JPpgMl7fkrT14ylPXdpgCLcBGAsYHQ/s16000/invasao-capitlolio.png" /></a></div><br /><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; white-space: pre-wrap;">Os Estados Unidos, que já foram o símbolo da democracia moderna, são, hoje, o país onde a deterioração democrática está mais avançada.</span></p><br /><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Chegaram a um ponto que parece sem retorno.</span></p><br /><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">A possível volta de Trump à Presidência, daqui a três anos, será o fim de tudo (ele lidera as primeiras pesquisas a respeito da eleição de 2024).<br /></span></p><br /><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Estamos nesse caminho, em um lugar desconhecido. Perto ou ainda distantes?</span></p><br /><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">O certo é que, se Bolsonaro fosse vencer a próxima eleição, estaríamos muito, muito perto dos americanos.</span></p><br /><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Mas a distância em relação a essa catástrofe pode não ser grande, caso a vitória de Lula venha com margem estreita.<span></span></span></p><a name='more'></a></span><p style="text-align: justify;"></p><br style="text-align: justify;" /><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Os próprios EUA mostram o que poderia acontecer caso o capitão conseguisse se apresentar como derrotado por “manipulações” na contagem de votos.</span></p><br style="text-align: justify;" /><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">No final de 2020, um grupo de pesquisadores em sociologia, psicologia social, ciência politica e antropologia, reunidos sob os auspícios da Associação Americana para o Avanço da Ciência, AAAS (análoga à nossa Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, a SBPC) publicou estudo procurando compreender e explicar o crescimento do sectarismo na politica americana.</span></p><br style="text-align: justify;" /><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Segundo o grupo, os EUA seriam hoje uma sociedade dividida de maneira irreconciliável em duas seitas politicas antagônicas.</span></p><br style="text-align: justify;" /><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">No limite, cada uma vê a outra como a) constituída por gente essencialmente diferente, que sequer parece pertencer à mesma espécie; b) merecedora de aversão e desconfiança; c) cheia de pessoas mal-intencionadas e imorais.</span></p><br style="text-align: justify;" /><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Em função disso, as derrotas eleitorais de cada “lado” são percebidas por seus integrantes como perdas existenciais, cataclismos pessoais que precisam ser evitados, custe o que custar, mesmo através do uso da violência.</span></p><br style="text-align: justify;" /><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Não se disputam eleições, travam-se batalhas.</span></p><br style="text-align: justify;" /><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">De acordo com os dados, as tendências à sectarização se aceleraram nos últimos anos, impulsionadas por um fenômeno concomitante: a crescente distinção socioeconômica e demográfica no eleitorado norte-americano.</span></p><br style="text-align: justify;" /><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">As clivagens raciais, religiosas, educacionais e geográficas se aprofundaram.</span></p><br style="text-align: justify;" /><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Ser democrata ou republicano passou a significar, objetivamente, ser diferente do outro.</span></p><br style="text-align: justify;" /><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Quando essas diferenças objetivas se associam às diferenças subjetivas na ideologia e na politica, nascem “superidentidades”, que, por sua vez, passam a exigir níveis mais altos de coerência dos indivíduos: se sou republicano e sou diferente de um democrata, preciso me afastar do que “eles” são.</span></p><br style="text-align: justify;" /><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Classe, religião e orientação sexual tendem a ser redefinidas para se adequar à identidade politica.</span></p><br style="text-align: justify;" /><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">O processo de sectarização avança, retroalimentado por essa dinâmica.</span></p><br style="text-align: justify;" /><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Nas palavras de Patrick Egan, outro pesquisador do tema, “os americanos mudam sua identidade para alinhá-la de acordo com a política”.</span></p><br style="text-align: justify;" /><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Por mais diferentes que sejam, cada lado superestima as diferenças que os separam.</span></p><br style="text-align: justify;" /><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Tendem a ver os partidários do outro lado como socialmente distintos, imaginando-os como radicais e intolerantes.</span></p><br style="text-align: justify;" /><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Para exemplificar: os que se identificam como republicanos supõem que um terço dos democratas é gay (o número é 6%) e os que se sentem democratas calculam que 40% dos republicanos ganham mais de 250 mil dólares ao ano (o número é 2%).</span></p><br style="text-align: justify;" /><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">A partidarização endureceu as fronteiras entre as pessoas. À medida em que os grupos políticos se diferenciaram em campos polarizados e antagonistas, os eleitores flutuantes escassearam.</span></p><br style="text-align: justify;" /><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Os indivíduos passaram a buscar em sua filiação politico-ideológica a fonte de sua identidade coletiva e a ver o outro lado como inimigo.</span></p><br style="text-align: justify;" /><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Quem não se identifica com um tende a desistir de participar da vida politica.</span></p><br style="text-align: justify;" /><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Não se registra e não vai votar.</span></p><br style="text-align: justify;" /><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">A maioria dos estudos americanos sugere que as clivagens programáticas no eleitorado nunca foram significativas e não cresceram.</span></p><br style="text-align: justify;" /><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">As pessoas concordam, no fundamental, a respeito de temas econômicos e relativos ao governo, em um “centrismo” pouco elaborado.</span></p><br style="text-align: justify;" /><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Gostar ou não gostar do “outro lado” não deriva da concordância/discordância em matéria de politicas públicas. O que conta é que republicanos e democratas detestam-se cada vez mais.</span></p><br style="text-align: justify;" /><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">As circunstâncias das eleições (se ocorrem, até mesmo, em meio a guerras, recessão ou pandemias), as propostas e as campanhas estão se tornando desimportantes.</span></p><br style="text-align: justify;" /><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Como assinala um estudo da Brookings Institution, os eleitores parecem cada vez menos ver os candidatos como um agregado de atributos de personalidade e ideias de governo e mais como porta-estandartes de tribos partidárias.</span></p><br style="text-align: justify;" /><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Nas reeleições, ao invés de avaliar o desempenho dos governantes, torcem por seu “time” e reafirmam escolhas anteriores.</span></p><br style="text-align: justify;" /><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">As viradas de uma eleição para outra são a cada dia mais raras: quem votou em um “lado” dificilmente passa para o outro.</span></p><br style="text-align: justify;" /><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Três processos são as causas imediatas da sectarização.</span></p><br style="text-align: justify;" /><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">O primeiro e mais antigo é a polarização da elite politica, com a tendência de os políticos republicanos se moverem cada vez mais em direção à direita, mesmo sem que o oposto tenha ocorrido no Partido Democrata.</span></p><br style="text-align: justify;" /><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Esse movimento começou nos anos 1980, com a eleição de Reagan, que devolveu aos republicanos, depois da vergonha de Nixon, uma identidade que podiam exibir.</span></p><br style="text-align: justify;" /><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Reagan reabilitou o conservadorismo e levou o país para a direita, se contrapondo à liberalização que marcara o final dos anos 1960 e a década de 1970, que viram a ascensão do feminismo, a luta pela igualdade racial e a afirmação de identidades alternativas.</span></p><br style="text-align: justify;" /><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Nos últimos anos, os políticos republicanos aprofundaram o conservadorismo e encontraram novas formas de comunicação com suas bases, usando as técnicas do chamado “disciplinamento de mensagens”: dizer poucas coisas, muitas vezes, para as mesmas pessoas.</span></p><br style="text-align: justify;" /><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Esse logo se tornou o padrão da comunicação entre políticos e eleitores dos dois partidos, seja através da imprensa, da comunicação dirigida ou das redes sociais.</span></p><br style="text-align: justify;" /><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">A consequência foi a exacerbação das diferenças de conteúdo entre os partidos, que passaram a parecer maiores do que são, por exemplo, na convivência parlamentar.</span></p><br style="text-align: justify;" /><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Políticos dos dois partidos costumam concordar mais do que os eleitores imaginam.</span></p><br style="text-align: justify;" /><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">O segundo elemento que ajuda a explicar a sectarização são as mudanças na estrutura dos meios de comunicação de massa, intensificadas a partir do governo Reagan, que revogou a legislação que exigia imparcialidade no noticiário e nos comentários na televisão e no rádio.</span></p><br style="text-align: justify;" /><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Desde então, a mídia americana foi se tornando, em alguns casos, furiosamente partidária, aprofundando o fosso entre as pessoas: quem pensava de um modo encontrava logo os veículos que repetiam o que queria ouvir e acentuavam sua radicalização.</span></p><br style="text-align: justify;" /><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">A terceira causa é a principal responsável pela velocidade que a radicalização adquiriu agora: os mecanismos de direcionamento de conteúdos nas principais plataformas das redes sociais.</span></p><br style="text-align: justify;" /><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Sua tecnologia se utiliza de algoritmos baseados em popularidade, capazes de selecionar mensagens que maximizem o engajamento dos usuários.</span></p><br style="text-align: justify;" /><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Como mostrou um estudo de um grupo de psicólogos da Universidade de Nova Iorque, são os conteúdos e o emprego de linguagem moral-emocional que aumentam de forma substancial a difusão dentro (e, em grau menor, entre) grupos ideológicos nas redes sociais.</span></p><br style="text-align: justify;" /><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Sem cessar alimentados com uma mistura de fatos, fantasias e mentiras (coloridas com as tintas do medo e da indignação moral), os usuários vivem sua vida on-line em “câmaras de eco”, ambientes onde as pessoas só encontram informações ou opiniões que refletem ou reforçam as que já têm.</span></p><br style="text-align: justify;" /><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Os americanos chegaram aonde estão em uma trajetória marcada por fenômenos que conhecemos no Brasil.</span></p><br style="text-align: justify;" /><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">A mesma degradação do ambiente democrático foi promovida por nossas elites conservadoras, que jogaram lenha na fogueira da animosidade e do ódio, culpando e criminalizando adversários.</span></p><br style="text-align: justify;" /><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Nossa grande imprensa se comportou como partido na luta contra a esquerda, atacando-a e procurando desmoralizar suas lideranças e simpatizantes.</span></p><br style="text-align: justify;" /><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Como lá, tudo se agravou aqui depois que as redes sociais cresceram como terra sem lei, à disposição de qualquer aventureiro, como vimos na eleição de 2018.</span></p><br style="text-align: justify;" /><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Ainda somos, no entanto, diferentes do EUA. Não estamos, portanto, condenados a repetir sua decadência. Mas o risco existe e não é pequeno.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><b>Texto original:<a href="https://altamiroborges.blogspot.com/2021/10/vamos-ficar-iguais-aos-estadunidenses.html?spref=fb&fbclid=IwAR2ODo1gUK1AWx8R8Mjim4RxU6D0WI2N_nv8-yUKG33HrPXrxdNwJRTGo9U" target="_blank"> BLOG DO MIRO</a></b></span></p><div><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><b><br /></b></span></div><div><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><b>Texto replicado : <a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2021/10/vamos-ficar-iguais-aos-estadunidenses.html" target="_blank">CARLOS - professor de geografia</a></b></span></div>Antônio Carloshttp://www.blogger.com/profile/18062868840970819727noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-345509275458714528.post-85205817695659510542020-04-12T06:15:00.003-07:002020-04-12T06:15:53.413-07:00O Capitalismo, as facilidades e a dependência V<h3>
O controle pela comunicação</h3>
<div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-jy8asveekJY/XfjPlJjV7BI/AAAAAAAALrQ/gxcdlyk4QpYyRc8xqEHk0bOIxVbnbbk4QCLcBGAsYHQ/s1600/download.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="169" data-original-width="299" height="226" src="https://1.bp.blogspot.com/-jy8asveekJY/XfjPlJjV7BI/AAAAAAAALrQ/gxcdlyk4QpYyRc8xqEHk0bOIxVbnbbk4QCLcBGAsYHQ/s400/download.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
Em todos os ramos de nossas atividades se criou as facilidades e consequentemente a dependência. Seja na hora que compramos alguma coisa para consumo próprio, para venda, na realização de nossas tarefas diárias, mas foi na comunicação onde nossa dependência se tornou maior e estranhamente foi nesta área onde as facilidades foram amplamente criadas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<a name='more'></a></div>
<div style="text-align: justify;">
O controle pela comunicação é mais efetivo que em qualquer outra área, afinal de contas, os atuais meios de comunicação são responsáveis pelo tráfico das informações em todo o comércio, escolas,clínicas, bancos e demais atividades que usam das facilidades dos atuais meios de comunicação para interagir com clientes e pacientes. Desligue os meios de comunicação e a grande maioria de nossas atividades irão ficar paralisadas. Todas essas atividades ficaram de uma maneira ou outra na dependência que os atuais meios de comunicação nunca parem de funcionar, principalmente o tráfego de informação via internet.<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-Wzta06IXvKc/XfjPlUkvkNI/AAAAAAAALrU/S_ShL0GdOk01uLwn04zmHuXAqQr1DImTQCLcBGAsYHQ/s1600/images.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="168" data-original-width="300" height="224" src="https://1.bp.blogspot.com/-Wzta06IXvKc/XfjPlUkvkNI/AAAAAAAALrU/S_ShL0GdOk01uLwn04zmHuXAqQr1DImTQCLcBGAsYHQ/s400/images.jpg" width="400" /></a></div>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O controle via internet é tão importante que todos os países militaristas tem vários cientistas criando meios de interferência e segurança neste meio de comunicação. Vale lembrar que a internet foi primeiramente desenvolvida para uso militar e só posteriormente liberada para uso civil, mas sua importância reside mais no controle ideológico no fato no que as pessoas falam e deixam de falar. É comum denúncias de invasão de sistema, grampo de telefones de autoridades, seleção de conteúdo das informações que se deseja tornar pública ou não, bloqueio ou liberação de conteúdos nas páginas publicadas na internet, etc.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<blockquote class="tr_bq">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-K9gatVGM5hM/XfjPlXxi0TI/AAAAAAAALrY/q8SE0ojyar8NspknJ_BeygxVzUjwfdbOgCLcBGAsYHQ/s1600/images%2B%25281%2529.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="276" data-original-width="182" height="200" src="https://1.bp.blogspot.com/-K9gatVGM5hM/XfjPlXxi0TI/AAAAAAAALrY/q8SE0ojyar8NspknJ_BeygxVzUjwfdbOgCLcBGAsYHQ/s200/images%2B%25281%2529.jpg" width="131" /></a>Os meios de comunicação ficaram tão modernos e rápidos que seu uso juntamente com o processamento de dados dos modernos computadores tornou possível se vigiar até mesmo as nossas mensagens pessoais via internet e até mesmo nos telefonemas que fazemos diariamente. O nome disso se chama controle efetivo do que podemos ou não falar ou Controle Social !</blockquote>
