quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Síria captura em Alepo assessores militares que seriam ligados à OTAN

Grupo que supostamente enfrentava o terrorismo na Síria era composto por oficiais procedentes da Arábia Saudita, Turquia, Israel, Jordânia e Marrocos.

Prensa Latina

Davis Scott Winer é um militar de Estados Unidos que forma parte de um grupo de 14 assessores estrangeiros que foram capturados neste fim de semana. Eles foram encontrados escondidos em um bunker secreto da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) na cidade de Alepo, na Síria.


Alguns meios ocidentais asseguram que se trata de membros da coalizão contra o Estado Islâmico. Entretanto, a própria OTAN tem mantido silêncio a respeito da captura até o momento, enquanto outros meios afirmam que se tratam de militares da coalizão liderada por Washington, que colaboravam com os chamados “rebeldes moderados”, armados e financiados pela administração de Barack Obama.
O grupo de especialistas militares, que supostamente enfrentava o terrorismo na Síria, está integrado por oficiais procedentes da Arábia Saudita, Turquia, Qatar, Israel, Jordânia e Marrocos. Segundo fontes sírias, estes oficiais ofereciam assessoria militar aos grupos extremistas armados presentes no leste de Alepo e aos terroristas que operavam por lá, até que essas forças foram desalojados pelo exército sírio, em colaboração com a aviação militar russa.
As autoridades sírias também informaram que as tropas de Damasco conseguiram invadir a sede secreta dos oficiais ocidentais, que ficava no sótão de uma casa localizada em um distrito de Alepo, graças a informações detalhadas obtidas pela inteligência russa, que permitiram a captura dos assessores estrangeiros, segundo um despacho publicado nesta segunda-feira (19/12) pela página web Global Research.
Por sua parte, o website digital Red Voltaire, dirigido pelo intelectual francês Thierry Meyssan, assegurou que a lista de assessores capturados só traz os nomes dos oficiais que aceitaram se identificar.

 Segundo a nota, outros prisioneiros que não quiseram revelar suas identidades representam evidentemente outros Estados implicados nesta guerra de agressão contra a República Árabe Síria. Entre eles estariam assessores militares procedentes dos Estados Unidos, França, Reino Unido e Alemanha.
 Em cumprimento à Convenção de Genebra sobre os prisioneiros de guerra, não se publicarão fotos destes militares detidos.
 Em fevereiro de 2012, cerca de 40 oficiais turcos e pouco mais de 20 oficiais franceses foram capturados na Síria e devolvidos aos seus países de origem, após intervenção do mediador Mikhail Fradkov, diretor dos serviços de inteligência russos.
 Na ocasião, os prisioneiros franceses foram entregues diretamente ao almirante Edouard Guillaud, chefe das Forças Armadas da França, na fronteira libanesa, assegura o website Red Voltaire.

Texto original: CARTA MAIOR

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