<br />
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<b>Textos relacionados:</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>O Capitalismo, as facilidades e a dependência</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2019/11/o-capitalismo-as-facilidades-e.html" target="_blank">- A Facilidade se tornou difícil</a></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2019/11/o-capitalismo-as-facilidades-e_19.html" target="_blank"> - Nada para dificultar</a><br />
- <a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2019/11/o-capitalismo-as-facilidades-e_24.html" target="_blank">A chegada da moda</a><br />
- <a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2019/11/o-capitalismo-as-facilidades-e_29.html" target="_blank">Mais facilidades e mais dependência</a><br />
- <a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2019/12/o-capitalismo-as-facilidades-e.html" target="_blank">O controle pela comunicação</a></div>
</div>
</div>
Antônio Carloshttp://www.blogger.com/profile/18062868840970819727noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-345509275458714528.post-75447429382336094252020-04-12T06:15:00.000-07:002020-04-12T06:15:09.035-07:00O Capitalismo, as facilidades e a dependência IV<h3>
Mais facilidades e mais dependência</h3>
<div>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://lh5.googleusercontent.com/N-RqaHc_XNRFu4yNAmgTLaSBEXvg6OEinEBvE0h4YHkb_40z-UFPMLjXkqnAQkNeeYNOX5zTPwlhJZuDLW0hCc1jGYgsOh0L5wIV_hEVA5ocBqsun35Vaal0ePZSkbkenUV0Hrfh" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://lh5.googleusercontent.com/N-RqaHc_XNRFu4yNAmgTLaSBEXvg6OEinEBvE0h4YHkb_40z-UFPMLjXkqnAQkNeeYNOX5zTPwlhJZuDLW0hCc1jGYgsOh0L5wIV_hEVA5ocBqsun35Vaal0ePZSkbkenUV0Hrfh" width="150" /></a>O processo de industrialização e mecanização de todas as atividades humanas trouxe facilidades e dependência em todos os sentidos, mas alguns são mais que interessantes. Um grande exemplo é na hora de se consumir os alimentos e para facilitar consumir os alimentos foi criado o liquidificador.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Passamos pelas facilidades de se adquirir vestimentas, máquinas que facilitam e aumentam a produção de alimentos, facilidades de créditos para adquirir os produtos e se criou a máquina para facilitar o consumo dos alimentos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Antes da criação do liquidificador, as frutas, carnes, legumes, etc eram moídas com máquinas movidas a manivela, os sucos eram feitos espremendo os frutos e por esse motivo não se fazia suco de tudo que é tipo. Mas antes de surgir o liquidificar, surgiu os chamados sucos industriais. Na realidade uma mistura de água, açúcar e corantes (eu sempre chamo a todos de ksuco). Eram as chamadas descobertas dos produtos alimentícios artificiais, mas que foram gradativamente esquecidos, já que com o surgimentos de várias máquinas elétricas foram surgindo novas maneira de se produzir alimentos com melhor qualidade. Qualquer pessoas prefere um suco feito de frutas do que um suco artificialmente fabricado !</div>
<div style="text-align: justify;">
<a name='more'></a><br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas em matéria de facilidades, o ser humano ainda não encontrou limites e na procura dessas facilidades se criou os frutos sem sementes! </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Desde criança, sempre ouvi dos adultos de como seria ótimo que os frutos não possuíssem sementes ! Segundas os argumentos utilizados, ficaria mais fácil de se mastigar. Acham pouco o uso do liquidificador! </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Mesmo quando ainda era adolescente, vi muitos frutos serem testados em sementeiras para se encontrar o fruto ideal para consumo e um dos itens ditos ideais seria os frutos com pouco ou nenhuma semente. Naquela época, não se conseguiu produzir frutos sem sementes, mas se conseguiu produzir frutos com muita poucas sementes e um grande exemplo foi o surgimentos de várias espécies de goiabas com apenas quatro ou cinco sementes.<img src="https://lh3.googleusercontent.com/bEpujTuwwCwofpNVnGejF9SF1CwF3_JtjPsn5nUz6s7iKRp-21PZZwxHdyeQSsacwhyU0HVUxFP3a0cUM5ePkRvMelu7Foq7ahVZjVPn1cU_sy8igM1YiCy1JJEKIVyf2_7kB-zZ" /></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
Com o passar do tempo e modernização das pesquisas, surgiram as sementes geneticamente modificadas e com elas vieram sementes que produzem plantas que são mais resistente a pragas (isso é o que eles dizem, mas na prática não está se confirmando), conseguem produzir em maior volume,produzem frutos maiores e muitos desses frutos são produzidos sem sementes!<img src="https://lh6.googleusercontent.com/6VplUlVm5-YsgO6W0izTOre3Wjxmu5pmBPDpxEKpepptTAQuqX82U7rfo6e1EyhhXyXMoBfudtZJRSqw6hzSHi2dA8m_HS2eet_oAsAoRnC7cHzZi-74Kb6caxT5fDCXHvDhJUd5" /></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Alguns dos produtos que já são comercializados sem sementes são: algumas espécies de goiaba, algumas espécies de uvas, alguns tipos de melões, algumas espécies de laranjas, algumas espécies de limões, etc</div>
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<br /></div>
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Estranhamente, essa facilidade de se produzir alimentos de plantas geneticamente modificáveis gera uma dependência total dos laboratórios, já que as plantas para germinarem é necessários que existam sementes das plantas anteriores as já existentes e as plantas modificadas geneticamente não se reproduzem. Os frutos sem sementes nem precisa muita explicação, já que as sementes são as responsáveis pela reprodução das plantas, ou seja, a dependência dos laboratórios é total. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Com as facilidades de se comprar essas sementes, os agricultores passaram a não cultivar mais com as chamadas sementes crioulas (sementes naturais) e isso está provocando a extinção dessas sementes. Provavelmente algumas espécies de plantas irão sumir por falta de que se preserve as chamadas sementes crioulas, já que todos estão passando a cultivar usando cada vez mais as sementes produzidas em laboratórios.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O que acontece se os laboratórios resolverem vender essas sementes cada vez mais com os preços mais altos? Ou mesmo resolverem que não irão fornecer sementes?<br />
<br />
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<b>Textos relacionados:</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>O Capitalismo, as facilidades e a dependência</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2019/11/o-capitalismo-as-facilidades-e.html" target="_blank">- A Facilidade se tornou difícil</a></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2019/11/o-capitalismo-as-facilidades-e_19.html" target="_blank"> - Nada para dificultar</a><br />
- <a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2019/11/o-capitalismo-as-facilidades-e_24.html" target="_blank">A chegada da moda</a><br />
- <a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2019/11/o-capitalismo-as-facilidades-e_29.html" target="_blank">Mais facilidades e mais dependência</a><br />
- <a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2019/12/o-capitalismo-as-facilidades-e.html" target="_blank">O controle pela comunicação</a></div>
</div>
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Antônio Carloshttp://www.blogger.com/profile/18062868840970819727noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-345509275458714528.post-24994633628577597132020-04-12T06:14:00.002-07:002020-04-12T06:14:29.248-07:00O Capitalismo, as facilidades e a dependência III<h3>
A chegada da moda</h3>
<div>
<br /></div>
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Nos tempos onde a grande maioria das pessoas viviam em fazenda, o vestuário era simples. As pessoas usavam roupas de trabalho sem preocupação se existia e se estava na moda ou se era cafona. Aliás, não existia a história de era moda e era cafona pelo motivo que os modelos de roupas duravam décadas e passavam por gerações.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-GZmUvrj7bwM/XdsDDFNRIPI/AAAAAAAALqE/pa1Q_kKbnWs5febvtbE0kIvnJmeuda1XgCLcBGAsYHQ/s1600/meninas-de-compras-ilustracao-vetorial_53-9614-400x265.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="371" data-original-width="560" src="https://1.bp.blogspot.com/-GZmUvrj7bwM/XdsDDFNRIPI/AAAAAAAALqE/pa1Q_kKbnWs5febvtbE0kIvnJmeuda1XgCLcBGAsYHQ/s1600/meninas-de-compras-ilustracao-vetorial_53-9614-400x265.jpg" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
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As vestimentas eram classificadas em para o trabalho e para festas cívicas e religiosas. As roupas de trabalho não tinha a preocupação com a aparência e sim com a funcionalidade, as roupas das festas a maior preocupação eram com as festas religiosas e essas roupas usadas nas festas religiosas era a chamada Roupa Domingueira.</div>
<div style="text-align: justify;">
<a name='more'></a><br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Com o surgimento das roupas fabricadas em séries, veio a chamada moda. Isso ocorreu devido às facilidades de se conseguir adquirir novas roupas, com facilidade de compra e claro, a indústria e o comércio inventou a moda e forneceu os modelos. Com o aparecimento da moda, surgiu o cafona !</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Muito foi gasto com propaganda para viciar o pessoal em seguir moda e constranger os chamados cafona. Lembrar que cafona é a pessoas que se nega a comprar um último modelo lançado no mercado somente para dizer que está em dias com os lançamentos !</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A moda foi criada devido às facilidades de se produzir cada vez mais novos modelos rapidamente, produzidos em série, com facilidade de créditos, facilidade de transporte, mas para se adquirir e acompanhar a compra desses novos modelos começou a aparecer problemas. Devido a facilidade de produção em série usando máquinas, produzir alimentos usando máquinas e cada vez mais as pessoas comprando produtos em séries destas máquinas, muitos trabalhadores foram substituídos e sem dinheiro pra comprar esse novos modelos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No caso das pessoas que fabricavam produtos feitos de maneira tradicional, passaram a não conseguir vender o estoque devido as pessoas preferirem comprar os novos produtos como modelos novos e preços mais baratos. Muitas dessas pessoas ficaram com dificuldades de se obter o sustento!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Foram vendidas para essas pessoas facilidade para produzirem, para comprarem e em contrapartida elas ficaram sem ter como ganhar o dinheiro para comprar os novos modelos e ficarem na moda ! Aliás, muitos passaram a não ter como ter a próprio sustento usando modelos cafonas!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Grande parte das pessoas que seguem a moda, tem de trabalhar acentuadamente para ter como comprar os novos lançamentos e isso é uma isa para tornar a pessoas uma escrava do que geralmente não precisa estar comprando sempre novos modelos. Essas pessoas acham a vida difícil por não ter como acompanhar a moda !<br />
<br />
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<b>Textos relacionados:</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>O Capitalismo, as facilidades e a dependência</b></div>
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<a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2019/11/o-capitalismo-as-facilidades-e.html" target="_blank">- A Facilidade se tornou difícil</a></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2019/11/o-capitalismo-as-facilidades-e_19.html" target="_blank"> - Nada para dificultar</a><br />
- <a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2019/11/o-capitalismo-as-facilidades-e_24.html" target="_blank">A chegada da moda</a><br />
- <a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2019/11/o-capitalismo-as-facilidades-e_29.html" target="_blank">Mais facilidades e mais dependência</a><br />
- <a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2019/12/o-capitalismo-as-facilidades-e.html" target="_blank">O controle pela comunicação</a></div>
</div>
</div>
</div>
</div>
Antônio Carloshttp://www.blogger.com/profile/18062868840970819727noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-345509275458714528.post-41668213718673068082020-04-12T06:13:00.002-07:002020-04-12T06:13:41.930-07:00O Capitalismo, as facilidades e a dependência II<h2>
Nada para dificultar</h2>
<br />
<div style="text-align: justify;">
As facilidades oferecidas pelas novas invenções e técnicas de produção não ficaram somente na hora de se comprar aquilo que precisamos, mas também na hora de produzir aquilo que nós vendemos.</div>
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-0cVzBkXcvMY/XdRCfRK2wwI/AAAAAAAALpQ/sUC5CSwEHbkNhCfdJoexFtpbIP3XTYkQQCLcBGAsYHQ/s1600/o-veneno-esta-na-mesa.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="341" data-original-width="560" src="https://1.bp.blogspot.com/-0cVzBkXcvMY/XdRCfRK2wwI/AAAAAAAALpQ/sUC5CSwEHbkNhCfdJoexFtpbIP3XTYkQQCLcBGAsYHQ/s1600/o-veneno-esta-na-mesa.png" /></a><br />
<div>
<div style="text-align: center;">
<a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2011/08/o-veneno-esta-na-mesa.html">Documentário sobre o uso indiscriminado de agrotóxicos.</a></div>
<div style="text-align: center;">
<a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2011/08/o-veneno-esta-na-mesa.html">Dividido em dois vídeos.</a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nos tempos em que a grande maioria da população ainda vivia na Zona Rural, tudo era produzido artesanalmente. As roupas, utensílios domésticos e as ferramentas para o trabalho da agricultura foram substituídos por equipamentos modernos e foi justamente na agricultura onde as máquinas mais substituíram a mão de obra humana. A produção de alimentos e produtos derivados da agricultura tiveram um crescimento excepcional.<br />
<a name='more'></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Essas facilidades para se produzir mais, fez com que cada vez mais se precise menos dos seres humanos. Essa facilidade em aumentar a produção usando máquinas deixou uma legião de pessoas desempregadas que se deslocaram (Êxodo Rural) para as cidades na luta pela sobrevivência.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Com a produção em grande escala na agricultura, devido o uso de máquinas, começou a ocorrer alguns problemas, com a produção de alimentos apareceram as pragas de insetos que fizeram diminuir o ritmo da produção e como a ideia era produzir ao máximo para lucrar ao máximo, foram criados os inseticidas (veneno para insetos).</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O uso indiscriminado dos inseticidas também trouxe o problema destes fazerem mal a população, e tem o inconveniente que a aplicação atinge a todos insetos, pássaros e quando chegam até a água, matam a grande maioria dos peixes.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nem todos os insetos são prejudiciais às plantas e muitas espécies de pássaros se alimentam de insetos. A aplicação de inseticidas mata os pássaros e quando não mata os pássaros, matam os insetos que são alimento dos pássaro, ou seja, os pássaros são eliminados de uma forma ou de outra !</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Muitas espécies de insetos são responsáveis pela polinização das flores (as borboletas e abelhas são alguns), que posteriormente se tornarão frutos, mas os inseticidas mata a todos indiscriminadamente, reduz a polinização e consequentemente afetando a produção de alimentos.</div>
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<a href="https://1.bp.blogspot.com/-acq5CEMSqec/XdREBw_bPTI/AAAAAAAALpk/cNqhzbUf5b0LH28GCfpqqfZ3CUkfUk24wCLcBGAsYHQ/s1600/Lindo-Girassol-Com-uma-Borboleta-Em-Cima-650x330.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="330" data-original-width="500" src="https://1.bp.blogspot.com/-acq5CEMSqec/XdREBw_bPTI/AAAAAAAALpk/cNqhzbUf5b0LH28GCfpqqfZ3CUkfUk24wCLcBGAsYHQ/s1600/Lindo-Girassol-Com-uma-Borboleta-Em-Cima-650x330.jpg" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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</div>
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Umas das espécies de insetos mais interessantes são as lagartas. Eles têm um ciclo de vida completo ao consumirem folhas para depois formarem casulos, dentro desses casulos sofrem uma transformação incrível, elas se tornam borboletas! As borboletas se alimentam das flores e nessa alimentação das flores elas realizam a polinização, essa polinização irá fazer com que as flores se tornem frutos que irão se tornar alimentos das novas lagartas filhas dessas borboletas que polinizam as flores, ou seja, elas criam as condições do ciclo de vida da própria sobrevivência.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div>
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<b>As lagartas são amigas </b></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Lagarta é uma ser que existem em vário tipos e tamanhos, mas as mais interessantes são as que comem hortaliças e frutos. É comum a grande maioria das pessoas “comerem com os olhos”, ou seja, se a aparência do produto agrada aos olhos, serão esses a serem consumidos. Como as lagartas são tidas como seres imundos, os produtos vendidos com lagartas não são comprados ! Porém, tem um problema, as lagartas só se alimentam de produtos se não estiverem envenenados para elas. Por ironia do destino, atualmente a existência de lagarta em uma hortaliça ou em uma fruta indica que a mesma não está envenenada com inseticida !</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
As facilidades na produção em grande volume de alimentos fez grande parte da população ter dificuldades de obter o sustento, destruiu vários ciclos naturais na produção dos alimentos e produzem alimentos de qualidade duvidosa com o uso de inseticidas.</div>
</div>
</div>
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<br /></div>
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<b>Textos relacionados:</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>O Capitalismo, as facilidades e a dependência</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2019/11/o-capitalismo-as-facilidades-e.html" target="_blank">- A Facilidade se tornou difícil</a></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2019/11/o-capitalismo-as-facilidades-e_19.html" target="_blank"> - Nada para dificultar</a><br />
- <a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2019/11/o-capitalismo-as-facilidades-e_24.html" target="_blank">A chegada da moda</a><br />
- <a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2019/11/o-capitalismo-as-facilidades-e_29.html" target="_blank">Mais facilidades e mais dependência</a><br />
- <a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2019/12/o-capitalismo-as-facilidades-e.html" target="_blank">O controle pela comunicação</a></div>
</div>
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</div>
</div>
Antônio Carloshttp://www.blogger.com/profile/18062868840970819727noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-345509275458714528.post-8546682359346833572020-04-12T06:12:00.001-07:002020-04-12T06:12:57.940-07:00O Capitalismo, as facilidades e a dependência I<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="color: black; font-family: "arial"; font-size: 14pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre;">A facilidade se tornou difícil</span></div>
<span id="docs-internal-guid-3d237fa8-7fff-cb51-659c-d73d0baf3a4e" style="font-weight: normal;"><br /></span>
<div style="text-align: justify;">
Na década de 60, do século XX, a grande maioria da população brasileira ainda residia na Zona Rural. Nesta época, quase tudo que uma família precisava era produzido nas próprias fazenda onde residiam. Muitos residentes da Zona Rural chegavam a passar mais de seis meses sem irem visitar a cidades !</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<img src="https://lh5.googleusercontent.com/REFLGBh0On19f7lZ465-f4bicjNTP0TpJ3Ux-i7QGUKS0Sv5W4xOZ5d-HCWxVnD9ORSU9lGkwrLY9J0uWhfXldtsOb_ZJTBWhcsCcoijQedMW8sBdDv6GzTwyv3D6LnQGaNkrWH9" /></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
A alimentação era produzida na fazenda e era muito comum encontrar pessoas trabalhando fazendo fios de algodão para fabrico de tecidos, ou seja, até mesmo a grande maioria das vestimentas eram produzidas na própria Zona rural.</div>
<div style="text-align: justify;">
<a name='more'></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Fica fácil entender que nesta época não existia preocupação por parte dessas pessoas em seguir moda e o trabalho na lavoura era adicionado dos trabalhos domésticos na produção de alimentos e vestimentas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Na década de 80, já eram vendidas roupas fabricadas em série e muitas pessoas já realizavam compra das vestimentas baseados no que se tornou seguir a moda! A roupa já deixou de ser produzida, mesmo as feitas para o trabalho na roça, de maneira artesanal nas grande fazendas. As pessoas compravam alegando facilidades em comprar vestimentas sem ter o trabalho de fazer o fio, tecer as panos (na época se dizia tercer as fazendas) e posteriormente custar as próprias vestimentas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mesmo com o aparecimento e venda de roupas feitas em séries, a alimentação da grande maioria das pessoas eram feitas com produtos plantados nessas fazenda, mas já começaram a aparecer produtos alimentícios em conservas vindos de fábricas distantes e que foram absorvidos alegando-se facilidades de se adquirir os mesmos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O aparecimento de produtos fabricados, na grande maioria em regiões até desconhecidas desses consumidores, atingiu toda área de consumo humano na área alimentícia, vestimentas, calçados e até mesmo os produtos (ferramentas) utilizados para o plantio, substituindo ferramentas que muitas das vezes eram fabricadas por ferreiros da região. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Com o decorrer do tempo, outras facilidades que amenizam o labor do trabalho agrícola foram aparecendo, tais como: o uso de energia elétrica, fornecimento de água tratada, transportes mais eficientes e rápidos, acesso a tratamento de saúde e até mesmo o acesso às escolas foram facilitados. Em decorrência, grande parte da população mudou-se da Zona rural para a Zona Urbana e criaram um vínculo de dependência com as facilidades oferecidas. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A dependência é tão grande, em relação aos produtos e serviços oferecidos, que a suspensão desses serviços seriam um desastre social de proporções gigantescas. Imaginem esse pessoas deixando de ter energia durante seis meses ou os fabricantes de roupas e alimentos suspenderem as vendas por seis meses ou mais, seria o caos estabelecidos para todas essas pessoas devido a grande dependência e sem falar que grande parte das gerações atuais não sabem mais fabricar o tecido da própria roupa que está vestindo, não sabem como semear na agricultura, não sabem como fabricar sequer uma simples faca.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Claro que o aparecimentos desses produtos industrializados e o fornecimentos de serviços para atendimentos das necessidades básicas seriam e são consumidos já que facilitam a vida de todos, mas em decorrência criaram uma dependência tão grande que toda essa população se tornou presa fácil de ser controlada pelas grandes empresas que produzem esses produtos e serviços.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A produção desses produtos desocupou muitos artesãos que ficaram sem ter como ganhar o pão nosso de cada dia. Esses produtos facilitam o trabalho, mas para adquirir tais produtos a pessoas necessita ter algum meio de ganhar dinheiro.A ironia da vida acontece. Como a facilidade de produzir em série e a facilidade que se criou na vida dessas pessoas, se criou um exército de pessoas sem a necessidade dos serviços que elas faziam e elas ficaram sem dinheiro para comprar essas facilidades. Essa contradição, no capitalismo, gerou e está gerando muito desemprego e uma sensação de inutilidade para o cidadão !<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
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<b>Textos relacionados:</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>O Capitalismo, as facilidades e a dependência</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2019/11/o-capitalismo-as-facilidades-e.html" target="_blank">- A Facilidade se tornou difícil</a></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2019/11/o-capitalismo-as-facilidades-e_19.html" target="_blank"> - Nada para dificultar</a><br />
- <a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2019/11/o-capitalismo-as-facilidades-e_24.html" target="_blank">A chegada da moda</a><br />
- <a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2019/11/o-capitalismo-as-facilidades-e_29.html" target="_blank">Mais facilidades e mais dependência</a><br />
- <a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2019/12/o-capitalismo-as-facilidades-e.html" target="_blank">O controle pela comunicação</a></div>
</div>
</div>
Antônio Carloshttp://www.blogger.com/profile/18062868840970819727noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-345509275458714528.post-68925751387491232642020-02-03T13:11:00.001-08:002020-02-03T13:11:36.804-08:00 VAI PRA CUBA IX<h3>
Os salários em Cuba</h3>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nessa campanha de tentativa de desmoralizar o comunismo, mais especificamente Cuba (China ninguém fala), o que mais se faz é selecionar o que se deseja o que você saiba e esconde o que querem o que você não saiba.Muito comum na nossa imprensa e é repetida e copiada pelo teleguiados que não analisam nada do que é divulgado e saem repetindo o que decoraram.</div>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img height="299" src="https://lh4.googleusercontent.com/uLPt_LnFCBhTNV08dNG0Pm-UyPmNvjJ9s1legFT6JnEEn2r1uYaQhAggmaDx9_9GK57kXywyXZuzB3_whx5FuFwcYVTpsBlw8_oFD2-oMVW6vaW7_-DbDiqMHqHBOCaz7dpdKA7r" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="400" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="font-size: 12.8px;"><span style="font-size: small; text-align: start;">Cuba é um grande centro turístico, apesar de sofrer o bloqueio comercial dos EUA</span></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Uma das coisa que mais se tenta mostrar é que Cuba é um país pobre em comparação ao Brasil e que lá as pessoas passam fome como se aqui no Brasil não existisse o problema da fome e que isso torna mais vergonhoso a situação do Brasil por ser um país muito mais rico. O mais impressionante é que comparam a nosso modo de vida como o de Cuba sem levar em conta o Regime Político e incrivelmente escondem o fato da existência do Bloqueio Comercial que os Estados Unidos impôs ao regime cubano. Como seria a vida no Brasil se os Estados Unidos fizessem um bloqueio comercial igual ao existente contra Cuba?</div>
<div style="text-align: justify;">
<a name='more'></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Ultimamente se tornou comum se comparar os salários em Cuba diretamente com os salários no Brasil e sem levar em contas as diferenças e problemas políticos enfrentados por Cuba. O problema é que os médicos cubanos recebem salários baixos devido aos diversos benefícios que recebem gratuitamente e nesses benefícios os mais importantes são: </div>
<ol>
<li style="text-align: justify;">estudaram e os filhos estudam em uma Rede Pública de Ensino entre as três melhores do mundo, quanto custa um escola na melhor qualidade de ensino no Brasil. Lembrar que a rede pública de ensino no Brasil é uma das piores do mundo e nem mesmo as escolas ditas particulares são tão boas quanto as escolas públicas de Cuba. Basta lembrar que não existe analfabetismo em Cuba e já no Brasil ...</li>
<li style="text-align: justify;">as pessoas em Cuba não pagam moradia, não são moradias de luxo, mas todos têm onde morar, não existem moradores de rua e tem de se levar em consideração o valor dos aluguéis no Brasil;</li>
<li style="text-align: justify;">quanto custa um curso de medicina no Brasil. Será que aquelas pessoas pobres de Cuba conseguiriam estudar medicina no Brasil?</li>
<li style="text-align: justify;">tem atendimento médico gratuito. Chamar a atenção que em Cuba a medicina é preventiva e não curativa. Para prevenir a saúde das pessoas os médicos fazem visitas aos pacientes a cada seis meses e caso constate algum problema, as visitas se tornam mais constante ou o paciente é encaminhado para atendimento hospitalar. Quanto custaria um plano de saúde que cubra despesas totais de você e sua família e ainda cobrasse a visita de um médico a cada seis meses em sua casa?</li>
</ol>
<div style="text-align: justify;">
Você até pode achar que não é importante levar em conta os ganhos que se recebe e não são salários, mas pergunte aos professores que ensinam em escola particular e que apesar, em sua grande maioria, os salários são bem menores que o das escolas da Rede Pública eles não abandonam o emprego? É fácil de responder: é porque os professores podem colocar os filhos para estudarem nessas escolar de graça e se ele tiver mais de um filho é bem provável que o valor das mensalidade dos filhos seja maior que o valor do salário pago a ele como professor.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Pelos exposto acima, já é possível notar que não é tão fácil comparar os salários dos cubanos com os salários dos brasileiros e nem mesmo calcular com exatidão as vantagens de ser professor em uma escola particular e escola pública aqui no Brasil. Vai depender, em ambos os casos, das vantagens que nem sempre vem em forma de salário (dinheiro).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sempre fazem essas comparações, malfeitas, para tentarem denegrir a imagem do país comunista e para isso sempre fazem comparações, na grande maioria das vezes, com as condições nos EUA que mostra que as injustiças sociais ainda são maiores nos EUA, apesar de ser o país mais rico do mundo. O ideal seria comparar Cuba, que é uma ilha, com outra ilha mais ou menos do mesmo tamanho, só que essa outra ilha seria capitalista, como é o caso do Haiti.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Observação:</b> o fato de um país pobre igual a Cuba ter um atendimento médico melhor que o nosso, não ter analfabetos e nem moradores de rua, torna ainda mais vergonhoso o nosso sistema político econômico que consegue fabricar milhões de analfabetos, temos milhares de moradores de rua e temos milhares de pessoas com necessidades alimentares. Isso ocorre apesar do Brasil ser um país muito mais rico que o Estado Cubano !</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<b>Textos relacionados:</b><br />
<a href="http://www.carlosgeografia.com.br/2015/10/cuba-e-o-imperialismo-brasileiro.html" target="_blank">CUBA E O IMPERIALISMO BRASILEIRO.</a><br />
<a href="http://www.carlosgeografia.com.br/2017/07/vai-pra-cuba.html" target="_blank">VAI PRA CUBA I</a> - Marcando gol,contra !<br />
<a href="http://www.carlosgeografia.com.br/2018/08/vai-pra-cuba-ii.html" target="_blank">VAI PRA CUBA II</a> - Os moradores de rua<br />
<a href="http://www.carlosgeografia.com.br/2018/08/vai-pra-cuba-iii.html" target="_blank">VAI PRA CUBA III</a> - A velha Cuba e o novo Brasil<br />
<a href="http://www.carlosgeografia.com.br/2018/08/vai-pra-cuba-iv.html" target="_blank">VAI PRA CUBA IV</a> - Os militares eram estatizantes<br />
<a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2019/09/vai-pra-cuba-v.html" target="_blank">VAI PRA CUBA V</a> - Quem deu certo?<br />
<a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2019/10/vai-pra-cuba-vi.html" target="_blank">VAI PRA CUBA VI</a> - São de formação cristã !<br />
<a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2019/10/vai-e-cuba-vii.html" target="_blank">VAI PRA CUBA VII -</a> Não tem celular e carro novo !<br />
<a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2019/10/vai-pra-cuba-viii.html" target="_blank">VAI PRA CUBA VIII</a> - Não tem liberdade de imprensa<br />
<a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2019/12/vai-pra-cuba-ix.html" target="_blank">VAI PRA CUBA IX</a> - Os salários em Cuba</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-left: 246.75pt; margin-top: 0pt;">
<span style="color: black; font-family: "arial"; font-size: 11pt; font-style: italic; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Antônio Carlos Vieira</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-left: 246.75pt; margin-top: 0pt;">
<span style="color: black; font-family: "arial"; font-size: 11pt; font-style: italic; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Licenciatura Plena - Geografia (UFS)</span></div>
</div>
</div>
Antônio Carloshttp://www.blogger.com/profile/18062868840970819727noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-345509275458714528.post-24671707156568947172020-01-27T15:25:00.002-08:002020-01-27T15:25:34.591-08:00VAI PRA CUBA VIII<h3>
Não tem liberdade de imprensa</h3>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Uma das coisa que mais se ouve na nossa imprensa nacional, é que Cuba é uma ditadura e lá não existe liberdade de imprensa e que o governo proibiu a entrada e saída de jornalistas no país.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nesse caso temos dois aspectos a ser levado em conta. Um é que no sistema eleitoral cubano, o presidente é eleito indiretamente por representantes do povo, ou seja, a eleição do presidente é indireta, mas os jornalistas e governo estrangeiro que mais divulgam que Cuba é uma ditadura é justamente os EUA e estranhamente o presidente americano também é eleito em uma Eleição Indireta tendo como votantes representantes do povo e o maior exemplo é o atual presidente Donald Trump, que perdeu as eleições no voto popular e foi eleito presidente pelo voto dos delegados (representantes do povo).</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-h2O6BLLsCeI/XZ-FtBvj69I/AAAAAAAALc0/qprvDWm9EUkgnZfmL2NJNuyZw1n7ve94QCLcBGAsYHQ/s1600/images%2B%25282%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="336" data-original-width="600" height="224" src="https://1.bp.blogspot.com/-h2O6BLLsCeI/XZ-FtBvj69I/AAAAAAAALc0/qprvDWm9EUkgnZfmL2NJNuyZw1n7ve94QCLcBGAsYHQ/s400/images%2B%25282%2529.jpg" width="400" /></a></div>
<a name='more'></a><br />
<div style="text-align: justify;">
Os jornalistas são perseguidos, mas ninguém explica os jornalistas cubanos dissidentes entrando e saindo do país todo o tempo. Um grande exemplo e a blogueira Yoani Sanchez, que entrava e saia o tempo todo do território cubano e postava textos no seu blog todos os dias de dento de um hotel em Manágua. Alguém tem de explicar como um regime opressor deixava um blogueira publicar textos na internet, de maneira pública sem ser incomodada pelo que dizem ser um regime opressor? </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Pouco tempo depois se descobre que a Blogueira é mantida financeiramente por ONGs americanas. Para saber mais sobre a Yoani Sanchez é só assitir uma entrevista dela neste endereço : <a href="https://www.youtube.com/watch?v=JzoWiyY-Or8">https://www.youtube.com/watch?v=JzoWiyY-Or8</a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ironicamente, nossa imprensa não olha para o próprio umbigo. Basta uma pequena pesquisa nos telejornais locais e se percebe que nossos jornalistas não prezam pela democracia. Quantas denúncias feitas nesses telejornais o acusado tem direito de resposta. Para uma imprensa que fica acusando outros países de não terem liberdade de imprensa, o Brasil é um péssimo exemplo nos meios de comunicação. Basta uma pesquisa e se descobre que a única vez que a Rede Globo teve de dar direito de resposta a um dos denunciados (Leonel Brizola), o denunciado ganhou direito de resposta na justiça e mesmo assim muito tempo depois do fato ocorrido.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<b>Textos relacionados:</b><br />
<a href="http://www.carlosgeografia.com.br/2015/10/cuba-e-o-imperialismo-brasileiro.html" target="_blank">CUBA E O IMPERIALISMO BRASILEIRO.</a><br />
<a href="http://www.carlosgeografia.com.br/2017/07/vai-pra-cuba.html" target="_blank">VAI PRA CUBA I</a> - Marcando gol,contra !<br />
<a href="http://www.carlosgeografia.com.br/2018/08/vai-pra-cuba-ii.html" target="_blank">VAI PRA CUBA II</a> - Os moradores de rua<br />
<a href="http://www.carlosgeografia.com.br/2018/08/vai-pra-cuba-iii.html" target="_blank">VAI PRA CUBA III</a> - A velha Cuba e o novo Brasil<br />
<a href="http://www.carlosgeografia.com.br/2018/08/vai-pra-cuba-iv.html" target="_blank">VAI PRA CUBA IV</a> - Os militares eram estatizantes<br />
<a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2019/09/vai-pra-cuba-v.html" target="_blank">VAI PRA CUBA V</a> - Quem deu certo?<br />
<a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2019/10/vai-pra-cuba-vi.html" target="_blank">VAI PRA CUBA VI</a> - São de formação cristã !<br />
<a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2019/10/vai-e-cuba-vii.html" target="_blank">VAI PRA CUBA VII -</a> Não tem celular e carro novo !<br />
<a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2019/10/vai-pra-cuba-viii.html" target="_blank">VAI PRA CUBA VIII</a> - Não tem liberdade de imprensa<br />
<a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2019/12/vai-pra-cuba-ix.html" target="_blank">VAI PRA CUBA IX</a> - Os salários em Cuba</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-left: 246.75pt; margin-top: 0pt;">
<span style="color: black; font-family: "arial"; font-size: 11pt; font-style: italic; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Antônio Carlos Vieira</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-left: 246.75pt; margin-top: 0pt;">
<span style="color: black; font-family: "arial"; font-size: 11pt; font-style: italic; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Licenciatura Plena - Geografia (UFS)</span></div>
</div>
</div>
</div>
Antônio Carloshttp://www.blogger.com/profile/18062868840970819727noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-345509275458714528.post-48718022463724423982020-01-25T08:34:00.002-08:002020-01-25T08:34:32.014-08:00VAI PRA CUBA VII<h3>
Não tem celular e carro novo !</h3>
<div>
<br /></div>
<div>
Uma das coisas que mais chama a atenção no pobre país cubano é a qualidade da Educação e Saúde Pública. Segundo relatórios da ONU, em Cuba não existe analfabetismo, moradores de rua e todos são atendidos pelo sistema de Saúde Pública.</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img height="209" src="https://lh6.googleusercontent.com/Ed1ceCWm3qJe0M9DBBRC071ntHFK_iXnvUlSpIKuep1mUHm6bMwG-nEDLSg8Lr2pZuls0qa41QoVFCrozq3TsXkc67QBNGTjV6g2mcPUYuP6hqu_x8_oShB0aAX6TuEtNuKLUD43" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="400" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="font-size: 12.8px;"><span style="font-family: "calibri" , sans-serif; white-space: pre-wrap;"><span style="font-size: x-small;">Moradores de rua na Cidade de São Paulo, no Brasil.</span></span></td></tr>
</tbody></table>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
Na área médica é um dos países que mais formam médicos no mundo e que atuam em mais de 60 países. Embora os médicos cubanos foram praticamente expulsos do Brasil, (apesar de ser um país muito mais rico que Cuba), é um país que tem falta de médicos para atender toda a população. Existem regiões, no território brasileiro, que nem médicos existem !</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<a name='more'></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Para os críticos, do comunismo cubano, pouco importa essas qualidades, por que quando se comenta e argumenta essas informações, aparecem sempre alguns dizendo que Cuba é tão bom que não tem carro novo. Tem outros que usa o argumento que em Cuba as pessoas não têm telefone celular e acesso a internet! Pelas argumentações se percebe que essas pessoas é quem precisaria ir para Cuba para serem reeducados para aprenderem e saberem quais as coisas mais importantes para um país se desenvolver e os habitantes terem um melhor padrão de vida. Mas para os críticos do regime cubano isso pouco importa.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Muitas dessas pessoas ficam até constrangidas quando pergunto se ter carro e poder comprar celular é sinônimo de desenvolvimento e como explicar tantos pedintes e moradores de ruas na grande maioria de nossas cidades. Tem alguns que sequer possuem carros ou mesmo um celular que poderíamos chamar de moderno.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Isso acontece devido os nosso meios de comunicação só mostrarem as coisas ruins de Cuba e para piorar, mostram como se tudo aqui em nosso país funcionassem bem escondendo a miséria reinante.</div>
<div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
O caso mais constrangedor em relação a informações incorretas e mantidas como verdadeiras por jornalistas ocorreu em uma entrevista, no programa Roda Viva, com o Escritor Cubano Leonardo Padura e uma jornalista da Revista Veja, onde ela afirma que visitou Cuba e afirmou categoricamente que a população cubana passa fome e o escritor jornalista responde: <i>veja, uma das coisas que eu trato de evitar sempre, quando me perguntam sobre as realidades de um país que eu visito, é dar minha opinião. Por que uma realidade só pode ser conhecida se alguém participa dela, vive nela. Em Cuba, é verdade há pobreza, não posso negar. Mas não acho que em Cuba alguém morra de fome. Em Cuba, ninguém morre de fome. De alguma forma ou de outra as pessoas comem e têm um teto. Há mais gente na rua em uma quadra daqui de São Paulo de que em toda Cuba.</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div dir="ltr" style="margin-left: 0pt;">
<center>
<table style="border-collapse: collapse; border: none; text-align: center;"><colgroup><col width="175"></col><col width="191"></col></colgroup><tbody>
<tr style="height: 0pt;"><td style="overflow-wrap: break-word; overflow: hidden; padding: 5pt; vertical-align: top;"><div dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre;"><span style="border: none; display: inline-block; height: 145px; overflow: hidden; width: 158px;"><img height="145" src="https://lh5.googleusercontent.com/FKHW3pJNLPV4PWqjHuxpfXof5JNeok_KAhBfrUFnhULJa_HLsmjFrvwTk7hLsOX5I_b1uUyIWOHHhN5F7TgD9jGzG8AbkgVY-RMxX36ROS7mUtoHYGto_7UpNElBfuPfC77FIA2U" style="margin-left: 0px; margin-top: 0px;" width="158" /></span></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 10pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre;">Escritor e jornalista Leonardo Padura</span></div>
</td><td style="overflow-wrap: break-word; overflow: hidden; padding: 5pt; vertical-align: top;"><div dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre;"><span style="border: none; display: inline-block; height: 145px; overflow: hidden; width: 179px;"><img height="145" src="https://lh6.googleusercontent.com/OamrWx5L2HpsHIlAFvcSq9RpAOtWqfrdH3rZ0e9um2EoWA7gaoZhKMNV6B6NHCsZU3ByBVE8Re0spu7rWD-4xhRa4CsXe5KAH_fbBUsQ6RFOBIR432f9MxPVL_pruBrWOQp3feSN" style="margin-left: 0px; margin-top: 0px;" width="179" /></span></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 10pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre;">Nathalia jornalista de Revista Veja</span></div>
</td></tr>
</tbody></table>
</center>
</div>
<span id="docs-internal-guid-29c98fd8-7fff-3507-deeb-4b64b35342c4" style="font-weight: normal;"><br /></span>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre;">Endereço do vídeo da entrevista na Roda Viva:</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<a href="https://www.youtube.com/watch?v=InSnxIIUjHE" style="text-decoration-line: none;"><span style="color: #1155cc; font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; text-decoration-line: underline; vertical-align: baseline; white-space: pre;">https://www.youtube.com/watch?v=InSnxIIUjHE</span></a></div>
<br /></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
</div>
<br />
<div style="-webkit-text-stroke-width: 0px; color: black; font-family: "Times New Roman"; font-size: medium; font-style: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: justify; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<div style="margin: 0px;">
<b>Textos relacionados:</b></div>
<div style="margin: 0px;">
<a href="http://www.carlosgeografia.com.br/2015/10/cuba-e-o-imperialismo-brasileiro.html" target="_blank">CUBA E O IMPERIALISMO BRASILEIRO.</a></div>
<div style="margin: 0px;">
<a href="http://www.carlosgeografia.com.br/2017/07/vai-pra-cuba.html" target="_blank">VAI PRA CUBA I</a> - Marcando gol,contra !</div>
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<a href="http://www.carlosgeografia.com.br/2018/08/vai-pra-cuba-ii.html" target="_blank">VAI PRA CUBA II</a> - Os moradores de rua</div>
<div style="margin: 0px;">
<a href="http://www.carlosgeografia.com.br/2018/08/vai-pra-cuba-iii.html" target="_blank">VAI PRA CUBA III</a> - A velha Cuba e o novo Brasil</div>
<div style="margin: 0px;">
<a href="http://www.carlosgeografia.com.br/2018/08/vai-pra-cuba-iv.html" target="_blank">VAI PRA CUBA IV</a> - Os militares eram estatizantes</div>
<div style="margin: 0px;">
<a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2019/09/vai-pra-cuba-v.html" target="_blank">VAI PRA CUBA V</a> - Quem deu certo?</div>
<div style="margin: 0px;">
<a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2019/10/vai-pra-cuba-vi.html" target="_blank">VAI PRA CUBA VI</a> - São de formação cristã !</div>
<div style="margin: 0px;">
<a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2019/10/vai-e-cuba-vii.html" target="_blank">VAI PRA CUBA VII -</a> Não tem celular e carro novo !</div>
<div style="margin: 0px;">
<a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2019/10/vai-pra-cuba-viii.html" target="_blank">VAI PRA CUBA VIII</a> - Não tem liberdade de imprensa</div>
<div style="margin: 0px;">
<a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2019/12/vai-pra-cuba-ix.html" target="_blank">VAI PRA CUBA IX</a> - Os salários em Cuba</div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="margin: 0px;">
<br /></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-left: 246.75pt; margin-top: 0pt;">
<div style="margin: 0px;">
<span style="color: black; font-family: "arial"; font-size: 11pt; font-style: italic; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Antônio Carlos Vieira</span></div>
</div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-left: 246.75pt; margin-top: 0pt;">
<div style="margin: 0px;">
<span style="color: black; font-family: "arial"; font-size: 11pt; font-style: italic; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Licenciatura Plena - Geografia (UFS)</span></div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
Antônio Carloshttp://www.blogger.com/profile/18062868840970819727noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-345509275458714528.post-52730247682834470772020-01-22T02:09:00.000-08:002020-01-22T02:09:10.478-08:00VAI PRA CUBA VI<h3 style="text-align: center;">
São de formação cristã !</h3>
<br />
<div style="text-align: center;">
<img src="https://lh5.googleusercontent.com/vhnWZKlQ3oKITLpvtGqkaLGrhYbo67JKS6HASCu5e78gzkkqQdf8jAKpD9fr5C-wdNdlwbpf6zzWQswgt1UwZ-smgGSJo19zYaT1CSfNQvu-TQciycBmuh_JR-sVjxLnOyAIOe7u" /></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
É muito comum em rodas de discussão, quando alguém defende algum programa de distribuição de renda ser mandado ir para Cuba e o mais incrível é que a grande maioria que costuma ser contra esses programas, e mandar as pessoas ir para Cura, é que elas são em grande maioria Cristãs !</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Uma tradição entre os cristãos é fazer caridade e fico imaginando alguém que se sente confortável dando algo como forma de caridade e é contra miseráveis receberem o Bolsa família ! Onde está os espírito cristão ?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<a name='more'></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Incrível mesmo é os argumentos utilizando contra os Direitos Humanos ! Claro que se percebe que essas pessoas estão sendo manipuladas pelos meios de comunicação para pensarem usando somente o senso comum e como as pessoas que controlam as informações, nos meios de comunicação, filtram e somente e informam aquilo que interessa aos donos dos meios de comunicação, as pessoas formam juízo de maneira errada, mas as contradições são tantas que em muitas ocasiões passam por ridículos .</div>
<div style="text-align: justify;">
É fato que muitas pessoas defendem coisas que estão na bíblia sem a devida interpretação e são justamente esses cristão que esquecem o que está escrito na bíblia e ficam falando que são coisas de comunistas quando se fala em distribuição de renda, diminuir a fome, ajudar o próximo e em alguns casos defendem até mesmo a morte dos semelhantes. O exemplo maior é apoiarem a pena de morte !</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A coisa ficou tão esquisita em nosso país que até mesmo o papa foi e é chamado de comunista, mas para ser chamado de comunista no Brasil, não precisa sequer defender direitos humanos, projetos de distribuição de renda, projetos sociais e somente basta não concordar com o que o atual governo está fazendo. Isso é mais que suficiente para ser chamado de comunista, ou seja, não sabem o que é um comunista!<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<b>Textos relacionados:</b><br />
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<a href="http://www.carlosgeografia.com.br/2017/07/vai-pra-cuba.html" target="_blank">VAI PRA CUBA I</a> - Marcando gol,contra !<br />
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<a href="http://www.carlosgeografia.com.br/2018/08/vai-pra-cuba-iii.html" target="_blank">VAI PRA CUBA III</a> - A velha Cuba e o novo Brasil<br />
<a href="http://www.carlosgeografia.com.br/2018/08/vai-pra-cuba-iv.html" target="_blank">VAI PRA CUBA IV</a> - Os militares eram estatizantes<br />
<a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2019/09/vai-pra-cuba-v.html" target="_blank">VAI PRA CUBA V</a> - Quem deu certo?<br />
<a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2019/10/vai-pra-cuba-vi.html" target="_blank">VAI PRA CUBA VI</a> - São de formação cristã !<br />
<a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2019/10/vai-e-cuba-vii.html" target="_blank">VAI PRA CUBA VII -</a> Não tem celular e carro novo !<br />
<a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2019/10/vai-pra-cuba-viii.html" target="_blank">VAI PRA CUBA VIII</a> - Não tem liberdade de imprensa<br />
<a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2019/12/vai-pra-cuba-ix.html" target="_blank">VAI PRA CUBA IX</a> - Os salários em Cuba</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-left: 246.75pt; margin-top: 0pt;">
<span style="color: black; font-family: "arial"; font-size: 11pt; font-style: italic; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Antônio Carlos Vieira</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-left: 246.75pt; margin-top: 0pt;">
<span style="color: black; font-family: "arial"; font-size: 11pt; font-style: italic; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Licenciatura Plena - Geografia (UFS)</span></div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
<br />Antônio Carloshttp://www.blogger.com/profile/18062868840970819727noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-345509275458714528.post-54328045588549075752020-01-15T04:52:00.002-08:002020-01-15T04:52:35.066-08:00VAI PRA CUBA V<div style="text-align: justify;">
<h3 style="text-align: center;">
<b>Quem deu certo?</b></h3>
<br />
Quanto mais os meios de comunicação se modernizam mais as pessoas ficam desinformadas e deveria ocorrer justamente o contrário. Quando modernizaram as tecnologias da comunicação ficaram imaginando que as pessoas ficariam melhor informada devido à facilidade produzidas por acesso às informações em velocidade e quantidade. Esqueceram que o mesmo meio de comunicação que facilite informar melhor o cidadão, pode ser usado para desenformar!</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-8_5AivAZfEY/XY9NCX2kvqI/AAAAAAAALXc/be4ydVUECt4v8D1Dxv8Jh8gFzGb1Dl6ggCLcBGAsYHQ/s1600/embargo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="361" data-original-width="540" src="https://1.bp.blogspot.com/-8_5AivAZfEY/XY9NCX2kvqI/AAAAAAAALXc/be4ydVUECt4v8D1Dxv8Jh8gFzGb1Dl6ggCLcBGAsYHQ/s1600/embargo.jpg" /></a></div>
<a name='more'></a><br />
<div style="text-align: justify;">
Sempre que estou em alguma discussão sobre os rumos que a política econômica do Brasil vai tomando e é comum os defensores do governo mandar a pessoa, que se está achando ruim, ir pra Cuba e agora recentemente manda a pessoa ir para a Venezuela! Alegam que o sistema político e econômico destes países são tão ruins que as pessoas estão fugindo, mas se solicitar alguma explicação por qual motivos essas pessoas estão fugindo desses países não sabem explicar por que!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
No caso de Cuba as pessoas costumam fugir do país procurando melhores condições de vida indo para os EUA e no caso da Venezuela eles estão fugindo e se refugiando no território brasileiro. Por ironia do destino, tem muita gente indo embora do Brasil para outros países devido as pioras na política e economia e os dois países (destinos) mais procurados são Portugal e Itália.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
S<a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2019/08/carta-aberta-um-amigo-odiador-de-cuba.html">e forem perguntado se sabem como era Cuba antes de se tornar comunista e quais as condições de vida dos cubanos que vivem atualmente nos EUA eles ficam mais perdidos ainda!</a> Isso ocorre porque os meios de comunicação só informam que as pessoas estão fugindo desses países, mas normalmente nunca informam os motivos, para onde estão indo e como passam a viver nos locais de destinos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Os responsáveis por essa falta de conhecimento e tomada de decisões por parte da população são esses meios de comunicação que ironicamente são controlados todos eles por capitalistas e recentemente pelos chamados neoliberais! </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Para essas pessoas o comunismo não deu certo e Cuba é um exemplo e mostram os EUA como exemplo do que eles dizem ter dado certo. Isso ocorre por que os meios de comunicação nunca informam que os EUA e China estão disputando o controle do comércio mundial e a China é comunista!. Essas pessoas sempre se esquecem que existem dezenas de países capitalistas em estado de absoluta miséria bem maiores que o país comunista Cuba, o maior exemplo é o Haiti. Se formos classificar os países capitalistas em estado de miséria na África a coisa é bem pior !</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Usam a justificativa que pessoas estão fugindo da Venezuela, de Cuba e omitem o que está ocorrendo na fronteira dos EUA com o México. <a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2019/09/numero-de-migrantes-mortos-na-fronteira.html">Milhares de pessoas estão tentando entrar nos EUA (ilegalmente) para tentar ganhar a vida e essas pessoas são fugitivas de vários países capitalistas, entre eles: México, Honduras, Guatemala, Brasil , etc</a>. Eles chamam essas pessoas de imigrantes, mas elas estão imigrando para os EUA, são capitalistas fugindo de outros países capitalistas e estranhamente o país que alegam que deu certo (o maior exemplo de país capitalista) não aceita essas pessoas entrarem para ir trabalhar a ajudar a fortalecer ainda mais o país capitalista ! Por que será?.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No caso específico da Venezuela, a coisa é bem mais grave, porque existe um armistício não declarado com os EUA e tanto é que existe um bloqueio comercial (impedem a venda de alimentos e remédios) imposto pelo EUA e aliados contra a própria Venezuela (existem sanções contra Cuba), mas essas pessoas sempre omite ou dizem que isso não quer dizer nada !. Praticamente a Venezuela está em guerra civil e os opositores do governo são apoiados (e armados) pelos EUA. Em decorrência de uma ameaça de invasão americana, o governo venezuelano foi buscar ajuda junto aos russos e chineses. Claro que por trás disso tudo estão interesses econômicos em virtude da Venezuela ter as maiores jazidas de petróleo do planeta. Já faz mais de dois anos que opositores e apoiadores do governo trocam tiros nas ruas das cidades venezuelanas e é comum as pessoas , que não estão envolvidas, fugirem de zonas em guerra e em zonas de guerra a desgraça e a miséria são padrões, afinal de contas guerra é sinônimo de destruição.<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<b>Textos relacionados:</b><br />
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<a href="http://www.carlosgeografia.com.br/2017/07/vai-pra-cuba.html" target="_blank">VAI PRA CUBA I</a> - Marcando gol,contra !<br />
<a href="http://www.carlosgeografia.com.br/2018/08/vai-pra-cuba-ii.html" target="_blank">VAI PRA CUBA II</a> - Os moradores de rua<br />
<a href="http://www.carlosgeografia.com.br/2018/08/vai-pra-cuba-iii.html" target="_blank">VAI PRA CUBA III</a> - A velha Cuba e o novo Brasil<br />
<a href="http://www.carlosgeografia.com.br/2018/08/vai-pra-cuba-iv.html" target="_blank">VAI PRA CUBA IV</a> - Os militares eram estatizantes<br />
<a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2019/09/vai-pra-cuba-v.html" target="_blank">VAI PRA CUBA V</a> - Quem deu certo?<br />
<a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2019/10/vai-pra-cuba-vi.html" target="_blank">VAI PRA CUBA VI</a> - São de formação cristã !<br />
<a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2019/10/vai-e-cuba-vii.html" target="_blank">VAI PRA CUBA VII -</a> Não tem celular e carro novo !<br />
<a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2019/10/vai-pra-cuba-viii.html" target="_blank">VAI PRA CUBA VIII</a> - Não tem liberdade de imprensa<br />
<a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2019/12/vai-pra-cuba-ix.html" target="_blank">VAI PRA CUBA IX</a> - Os salários em Cuba</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-left: 246.75pt; margin-top: 0pt;">
<span style="color: black; font-family: "arial"; font-size: 11pt; font-style: italic; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Antônio Carlos Vieira</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-left: 246.75pt; margin-top: 0pt;">
<span style="color: black; font-family: "arial"; font-size: 11pt; font-style: italic; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Licenciatura Plena - Geografia (UFS)</span></div>
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Antônio Carloshttp://www.blogger.com/profile/18062868840970819727noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-345509275458714528.post-62187770617334344212020-01-12T08:58:00.001-08:002020-01-12T08:58:51.769-08:00VAI PRA CUBA IV<br />
<div style="text-align: justify;">
<h3 style="text-align: center;">
<b>Os militares eram estatizantes</b></h3>
Sempre que defendo que nossas grandes empresas não deveriam serem privatizadas, sempre aparecem pessoas solicitando intervenção militar dizendo que tudo tem de ser privatizado!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://lh5.googleusercontent.com/gjP0cc2ccAzNX-3oDIrZqUJAQq8rrgUVr4UIZMg8EFcdNMc1ntPVfsq2V6-a4hQ_MnWUTpcCOwAkWuRMT_zCyH12bTQ8o3_mbst4KSlbadssH1adxdzINv3y11FNIH3mbRqhaS6x" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="232" src="https://lh5.googleusercontent.com/gjP0cc2ccAzNX-3oDIrZqUJAQq8rrgUVr4UIZMg8EFcdNMc1ntPVfsq2V6-a4hQ_MnWUTpcCOwAkWuRMT_zCyH12bTQ8o3_mbst4KSlbadssH1adxdzINv3y11FNIH3mbRqhaS6x" width="320" /></a>Durante a Intervenção Militar no Brasil, todas as obras e empresas que eles criaram eram estatais, que por estranho que pareça são controladas pelo Estado! Lembrar que em regimes comunistas as empresas são todas controlado pelo Estado. Essas coincidências tem razão de ser, por que na realidade todos os países administrados por militares costumam abrir empresas controladas pelo EStado, que é a maneira dos militares terem o controle sobre as empresas e isso ocorre em qualquer regime militar independente de ser comunistas ou não. Temos vários exemplo de países ditos comunistas e não comunistas, tais como: Saddam no Iraque, Getúlio Vargas e Médici no Brasil, Kadaffi na Líbia, HIttler na Alemanha, etc. Em todos esses países onde os militares eram os controladores do Estado, todas as empresas foram criadas por eles, eram estatais!</div>
<div style="text-align: justify;">
<a name='more'></a><br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Como estamos tratando do assunto mais especificamente do caso brasileiro, podemos dar exemplo de várias empresas estatais criadas por eles: Petrobras, Eletrobras, Vale do Rio Doce, Usina de Itaipu, Transamazônica (um grande desperdício), construções de rodovias, (exemplo da BR235 e BR101), etc. O mais estranho que os militares que sempre criam estatais são caçadores de comunistas que estranhamente tem em comum sempre criarem empresas estatais!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No caso brasileiro, logo depois da ditaduras militares ocorreram campanhas para privatizações: depois da ditadura de Getúlio Vargas e depois do Regime militar imposto pelo Golpe de 64.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O que mais chama a atenção é que esse pessoal que fica pedindo intervenção militar, tem a contradição de afirmarem que tudo privatizado é melhor! Mas no caso brasileiro, as empresas são criadas estatais, na maioria por militares , depois aparece essas campanhas de privatizações e fico me perguntando: se privativo é melhor, porque essas empresas estrangeira não constroem elas mesmo e investem na construção dessas grande empresas?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Todas grandes empresas brasileiras foram construídas por militares e não lembro de nenhum caso de alguma empresas ou banco estrangeiro chegar aqui no Brasil e construir empresas de grande porte da fase inicial até a fase final! Parece que o bom é estimular que o Estado Brasileiro construam essas grandes empresas nacionais estatais e para depois essas empresas multinacionais e bancos estrangeiros comprarem com preços abaixo do custo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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<b>Textos relacionados:</b><br />
<a href="http://www.carlosgeografia.com.br/2015/10/cuba-e-o-imperialismo-brasileiro.html" target="_blank">CUBA E O IMPERIALISMO BRASILEIRO.</a><br />
<a href="http://www.carlosgeografia.com.br/2017/07/vai-pra-cuba.html" target="_blank">VAI PRA CUBA I</a> - Marcando gol,contra !<br />
<a href="http://www.carlosgeografia.com.br/2018/08/vai-pra-cuba-ii.html" target="_blank">VAI PRA CUBA II</a> - Os moradores de rua<br />
<a href="http://www.carlosgeografia.com.br/2018/08/vai-pra-cuba-iii.html" target="_blank">VAI PRA CUBA III</a> - A velha Cuba e o novo Brasil<br />
<a href="http://www.carlosgeografia.com.br/2018/08/vai-pra-cuba-iv.html" target="_blank">VAI PRA CUBA IV</a> - Os militares eram estatizantes<br />
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<a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2019/10/vai-pra-cuba-vi.html" target="_blank">VAI PRA CUBA VI</a> - São de formação cristã !<br />
<a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2019/10/vai-e-cuba-vii.html" target="_blank">VAI PRA CUBA VII -</a> Não tem celular e carro novo !<br />
<a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2019/10/vai-pra-cuba-viii.html" target="_blank">VAI PRA CUBA VIII</a> - Não tem liberdade de imprensa<br />
<a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2019/12/vai-pra-cuba-ix.html" target="_blank">VAI PRA CUBA IX</a> - Os salários em Cuba</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-left: 246.75pt; margin-top: 0pt;">
<span style="color: black; font-family: "arial"; font-size: 11pt; font-style: italic; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Antônio Carlos Vieira</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-left: 246.75pt; margin-top: 0pt;">
<span style="color: black; font-family: "arial"; font-size: 11pt; font-style: italic; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Licenciatura Plena - Geografia (UFS)</span></div>
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Antônio Carloshttp://www.blogger.com/profile/18062868840970819727noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-345509275458714528.post-18260640507509871702020-01-06T15:32:00.002-08:002020-01-06T15:32:17.500-08:00VAI PRA CUBA III<h3 style="text-align: center;">
<b>A velha Cuba e o novo Brasil</b></h3>
<span style="text-align: justify;">É comum essas pessoas, que costumam mandar a pessoas ir pra Cuba, ficarem defendendo Intervenção Militar no Brasil!!! Estranhamente, os regimes ditos comunistas são administrados por militares, por isso chamados de ditadores e justamente essas pessoas que costumam dizer que Cuba é uma ditadura vivem pedindo intervenção militar, ou seja, os militares estando no poder em Cuba é um ditador, mas o cara quer os militares administrando o Brasil e acham que não estão pedindo uma ditadura!</span><br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img height="250" src="https://lh5.googleusercontent.com/hMiSaIG5zs2rOydCq9MnNEwLJdzdOctIoWRsRsD1gvPNtmdMxbB1Pu_U6l9URkKX1LXkzfsLM000qg6c6A5nvOl0sb916xeiwp7HigEZ4h9boVGSD6On3SnTserq-usfObZXC0Jm" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="400" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="font-size: 12.8px;">Cafetão humilha mulher nua diante do retrato de Moro e Cármen Lúcia</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Geralmente, essas pessoas ficavam dizendo que o Brasil iria se tornar uma nova Cuba, mas será que eles sabem como era Cuba antes de Fidel Castro de Che Guevara?</div>
<div style="text-align: justify;">
<a name='more'></a><br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Na realidade o Brasil está se tornando em uma Cuba antes da chegada de Fidel Castro e Che Guevara (uma Velha Cuba), que era uma ditadura controlada pelos Estados Unidos, tinha a frente o<a href="https://operamundi.uol.com.br/opiniao/31849/50-verdades-sobre-a-ditadura-de-fulgencio-batista-em-cuba"> Ditador Fulgêncio Batista</a> e era conhecida como o Cabaré Americano! </div>
<br />
<div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://lh5.googleusercontent.com/C78ueFXw2DGyWgZgJCReEpESF-LhD41PQNXPN66Y4u7HluDEXa_8h5hE-srwzjZ9rYq-9x6OC6n39gJQblQ4pTIBcoSSyy54dXu7jYxqYxdEzq5WiD4OABfUMIAuSc5ghihEiAXS" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://lh5.googleusercontent.com/C78ueFXw2DGyWgZgJCReEpESF-LhD41PQNXPN66Y4u7HluDEXa_8h5hE-srwzjZ9rYq-9x6OC6n39gJQblQ4pTIBcoSSyy54dXu7jYxqYxdEzq5WiD4OABfUMIAuSc5ghihEiAXS" width="133" /></a>Com a condenação e prisão do ex-presidente Lula, esse pessoas foram às ruas comemorar e a comemoração que mais chamou a atenção foi a que ocorreu na Cidade de São Paulo. O empresário da exploração sexual dono da boate Bahamas Club, <a href="http://escrevalolaescreva.blogspot.com/2018/04/homens-de-bem-comemoram-no-puteiro.html" target="_blank">O cafetão Oscar Maroni</a> comemorou a prisão de Lula com fogos e muito barulho e bebidas, humilhando uma garota de programa nua em plena via pública.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Na noite da comemoração resolveu homenagear o que ele considera heróis, que são: o Juiz da Lava Jato Sérgio Moro e a Presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) Carmem Lúcia. Simplesmente ele pendurou, <a href="http://escrevalolaescreva.blogspot.com/2018/04/homens-de-bem-comemoram-no-puteiro.html" target="_blank">na parede da frente do cabaré Bahamas Club,</a> as fotos dos dois homenageados!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Desde de 2013, que muitas dessas pessoas desfilavam nuas nestas manifestações, durante a copa veio a que Vá tomar no c… transmitido para o mundo e agora essas comemoração e homenagem as dois juízes em frente a um cabaré. O mais estranho é que esse pessoal fazem essas manifestações e um dos itens defendidos é que são em nome e defesa da família!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Cuba era conhecida, antes da chegada do Regime Comunista, de cabaré americano e o Brasil com irá ficar conhecido?<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
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<b>Textos relacionados:</b><br />
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<a href="http://www.carlosgeografia.com.br/2018/08/vai-pra-cuba-ii.html" target="_blank">VAI PRA CUBA II</a> - Os moradores de rua<br />
<a href="http://www.carlosgeografia.com.br/2018/08/vai-pra-cuba-iii.html" target="_blank">VAI PRA CUBA III</a> - A velha Cuba e o novo Brasil<br />
<a href="http://www.carlosgeografia.com.br/2018/08/vai-pra-cuba-iv.html" target="_blank">VAI PRA CUBA IV</a> - Os militares eram estatizantes<br />
<a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2019/09/vai-pra-cuba-v.html" target="_blank">VAI PRA CUBA V</a> - Quem deu certo?<br />
<a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2019/10/vai-pra-cuba-vi.html" target="_blank">VAI PRA CUBA VI</a> - São de formação cristã !<br />
<a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2019/10/vai-e-cuba-vii.html" target="_blank">VAI PRA CUBA VII -</a> Não tem celular e carro novo !<br />
<a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2019/10/vai-pra-cuba-viii.html" target="_blank">VAI PRA CUBA VIII</a> - Não tem liberdade de imprensa<br />
<a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2019/12/vai-pra-cuba-ix.html" target="_blank">VAI PRA CUBA IX</a> - Os salários em Cuba</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-left: 246.75pt; margin-top: 0pt;">
<span style="color: black; font-family: "arial"; font-size: 11pt; font-style: italic; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Antônio Carlos Vieira</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-left: 246.75pt; margin-top: 0pt;">
<span style="color: black; font-family: "arial"; font-size: 11pt; font-style: italic; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Licenciatura Plena - Geografia (UFS)</span></div>
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Antônio Carloshttp://www.blogger.com/profile/18062868840970819727noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-345509275458714528.post-44830014459290209342020-01-04T09:23:00.002-08:002020-01-04T09:23:57.250-08:00Receba textos e EBooks grátis<iframe frameborder="0" height="1516" marginheight="0" marginwidth="0" src="https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSffGo7XuvBhksmrK_TKnMDZjnwPIpfJvhMtejuTFn157YE9XQ/viewform?embedded=true" width="570">Carregando…</iframe>Antônio Carloshttp://www.blogger.com/profile/18062868840970819727noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-345509275458714528.post-28302361445243702432020-01-04T05:56:00.001-08:002020-01-04T05:56:52.020-08:00VAI PRA CUBA II<div style="text-align: center;">
<h3>
Os moradores de rua </h3>
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-cLSxFvEYTE0/W2xaQz2OM9I/AAAAAAAAJ0w/0klMui7RJbgIpO6O98i1V4QlShbmUKRnwCLcBGAs/s1600/m79.jpg"><img border="0" src="https://2.bp.blogspot.com/-cLSxFvEYTE0/W2xaQz2OM9I/AAAAAAAAJ0w/0klMui7RJbgIpO6O98i1V4QlShbmUKRnwCLcBGAs/s1600/m79.jpg" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Basta a pessoa defender alguns interesses como obrigação do Estado e principalmente direitos trabalhistas que logo aparece aquele sujeito que nunca leu nada sobre Cuba, mas se acha um expert no sistema econômico e político de Cuba, e manda você ir pra Cuba. Acredito que essas pessoas pensam ser os únicos brasileiros a ter direito sobre o Brasil e querem se livrar da concorrência!<br />
<br />
<a name='more'></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu fico imaginando, será que essas pessoas teriam coragem de pagar passagens para quem quisesse ir realmente morar em Cuba? Claro, que o mais difícil seria convencer o governo cubano a receber todos os brasileiros que se dispusesse a ir morar em Cuba. É claro que fazem essa proposta com pessoas, igualmente a mim, tenham emprego, moradia, tenho nível universitário, mas será que realmente querem pagar para a pessoa ir pra Cuba? Se esse pessoal realmente estivesse falando sério, eles iriam em uma dessa favelas, ofertariam as passagens e fico imaginando o tamanho da fila de pessoas que iriam querer ir para Cuba.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O grande problema é que Cuba é um país pequeno, não iria comportar tanta gente e pelo mesmo motivo que os EUA, que não aceita a entrada livre dos mexicanos, os cubanos também não iriam aceitar tanto brasileiros em seu território e ainda tem o inconveniente que em Cuba não existem pessoas analfabetas, como no caso do Brasil, e seria um problema extra para o governo cubano em alfabetizar essa grande obra do Estado brasileiro. Mas acredito que muitas das pessoas que estão vivendo em condições insalubres nestas favelas iriam se dispor a ir morar em Cuba caso o governo cubano aceitasse ! Aliás, essas pessoas que mandam dos que discordam ir pra Cuba, nem precisariam ir até as favelas para fazerem tal oferta, já que as nossas grandes cidades (principalmente as capitais), estão cheias de pedintes moradores de ruas e por ironia, apesar de Cuba ser um país pobre, além de não existem analfabetos em Cuba, também não existem moradores de rua !<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
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<b>Textos relacionados:</b><br />
<a href="http://www.carlosgeografia.com.br/2015/10/cuba-e-o-imperialismo-brasileiro.html" target="_blank">CUBA E O IMPERIALISMO BRASILEIRO.</a><br />
<a href="http://www.carlosgeografia.com.br/2017/07/vai-pra-cuba.html" target="_blank">VAI PRA CUBA I</a> - Marcando gol,contra !<br />
<a href="http://www.carlosgeografia.com.br/2018/08/vai-pra-cuba-ii.html" target="_blank">VAI PRA CUBA II</a> - Os moradores de rua<br />
<a href="http://www.carlosgeografia.com.br/2018/08/vai-pra-cuba-iii.html" target="_blank">VAI PRA CUBA III</a> - A velha Cuba e o novo Brasil<br />
<a href="http://www.carlosgeografia.com.br/2018/08/vai-pra-cuba-iv.html" target="_blank">VAI PRA CUBA IV</a> - Os militares eram estatizantes<br />
<a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2019/09/vai-pra-cuba-v.html" target="_blank">VAI PRA CUBA V</a> - Quem deu certo?<br />
<a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2019/10/vai-pra-cuba-vi.html" target="_blank">VAI PRA CUBA VI</a> - São de formação cristã !<br />
<a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2019/10/vai-e-cuba-vii.html" target="_blank">VAI PRA CUBA VII -</a> Não tem celular e carro novo !<br />
<a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2019/10/vai-pra-cuba-viii.html" target="_blank">VAI PRA CUBA VIII</a> - Não tem liberdade de imprensa<br />
<a href="https://www.carlosgeografia.com.br/2019/12/vai-pra-cuba-ix.html" target="_blank">VAI PRA CUBA IX</a> - Os salários em Cuba</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-left: 246.75pt; margin-top: 0pt;">
<span style="color: black; font-family: "arial"; font-size: 11pt; font-style: italic; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Antônio Carlos Vieira</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-left: 246.75pt; margin-top: 0pt;">
<span style="color: black; font-family: "arial"; font-size: 11pt; font-style: italic; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Licenciatura Plena - Geografia (UFS)</span></div>
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Antônio Carloshttp://www.blogger.com/profile/18062868840970819727noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-345509275458714528.post-66409171263368065392020-01-01T02:09:00.001-08:002020-01-01T02:09:24.484-08:00VAI PRA CUBA!<h3 style="text-align: center;">
<b>Marcando Gol contra !</b></h3>
<div style="text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-3Ty6cZK8PkQ/WWFhfaqwWOI/AAAAAAAAINw/D5OQy9J8QW4SxwQ79at-6NBu7oBhjWd1ACLcBGAs/s1600/medicos-cubanos-chegam-ao-brasil.gif"><img border="0" src="https://2.bp.blogspot.com/-3Ty6cZK8PkQ/WWFhfaqwWOI/AAAAAAAAINw/D5OQy9J8QW4SxwQ79at-6NBu7oBhjWd1ACLcBGAs/s1600/medicos-cubanos-chegam-ao-brasil.gif" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Toda final de campeonato carioca geram comentários com técnicos improvisados (os torcedores) e analistas esportivos em todo o país se debruçam para explicar cada detalhe do jogo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Neste embate entre torcedores das diversas equipes, cada um tenta desqualificar o adversário e se o adversário for o vencedor, as argumentações para desmerecer o vencedor são as mais espetaculares.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Na última vez que Botafogo e Flamengo foram finalistas no Campeonato Carioca, o Flamengo consagrou-se campeão, eu estava em uma roda de jogadores de dominó onde o assunto era justamente a final do Campeonato Carioca. Um torcedor botafoguense, inconsolado com a vitória do Flamengo, bradava para os torcedores flamenguistas: o Flamengo foi campeão, mas o Botafogo é o melhor time do mundo, o Flamengo nem tem campo para treinamento, deve meio mundo de dinheiro, só ganha campeonatos comprados, tem a imprensa a seu favor, os jogadores são uns cachaceiros, etc. Esses são apenas alguns adjetivos ditos pelo botafoguense que podem ser publicados.</div>
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<br />
<a name='more'></a><br /></div>
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Nestas rodas de comentaristas esportivos, tem torcedores de diversas agremiações, tem até aqueles que não são muito chegados a futebol e nesta não era diferente. Em um determinado momento da discussão, um senhor olhou para o botafoguense e questionou: rapaz, você está desmoralizando seu próprio time. Quer dizer que o melhor time do mundo conseguiu perder para o pior time do mundo, porque se ele tem todas essas qualidades, não conseguiu ganhar e para piorar a sua situação, o Flamengo foi campeão com um gol contra do Botafogo. Será que o Flamengo comprou juiz e jogadores do Botafogo para no final marcar um gol contra? Silêncio total !</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Atualmente, as rodas de conversas políticas ocorrem em sua maioria nas chamadas Redes Sociais na internet. O que aparece de gente para desqualificar Cuba e o Comunismo é uma coisa impressionante e mais impressionante são as argumentações para desqualificar Cuba e o Regime Político Cubano. Nessas discussões, sempre ocorrem os que atacam Cuba e defendem o Regime Americano, mas e o Brasil onde é que fica? Quando o cara defende Cuba, usam os EUA como um mau exemplo, entra logo um é manda o cara ir pra Cuba (nunca oferecem a passagem).</div>
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<br /></div>
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Os ataques (não posso chamar de argumentos) sempre dizem que Cuba é pobre, muita gente passa fome, é uma ditadura, os jornalistas são perseguidos, não possui indústria, etc.</div>
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<br /></div>
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Será que esses brasileiros que ficam criticando, a pobreza de Cuba, já se deram conta que aqui no Brasil, sendo a nona economia do mundo, tem milhares de pessoas vivendo (morando) na rua (não existem moradores de ruas em Cuba), milhares de pessoas estão passando fome (mas só enxergamos a fome em Cuba), grande parte da população é analfabeta (não existem analfabetos em Cuba) estamos com milhões de desempregados, milhares de pessoas sem acesso a médicos ( Cuba tem um bom sistema de atendimento de saúde) atualmente vários jornalistas estão sendo intimidados por criticar a Lava jato ( não é considerado perseguição aos jornalistas), estamos com um governo não eleito pelo voto direto (o presidente americano e cubano também não são eleitos pelo voto direto).</div>
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<br /></div>
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Se um país rico como o Brasil apresenta problemas sociais tão graves ou maiores que um país pobre, como Cuba, é porque estamos marcando gol contra, ficamos se queixando que nunca somos campeões e para piorar ficamos achando que o defeito é dos outros.</div>
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<br /></div>
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Estranhamente, apesar da pobreza, aumento na falta de atendimento médico e o analfabetismo estarem aumentando, o nosso país é mais rico do que Cuba, tem um grande território, grande produção industrial, grande produção agrícola e o mais incrível é que todas empresas industriais, agrícolas, minérios e nossas terras estão passando para mãos dos estrangeiros. Ironicamente, nosso governo está vendendo tudo, o que eu considero um gol contra. Chegaremos ao ápice da ironia onde tudo que se encontre no Brasil terá donos estrangeiros e posso garantir que os estrangeiros, que estão se tornando donos de tudo, não são cubanos e nem comunistas!</div>
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<br /></div>
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<b>Textos relacionados:</b><br />
<a href="http://www.carlosgeografia.com.br/2015/10/cuba-e-o-imperialismo-brasileiro.html" target="_blank">CUBA E O IMPERIALISMO BRASILEIRO.</a><br />
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<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-left: 246.75pt; margin-top: 0pt;">
<span style="color: black; font-family: "arial"; font-size: 11pt; font-style: italic; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Antônio Carlos Vieira</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-left: 246.75pt; margin-top: 0pt;">
<span style="color: black; font-family: "arial"; font-size: 11pt; font-style: italic; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Licenciatura Plena - Geografia (UFS)</span></div>
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Antônio Carloshttp://www.blogger.com/profile/18062868840970819727noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-345509275458714528.post-10710082276464849492019-12-31T10:15:00.001-08:002019-12-31T10:15:48.097-08:00A incrível máquina de escrever digital VIII<h3>
Vários escrevem, um digita</h3>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-ngPKyYHKtaA/XZ-L_1VvQpI/AAAAAAAALdA/TVjpWPtucXwnamK-p-MVXhV9MxRf2PCBwCLcBGAsYHQ/s1600/operador%2Be%2Bo%2Bchefe.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="512" data-original-width="599" height="273" src="https://1.bp.blogspot.com/-ngPKyYHKtaA/XZ-L_1VvQpI/AAAAAAAALdA/TVjpWPtucXwnamK-p-MVXhV9MxRf2PCBwCLcBGAsYHQ/s320/operador%2Be%2Bo%2Bchefe.jpg" width="320" /></a>Embora já estejamos no século XXI, muitas empresas, principalmente as chamadas empresas públicas, ainda mantêm a organização como se estivéssemos no período que existiam os datilógrafos, para substituir a figura do datilógrafo criaram a figura do digitador e posteriormente veio a figura do operador de microcomputador. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Na época das máquinas de datilografia, as pessoas escreviam manualmente em papéis utilizando canetas e depois mandava para que o profissional em datilografia escrever os textos nas famosas máquinas de escrever.</div>
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<br />
<a name='more'></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Surgiu a figura do computador, as pessoas continuaram escrevendo nos papéis e posteriormente enviando os escritos para um digitador, ou seja, apenas substituíram a máquina de escrever por um computador (usando o computador como se fosse uma máquina de escrever moderna) e o datilógrafo por um digitador, mas o modo operacional continuou o mesmo !</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Os programas de computador se tornaram mais modernos e fáceis de usar e as empresas passaram a cobrar dos profissionais que saibam operações básica no uso do computador, o uso dos chamados programas OFFICES, que são compostos, em sua grande maioria, por um Editor de Texto, Editor de Planilha e Programa de apresentação (Power Point é um deles). Os profissionais ocupados em áreas de chefia continuam escrevendo, montando suas planilhas, criando suas apresentações e mandando um profissional, que agora chamam Técnico de Informática, realizarem esse serviço, ou seja, substituíram a figura do papel manual pelo papel digital e depois mandam uma pessoas que tenha mais habilidade no computador (o Técnico em Informática) realizar o serviço.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A exigência das empresas em relação aos profissionais de cada área nestes itens é em decorrência que não se justifica usar tanto papel, mandar uma pessoa com habilidades em operações básica do computador fazer todo o serviço de reescrever, organizar ou mesmo efetuar operações básicas quando o próprio profissional idealizador poderia fazer o serviço básico. Embora os profissionais já deixem os dados gravados de alguma forma em forma digital, ainda se perde muito tempo e dinheiro se pagando a outro profissional para realização de serviços triviais, ou seja, esse pessoal ainda estão na época da Máquina de Datilografia onde, os profissionais do alto escalão e os que tinham poderes de decisão não apenas ordenava para alguém digitar até uma simples declaração.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
As empresas, com administradores atualizados, já não aceitam que profissionais escrevam ou planejem o serviço e mande para alguém montar planilha, digitar projetos ou mesmo montar gráficos e sim que cada um utilize os programas específicos para isso, mas isso ainda não ocorre em muitas empresas e principalmente na área pública. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Atualmente, a coisa ficou ainda mais grave, já que os sistemas de operações básicas de computadores estão funcionando online, onde os pacotes chamados OFFICES funcionam de maneira colaborativa e os profissionais podem trabalhar em grupo, mas grande parte dos profissionais, principalmente na Rede Pública, ainda trabalham gravando os trabalhos em arquivos individuais e enviando cópias uns para os outros em vez de compartilhar e trabalhar em grupo diretamente no documento.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Observando atentamente, se percebe que a organização nessas empresas ainda estão no período da máquina de datilografar, onde os profissionais escrevem , criam planilhas, planejam apresentações, criam os gráficos e depois procuram o Técnico de Informática (geralmente um operador de computador) para realização desses serviços.. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Uma rápida pesquisa junto a administradores e profissionais, de empresas mais atualizadas, os profissionais já dominam os recursos dos chamados OFFICES e com percepção visando o uso online, no que se convencionou Trabalho nas Nuvens. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No setor público a coisa é mais grave ainda e até mesmo o uso do OFFICE off line ainda não é de domínio de grande parte dos profissionais e o uso dos recursos online (Trabalhando nas Nuvens) é muito reduzido. O mais espantosos é que essa desatualização dos profissionais ocorrem mais com os que têm algum poder de decisão.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Esse tipo de procedimento ocorre muito pouco nas empresas privadas (mas ainda ocorrem) e é mais comum no serviço público, onde a organização das relações profissionais ainda é semelhante aos dos tempos da máquina de datilografia !<br />
<br />
<div style="text-align: start;">
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<a href="http://www.carlosgeografia.com.br/2018/09/a-incrivel-maquina-de-escrever-digital_7.html">A incrível máquina de escrever digital III</a><br />
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<a href="http://www.carlosgeografia.com.br/2018/09/a-incrivel-maquina-de-escrever-digital-v.html">A incrível máquina de escrever digital V</a><br />
<a href="http://www.carlosgeografia.com.br/2018/09/a-incrivel-maquina-de-escrever-digital_21.html">A incrível máquina de escrever digital VI</a><br />
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<br />
<div style="font-family: "times new roman"; text-align: right;">
<i>Antônio Carlos Vieira</i></div>
<div style="color: #333333; font-size: 15.84px; text-align: right;">
<i><span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;">Licenciatura Plena - Geografia (UFS)</span></i><br />
<i><span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;"><a href="http://www.carlosgeografia.com.br/">www.carlosgeografia.com.br</a></span></i></div>
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Antônio Carloshttp://www.blogger.com/profile/18062868840970819727noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-345509275458714528.post-14216871528007855692019-08-28T11:29:00.001-07:002019-08-28T11:29:49.531-07:00Os taxistas, os professores e os privilégios<div style="text-align: justify;">
Quando observamos os taxistas, em nossas viagens diárias, percebemos que os mesmos deleitam críticas a tudo que governo, são extremamente conservadores, atacam os que consideram opositores dizendo que são comunistas e observando os discursos moralistas dos mesmos se tem a ideia que são as pessoas que mais trabalham no mundo, ganhando menos, pagam muitos impostos e é a categoria que nunca explora os clientes.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-hV8L4nzpKsw/XWbH5FXC17I/AAAAAAAALSs/fzJe5Xfmp7Yq6T0NYCKLXi0H7sGCgU1YgCLcBGAs/s1600/rio-de-janeiro-uber-proibido_chamada.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="320" data-original-width="640" height="200" src="https://1.bp.blogspot.com/-hV8L4nzpKsw/XWbH5FXC17I/AAAAAAAALSs/fzJe5Xfmp7Yq6T0NYCKLXi0H7sGCgU1YgCLcBGAs/s400/rio-de-janeiro-uber-proibido_chamada.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Da última vez que questionei esses serviços a um taxistas ele rebateu tentando desqualificar a minha profissão de professor. Alegou que bom são os professores que têm muitos privilégios, que vão trabalhar quando quer, que têm mais de um mês de férias, que ganham muito dinheiro, etc, etc, etc. Como já vinha perdendo a paciência com essas pessoas, passei a responder listando o que realmente são privilégios:<a name='more'></a></div>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
a) taxistas não paga os impostos na compra do veículo;<br />b) são isentos de paga IPVA;<br />c) possuem estacionamento privativo em vias públicas;<br />d) escolhem o horário de trabalho.</blockquote>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-weight: bold;">Taxistas não pagam impostos na compra do Veículo</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
De dois anos para cá surgiram os chamados Uber, que são uma espécie de taxistas que utilizam um aplicativo para prestarem serviços de transporte de passageiros e por prestarem serviços de transportes de passageiros se tornaram alvos dos antigos taxistas. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nas rádios os debates eram sempre que os prestadores do UBER estavam causando prejuízos e um dos argumentos mais utilizados é que eles não pagavam impostos para exercer a profissão e portanto podiam cobrar mais barato ! Essa discussão passou despercebida e ninguém questionou justamente o contrário, por que os motoristas do Uber compram suas ferramentas de trabalho (carros) sem nenhum incentivo ou isenção dos impostos e na hora de se despachar os carros, os motoristas de Táxis não pagam IPVA, mas os motoristas do Uber pagam. Alguém poderia explicar em números como os motoristas de Uber pagando todos os impostos na compra do carro e também tendo de pagar IPVA todos anos, conseguem prestar um melhor serviço e mais barato que os taxistas tradicionais?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas o impressionantes é que muitos desses taxistas (o de Uber também) costumam se aproveitar de eventos de grande porte (festas) onde a concentração de pessoas são muito altas e quando do uso desse serviço o valor estranhamente ficam mais caros justamente no horário desses eventos?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<b><div style="text-align: justify;">
<b>Não pagam IPVA</b></div>
</b><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Os professores não ganham essas fortuna toda e quando conseguem comprar um varro para ir trabalhar, tem de pagar todos os impostos, inclusive o IPVA. Claro que os motoristas de Táxis alegam que se pagarem impostos o valor da tarifa irá ficar mais caros, mas alguém já viu mercadoria baixar de preço somente por que se baixou imposto sobre o produto (quem lembra da Cpmf?) e isso sem falar que os taxistas do Uber cobram mais baratos pagando todos os impostos!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<b><div style="text-align: justify;">
<b>Possuem estacionamento em via pública</b></div>
</b><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Os professores e demais categorias tem de chegar até o trabalho, antes disso tem de estacionarem seus carros e se não encontrarem um local para estacionar, tem de ficarem procurando até achar uma vaga (isso vale para estacionamento público e privado) e se demorarem em acharem uma vaga irão chegar atrasado no trabalho. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Os motoristas de Uber, igualmente aos professores, pagam impostos de todos os tipos e não tem direito a nenhum estacionamento em via pública !</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<b><div style="text-align: justify;">
<b>Escolhem o horário de trabalho.</b></div>
</b><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Os taxistas costumam dizer que os professores trabalham quando querem e quando não querem. Que eu saiba são os taxistas que vão trabalhar no horário que acharem melhor, mas se o professor não for trabalhar e no horário determinado pela escola, ele simplesmente não irão receber por aquela aula. Nunca soube de professores que dão aula na hora que bem desejarem e pelo que sei todo colégio tem uma grade de horário que professores e alunos são obrigados a respeitarem!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não acredito que os taxistas tenham uma vida privilegiada igual ao dos juízes, mas quando eles criticam os professores não olha para o umbigo, afinal de contas, embora eles não tenham uma vida de rei, eles são o patrão deles mesmos e os professores são sempre empregado de alguma empresa e pouco importa se pública ou privada.</div>
Antônio Carloshttp://www.blogger.com/profile/18062868840970819727noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-345509275458714528.post-68082038590439486592019-08-18T16:32:00.000-07:002019-08-18T16:33:38.881-07:00A volta do palácio Monroe<br />
<div class="western" style="border-style: none; margin-bottom: 0cm; padding: 0cm;">
<div style="text-align: justify;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-zaYa9-CekEQ/TmuiI0pT_ZI/AAAAAAAAAUA/gFbwVUj0JQk/s1600/palaciomonroe22.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; display: inline !important; float: left; line-height: 0.56cm; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://1.bp.blogspot.com/-zaYa9-CekEQ/TmuiI0pT_ZI/AAAAAAAAAUA/gFbwVUj0JQk/s1600/palaciomonroe22.jpg" /></a>Esse texto eu consegui no Grupo <a href="http://www.facebook.com/groups/205271909509842/">Itabaiana Grande</a> e estou divulgando por achar impressionante o descaso coma coisa pública e a promiscuidade do envolvimento da Rede Globo com o regime Militar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
dezembro 30, 2010</div>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Vou jogar na <a href="http://www.mundogump.com.br/lojagump/Mega/">Mega</a> Sena da virada. Se eu ganhar, prometo que reconstruirei o Palácio Monroe e o doarei a minha cidade: Niterói. Là funcionará a sede da minha fundação, que construirá bibliotecas em todo o país.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Pode causar estranhamento eu dizer isso, pois o Palácio ficou marcado como uma construção eminentemente carioca. Mas eu vejo além disso. Vejo um marco da arquitetura BRASILEIRA. E se é Brasileiro, pode ser erguido em qualquer lugar.<br />
<a name='more'></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-AJQYLg9eeq0/TmudDu3CUwI/AAAAAAAAATo/C1fFm9eKiAE/s1600/palaciomonroe.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="278" src="https://2.bp.blogspot.com/-AJQYLg9eeq0/TmudDu3CUwI/AAAAAAAAATo/C1fFm9eKiAE/s400/palaciomonroe.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O palácio, foi originalmente projetado para ser o Pavilhão do Brasil na Exposição Universal de Saint Louis, nos Estados Unidos, em 1904. Meu pai estava me contando a história dessa magnífica construção, história que reflete claramente certas características brasileiras.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Concebido pelo arquiteto e engenheiro militar, Coronel Francisco Marcelino de Sousa Aguiar, o palácio foi criado a partir de uma estrutura metálica capaz de ser totalmente desmontada. Dessa forma a construção foi erguida como previsto, em Saint Louis.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A edificação tinha 1700 metros quadrados de área construída. Nela, os elementos de suacomposição arquitetônica inscreviam-se na linguagem geral do ecletismo, num estilo híbrido, caracterizado por uma combinação liberal de diversas origens que marcou uma época de transição na arquitetura brasileira.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A imprensa norte-americana não poupou elogios à estrutura, destacando-a pela sua beleza, harmonia de linhas e qualidade do espaço. Na ocasião, o Pavilhão do Brasil foi condecorado com a medalha de ouro no Grande Prêmio Mundial de Arquitetura, o maior certame do gênero, à época.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Desmontado ao final do evento, a estrutura foi transportada para o Brasil, vindo a ser remontada na cidade do Rio de Janeiro em 1906, para sediar a Terceira Conferência Pan-Americana. O Barão do Rio Branco, por sugestão de Joaquim Nabuco, propôs que, ao Palácio de Saint-Louis, como era conhecido, fosse dado o nome de Palácio Monroe, em homenagem ao presidente norte-americano James Monroe, criador do Pan-Americanismo. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Entre 1914 e 1922, o Palácio Monroe foi sede provisória da Câmara dos Deputados, enquanto o Palácio Tiradentes era construído. Com a inauguração deste, durante as comemorações do primeiro centenário da independência, o Senado Federal passou a utilizar o Monroe como sua sede. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O edifício era lindíssimo, mas seu fim foi trágico. Em 1974, durante as obras de construção do Metrô do Rio de Janeiro, o traçado dos túneis foi desviado para não afetar as fundações do palácio. Nessa época o Governo Estadual decretou o seu tombamento. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Uma campanha mobilizada pelo jornal O Globo, com o apoio de arquitetos modernistas como Lúcio Costa pediu a demolição do Palácio Monroe, sob alegações estéticas e de que o prédio “atrapalhava o trânsito“. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nessa época não era uma ideia muito salutar ser contra os interesses do poder constituído. Mas mesmo assim, houve quem se revoltasse e defendesse a permanência do palácio: O JORNAL DO BRASIL, IAB e o Clube de Engenheira. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O então presidente Ernesto Geisel, que também não era favorável ao edifício, sob a alegação de que prejudicava a visão do Monumento aos Mortos da Segunda Guerra Mundial, não concedeu o decreto federal de tombamento e, em março de 1976, o monumento foi demolido. Lamentavelmente todo o seu rico acervo foi leiloado “a preço Banana”. Literalmente. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Pal%C3%A1cio_Monroe">fonte</a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
É ou não é um retrato do Brasil? Constrói-se um troço sensacional para fazer bonito lá fora. Para isso, não se poupa esforços. Logo, gasta-se os tubos em dinheiro público, para fazer algo modular que possa ser construído e desmontado. Uma ideia ótima. E depois, por imbecilidade e miopia governamental, vão demolir a construção – que poderia ter sido desmontada e remontada em outro local, porque ela estava num lugar que “incomodava o progresso”, porque ela “estaria no caminho do túnel do metrô”. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Isso na verdade é o tipo de crueldade que surge não sei de onde. Provavelmente da cabeça maldosa de algum jornalista que viu na coisa de culpar o metrô (a modernidade) pela morte do palácio (a antiguidade). É esteticamente muito bonito, mas a verdade dos fatos é que o Metrô teve um trabalho do caramba para fazer passar o caminho dos trens ao lado do palácio, de modo a não afetar suas fundações. </div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Isso explica uma misteriosa curva que surge logo após a estação Cinelândia. A única intervenção necessária para o metrô foi o desmonte da escadaria de mármore, que exigiu a vinda de uma equipe especializada da Itália. A escada, seria reconstruída logo após a conclusão do tunel. </div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Então, a culpa, meus amigos, não é nem nunca foi do metrô. A culpa é do maior inimigo do Brasil, a desgraça do político. </div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quem canetou mandando demolir o palácio foi o presidente Ernesto Geisel. Por que? Pelo mais fútil dos motivos. Veja só:</div>
<div style="text-align: justify;">
O General Ernesto Geisel era o quarto presidente militar desde o Golpe de 64. Ele foi empossado pelo Colégio Eleitoral em 1974. Geisel nutria um ferrenho horror pelo filho do Coronel Arquiteto Francisco Marcelino de Souza Aguiar, o genial projetista do Palácio Monroe. A raiva que Geisel sentia dele foi originada quando o filho de Souza Aguiar foi promovido no Exercito em detrimento de Geisel. Por puro ódio e vingança, Geisel aproveitou seu poder de Presidente da Republica e simplesmente autorizou a demolição do Monroe, acabando com o premiado projeto do pai de seu inimigo. É mole mermão? </div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Reflete ou não reflete o que é o Brasil? Quando os presidentes usam a caneta como se investidos fossem de um poder divino que os permitisse tudo? Mas Geisel não estava sozinho nessa. Ele teve um apoio importante de outra figura famosa: </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Era Roberto Marinho, o jornalista e chefe das Organizações Globo. Doutor Roberto, como era chamado sempre apoiou os militares desde a época do Golpe. Aproveitando a grande circulação do Jornal O Globo, fez uma enorme campanha a favor da demolição do Monroe aproveitando-se da obra do Metrô. Quase que diariamente O Globo publicava editoriais exigindo o desaparecimento do Palácio. Inteligente, roberto Marinho sabia que falar mal do palácio, era agradar ao presidente.</div>
<blockquote class="tr_bq">
<div style="text-align: justify;">
<i style="font-family: Georgia, Times, serif;">No ultimo editorial publicado pelo Globo podia-se ler as seguintes palavras:</i></div>
<span style="font-family: "georgia" , "times" , serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times" , serif;"><span style="font-style: italic;"><br /></span></span></div>
<span style="font-family: "georgia" , "times" , serif;"></span><i></i><br />
<div style="text-align: justify;">
<i>“Por decisão do Presidente da Republica, o Patrimônio da União já está autorizado a providenciar a demolição do Palácio Monroe. Foi, portanto, vitoriosa a campanha desse jornal que há muito se empenhava no desaparecimento do monstrengo arquitetônico da Cinelândia. (…) O Monroe não tinha qualquer função e sua sobrevivência era condenada por todas as regras de urbanismo e de estética. Em seu lugar o Rio ganhará mais uma praça. Que essa boa noticia, que coincide com o fim das obras de superfície do metrô da Cinelândia seja mais um estimulo à remodelação de toda essa área de presença tão marcante na historia do Rio de Janeiro”.</i></div>
<i></i></blockquote>
<span style="font-family: "georgia" , "times" , serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times" , serif;">Outra personalidade que realmente militou pela demolição foi o arquiteto Lúcio Costa. Ele defendia também a demolição do Monroe sob o argumento de dar chance à arquitetura brasileira moderna. Especula-se que Lúcio Costa estava de olho no espaço, que já se cogitava transformar em estacionamento. Lúcio Costa chegou ao cúmulo de passar abaixo-assinados em associações de arquitetos para endossar a demolição do Monroe. Foi mal visto na época por seus colegas que nunca o perdoaram por esse gesto criminoso. </span></div>
<span style="font-family: "georgia" , "times" , serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
Do lado oposto à demolição estavam arquitetos, o CREA, o Jornal do Brasil, o Juiz Federal Dr. Evandro Gueiros Leite (que sugeriu que o Monroe sediasse o Tribunal Federal de Recursos, que estava sem sede), o Serviço Nacional do Teatro, a Fundação Estadual dos Museus, a Secretaria Estadual de Educação, e várias outros entidades importantes e principalmente uma significativa parcela do povo carioca. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas nada podiam fazer ante a caneta vingativa da ditadura. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O resultado prático é que a belíssima construção foi demolida atoa. Meu pai me contou que hoje tem pedaços do Palácio Monroe num monte de fazenda de bacana espalhado por todo o Brasil. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<b>Veja o que o jornal St Louis Republic disse do palácio</b>:</div>
<span style="font-family: "georgia" , "times" , serif;"><br /></span>
<br />
<blockquote class="tr_bq">
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "georgia" , "times" , serif;">ST. LOUIS REPUBLIC, 10 abril 1904</span></i></div>
<i></i><br />
<div style="text-align: justify;">
<i><i><span style="font-family: "georgia" , "times" , serif;">O Coronel Aguiar é engenheiro do exército brasileiro e foi quem projetou o edifício do Brasil na Exposição de Chicago, em 1893.</span></i></i></div>
<i><span style="font-family: "georgia" , "times" , serif;"></span></i><br />
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "georgia" , "times" , serif;">O Coronel Aguiar não se cingiu a regras estabelecidas ao projetar e construir essa pérola no diadema dos edifícios estrangeiros.</span></i></div>
<i><span style="font-family: "georgia" , "times" , serif;"></span><span style="font-family: "georgia" , "times" , serif;"></span></i><br />
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "georgia" , "times" , serif;"><i><span style="font-family: "georgia" , "times" , serif;">Na organização do trabalho influíram diferentes elementos: evolução das próprias idéias, apreciação das linhas gerais da exposição, estudo topográfico do terreno e do grupo de edifícios mais próximos.</span></i></span></i></div>
<i><span style="font-family: "georgia" , "times" , serif;">
</span><span style="font-family: "georgia" , "times" , serif;"><div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "georgia" , "times" , serif;">A execução representa o que há de mais adiantado na arte de construir e já tem despertado muita atenção; sem dúvida, há de ser um ponto atraente para os visitantes interessados em trabalhos de arquitetura e construção.</span></i></div>
</span><span style="font-family: "georgia" , "times" , serif;"><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</span><span style="font-family: "georgia" , "times" , serif;"><div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "georgia" , "times" , serif;">Quem vem de Skinder Road para Clayton , vê surgir diante de si alvo e brilhante edifício, rodeado de graciosas colunas Coríntias; encima-o gigantesca abóboda .</span></i></div>
</span><span style="font-family: "georgia" , "times" , serif;"><div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "georgia" , "times" , serif;">O efeito é de fazer estacar, arrancando espontânea admiração; suas formas personificam a graça. Parado na estrada, observando, em vão se procura uma simples falha, um ponto onde a vista sinta a aspereza de uma linha, onde uma curva, uma janela, qualquer decoração enfim, desagrada: procura-se debalde.</span></i></div>
</span><div style="text-align: justify;">
<i>Percebe-se a arte em todo ele: na simplicidade de sua grandeza, na simetria das dimensões, nas colunas, nas abóbodas laterais, no simbório, 135 pés acima do terreno. Essa construção representa um poema.</i></div>
</i></blockquote>
<span style="font-family: "georgia" , "times" , serif;"></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; color: #333333; text-align: center;">
<span style="font-family: "georgia" , "times" , serif;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-FpiO2RLCl_U/TmudfV9972I/AAAAAAAAATs/aAQx_Ugo-zQ/s1600/mostrahorizonteconstrui.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://3.bp.blogspot.com/-FpiO2RLCl_U/TmudfV9972I/AAAAAAAAATs/aAQx_Ugo-zQ/s400/mostrahorizonteconstrui.jpg" width="400" /></a></span></div>
<span style="font-family: "georgia" , "times" , serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
Eu fiquei estupefato quando meu pai me contou. Até tinha alguma noção de que o palácio tinha sido demolido, mas eu nunca poderia imaginar que o palacio havia sido projetado para ser desmontável. E que neguinho seria tão retardado mental para demolir algo que fora inicialmente projetado em blocos numerados, para facilmente ser remontado em outro lugar. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Aqui está uma bela foto do palácio sendo remontado no centro do Rio.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-OkfE4AwBru8/Tmud7zbTJYI/AAAAAAAAATw/65nBQjNsKJo/s1600/monroeg.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://3.bp.blogspot.com/-OkfE4AwBru8/Tmud7zbTJYI/AAAAAAAAATw/65nBQjNsKJo/s400/monroeg.jpg" width="375" /></a></div>
<div class="western" style="border-style: none; line-height: 0.56cm; margin-bottom: 0.4cm; padding: 0cm;">
<span style="font-family: "georgia" , "times" , serif;"></span></div>
<div style="text-align: justify;">
Depois de aprovada com o aval oficial do Presidente General Ernesto Geisel, a demolição do premiado Palácio começou entre janeiro e março de 1976.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
O valioso prédio começou a sucumbir. Mas não sem gravar na História mais uma vez a verdadeira face deste país.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<span style="font-family: "georgia" , "times" , serif;"></span><br />
<div>
<div style="text-align: justify;">
A empresa que foi contratada para demolir o Monroe pagou apenas CR$ 191 Mil (cento e noventa e um mil cruzeiros) com direito de venda de todo o material. O Governo autorizou.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Só com a venda do bronze e ferro do Monroe, esta empresa faturou nada menos que CR$ 9 Milhões. Tudo foi vendido…</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Vitrais, lustres de cristal, pinturas valiosas, estatuas de mármore de carrara e bronze, moveis em jacarandá a balaustrada de mármore. Havia uma escada de ferro em caracol que foi vendida pela pechincha de CR$ 5, 00 (cinco cruzeiros), o metro. Sem contar muitas outras peças. Grande parte do piso, com mais de 2000 metros quadrados, foram para o Japão. Tudo por causa do tipo de madeira: a peroba do campo. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Abaixo, a foto da véspera do início da demolição, no ano em que eu nasci, 1976.</div>
<span style="font-family: "georgia" , "times" , serif;"></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; color: #333333; text-align: center;">
<span style="font-family: "georgia" , "times" , serif;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-O4KkoEAm0q4/TmueNjZnXwI/AAAAAAAAAT0/UiNVCI33uYQ/s1600/monroe48vc.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://1.bp.blogspot.com/-O4KkoEAm0q4/TmueNjZnXwI/AAAAAAAAAT0/UiNVCI33uYQ/s400/monroe48vc.jpg" width="268" /></a></span></div>
<span style="font-family: "georgia" , "times" , serif;"></span><br />
<div class="western" style="border-style: none; line-height: 0.56cm; margin-bottom: 0.4cm; padding: 0cm;">
<span style="font-family: "georgia" , "times" , serif;"><span style="font-family: "georgia" , "times" , serif;"></span></span></div>
<span style="font-family: "georgia" , "times" , serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
Seis dos dezoito anjos de bronze foram parar na fazenda de Luiz Carlos Branco em Uberaba, além de alguns balcões de mármore e vitrais. Os leões que ficavam na escadaria na entrada do Monroe hoje estão no Instituto Ricardo Brennand em Recife, Pernambuco. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E esse foi o triste fim do Palácio Monroe.</div>
<span style="font-family: "georgia" , "times" , serif;"></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; color: #333333; text-align: center;">
<span style="font-family: "georgia" , "times" , serif;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-BFHqwBt3vuE/Tmuemuv0u7I/AAAAAAAAAT4/fs6zkCusmdA/s1600/monroe68eu.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="183" src="https://1.bp.blogspot.com/-BFHqwBt3vuE/Tmuemuv0u7I/AAAAAAAAAT4/fs6zkCusmdA/s400/monroe68eu.jpg" width="400" /></a></span></div>
<span style="font-family: "georgia" , "times" , serif;"></span><br />
<div class="western" style="border-style: none; line-height: 0.56cm; margin-bottom: 0.4cm; padding: 0cm;">
<span style="font-family: "georgia" , "times" , serif;"><span style="font-family: "georgia" , "times" , serif;"></span></span></div>
<span style="font-family: "georgia" , "times" , serif;"><br /></span>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times" , serif;">Então, meus amigos, eu fico aqui pensando como a imbecilidade do governante pode ser tão temível quanto as guerras. Por exemplo, muitas cidades da Europa gastaram décadas reconstruindo edificações de valor histórico que haviam sido destruídas completamente ou parcialmente com as bombas da segunda Guerra Mundial. </span></div>
<span style="font-family: "georgia" , "times" , serif;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Fica a pergunta retórica de qual a diferença entre uma bomba que cai do céu em meio a uma guerra e um político descabeçado. E desse sentimento, surge a questão: Se tantos países europeus reconstruíram seus patrimônios perdidos, por que não reconstruir o Monroe? </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quando era Prefeito do Rio, o César Maia propôs reconstruir o palácio. Alguns foram contra, outros foram a favor. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu acho que o César Maia – mentor político daquele elefante branco, a Cidade da Musica, – que não está realmente pronto até hoje, meteu apenas mais um factóide no povo. Um entre dezenas de outros. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Pessoalmente, eu penso que gastar dinheiro publico nisso talvez não seja uma prioridade realmente. Sobretudo quando pessoas pobres não tem onde morar, não tem comida, escola, hospital e o cacete a quatro que o nosso imposto deveria servir para pagar, mas vai direto para aumentos “aloprados” dos salários dos próprios políticos. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Penso que o Palácio Monroe, caso fosse realmente cogitada sua ressurreição, deveria ser reerguido pela iniciativa privada. A começar com as organizações Globo, que foram também diretamente culpados pela destruição do primeiro edifício brasileiro premiado internacionalmente. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O palácio era todo numerado. Me pergunto por que não seria possível criar um movimento para que as pessoas comprassem as pedras do palácio? Imagina, tipo uma vaquinha gigante. A reconstrução poderia ser parecida com aquela ideia do moleque que vendeu um milhão de pixels a um dólar cada. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Fulano compra uma janela, Beltrano compra uma coluna, o Eike compra a cúpula e assim vamos refazendo o estrago. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</span><br />
<div style="text-align: justify;">
Será que é possível encontrar a planta original do edifício? Imagina o quão gratificante poderia ser olhar para o prédio pronto e pensar: “Eu ajudei a reconstruir este palácio”. E quem sabe a partir deste gesto não surgisse no coração das pessoas um desejo por reconstruir, recuperar e reativar áreas destruídas, abandonadas e empobrecidas da cidade.<br />
<br /></div>
<div class="western" style="border-style: none; line-height: 0.56cm; margin-bottom: 0cm; padding: 0cm;">
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-zSE46tYYWA4/Tmue01N3m2I/AAAAAAAAAT8/DbxgWfxS2cY/s1600/philipe.jpeg" imageanchor="1" style="clear: left; display: inline !important; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://3.bp.blogspot.com/-zSE46tYYWA4/Tmue01N3m2I/AAAAAAAAAT8/DbxgWfxS2cY/s1600/philipe.jpeg" /></a><a href="http://3.bp.blogspot.com/-zSE46tYYWA4/Tmue01N3m2I/AAAAAAAAAT8/DbxgWfxS2cY/s1600/philipe.jpeg" imageanchor="1" style="clear: left; display: inline !important; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;">Quem é Philipe: Ele tem 35 anos, é casado, blogueiro, designer, empresario, psicologo, entusiasta da tecnologia, mistérios, ufologia, cultura pop, nerdices e curiosidades em geral. </a><br />
<br />
TEXTO ORIGINAL NESTE ENDEREÇO:</div>
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<a href="http://www.mundogump.com.br/a-volta-do-palacio-monroe/">http://www.mundogump.com.br/a-volta-do-palacio-monroe/</a></div>
Antônio Carloshttp://www.blogger.com/profile/18062868840970819727noreply@blogger.com0