quinta-feira, 26 de junho de 2014

Não vai ter copa!

O que mais se ouvia nos últimos dois anos era esse mote eleitoral! Mas sempre ouvia essa frase dos programas televisivos (que tem lado político) e dos políticos da oposição. Só que agora estamos no ano da copa, em pleno desenrolar do campeonato mundial e mostrando que o que toda grande imprensa falava era propaganda e não informação!

Só que vi muito professor usando o ter “não vai ter copa” alegando que o mais interessante seria utilizar o dinheiro para melhorar a educação, saúde e segurança. Muitas das vezes questionei que eles não deveriam entrar no embalo da imprensa por estarmos em pleno ano eleitoral e estavam usando a copa e os desejos dos professores para utilizarem a copa como mote de campanha eleitoral contra o governo. Não precisa dizer que fui chamado de petista, de está recebendo CC, esta recebendo por fora e outras argumentações que não deveriam partir dos professores.

Pois bem, acham que o dinheiro gasto na copa deveria ser gasto na educação, saúde e segurança, que também concordo! Mas se não é um processo eleitoreiro, alguém pode me dizer quanto se gasta, do dinheiro público, com carnavais (prévia carnavalescas, o próprio carnaval e carnavais fora de época), festas juninas e réveillons todos os anos? Quantos programas jornalísticos, de diversão e até novelas se via tamanho ímpeto em favor da educação em anos não eleitoreiros? Quantos professores protestaram a grande quantidade de dinheiro utilizado anualmente nestas festas? Na realidade se gasta uma copa por anos na realização destas festas!

O que mais impressiona é ver professores, advogados, jornalistas e profissionais universitários fazendo o mote dos órgãos de impressa! Só que a impressa deveria informar e não emitir opinião, afinal de contas a imprensa tem lado políticos e são as empresas que mais ganham com dinheiro público utilizados nessas festas com grande volume de pessoas. A Rede Globo é uma das empresas que mais está ganhando com a realização da Copa do Mundo no Brasil. Alias, a Rede Globo ganha muito dinheiro não somente com a copa, mas com a transmissão do Carnaval, Campeonato Brasileiro e das diversas festas juninas nas diversas cidades e ainda não vi esses órgãos de impressa, professores, advogados e demais profissionais fazendo campanha não vai ter carnaval e não vai ter festas juninas!

A manipulação mediática é tão grande que a Revista Veja previa que os Estádios para copa só ficariam pronto em 2038!!!

Textos relacionados:
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O ressentimento de Faustão com a Copa do Brasil

Antônio Carlos Vieira
Licenciatura Plena - Geografia (UFS)
http://carlos-geografia.blogspot.com

terça-feira, 24 de junho de 2014

Alckmin presenteia mídia amiga

Para testar a motivação real da compra, verifique se alguma escola particular gasta milhões de reais para adquirir a Veja, a Folha ou o Estado.

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo

A internet está agitada por conta de uma compra de alguns milhares de assinaturas da Veja, da Folha e do Estadão pelo governo do Estado de São Paulo.

É dinheiro público, extraído do orçamento da educação. As publicações supostamente vão ser lidas pelos alunos das escolas públicas de São Paulo, e isso os ajudará em sua formação.

Isso mitigaria, pelo menos em parte, o problema de a compra haver sido feita sem licitação.

Mas não é exatamente isso.

O que ocorreu é a chamada ação entre amigos, em que as partes – empresas jornalísticas e políticos - trocam favores usando o dinheiro do contribuinte.

É uma prática velha, e que graças à internet vai sendo cada vez mais exposta aos brasileiros.

Vivi, na editora Globo, uma situação exemplar.

Era 2007, e eu acabara de ser contratado para ser diretor editorial das revistas da Globo.

A principal delas, a Época, era singularmente gentil com um governador da região norte.

Esse governador, fiquei sabendo depois, comprava grandes lotes de livros da Globo, o que vinha ajudando substancialmente a editora a dar lucros.

Demos, na revista, uma denúncia contra ele. Instalou-se uma confusão. Ele foi a São Paulo para falar comigo e com o então diretor geral da editora, Juan Ocerin.

A conversa não poderia ter sido pior. Ele foi grosseiro, e eu disse que não admitia que uma visita falasse naquele tom ali, numa sala ao lado da redação da Época.

Ele saiu da sala com uma ameaça. “Vou conversar com o João Roberto”. João Roberto era e é João Roberto Marinho, o filho do meio de Roberto Marinho, aquele que é o editor de fato das Organizações Globo.

Não sei se falou.

Antes de ir embora, ele se avistou com o diretor de publicidade da editora, que era seu interlocutor nas negociações de compras de lotes de livros.

Nova confusão. Desta vez, o resultado foi uma conversa a três: Ocerin, eu e o diretor de publicidade.

Em alguns minutos, depois de palavras ríspidas, eu disse ao diretor de publicidade que jamais voltaria a falar com ele.

E de fato não voltei.

Foi contratado um novo diretor de publicidade, e ele me disse que várias vezes Ocerin se queixou dele por não ter o acesso mágico àquele governador para que aportasse dinheiro na editora em momentos de seca.

O que se fazia na editora Globo é uma coisa parecida com a compra de lotes de publicações por Alckmin.

Ninguém fala, mas está entendido que o governo espera alguma simpatia na cobertura editorial.

Do ponto de vista estritamente lógico, alguém consegue imaginar jovens estudantes lendo a Veja, a Folha ou o Estadão, para apreciar os artigos de Dora Kramer, Maílson da Nóbrega e Pondé?

É uma geração digital, divorciada por completo da mídia impressa.

Para testar a motivação real da compra, verifique se alguma escola particular gasta milhões de reais para adquirir a Veja, a Folha ou o Estado.

É, repito, uma ação entre amigos.

Mas quem paga a conta é o contribuinte.


Texto original: CARTA MAIOR

sábado, 21 de junho de 2014

Os 10 maiores micos da Copa do Mundo do Brasil

Na Copa do Mundo do Brasil, foram embora pro chuveiro mais cedo aqueles que torceram pelo fracasso do país. Confira alguns micos da elite e da mídia.


Najla Passos

A Copa do Mundo do Brasil ainda não passou da primeira fase, mas já são fartas as gafes, foras e barrigadas do mundial, especialmente fora do campo. 

E, curiosamente, elas nada têm a ver com as previsões das “cartomantes do apocalipse” que alardeavam que o país não seria capaz de organizar o evento e receber bem os turistas estrangeiros. Muito pelo contrário. 

Os estádios ficaram prontos, os aeroportos estão funcionando, as manifestações perderam força, os gringos estão encantados com a receptividade brasileira e a imprensa estrangeira já fala em “Copa das Copas”. 

Confira, então, os principais micos do mundial... pelo menos até agora!


1 - O fracasso do #NãoVaiTerCopa

Mesmo com o apoio da direita conservadora, da esquerda radicalizada, da mídia monopolista e dos black blocs, o movimento #NãoVaiTerCopa se revelou uma grande falácia. As categorias de trabalhadores que aproveitam a visibilidade do evento para reivindicar suas pautas históricas de forma pacífica preferiram apostar na hashtag #NaCopaTemLuta, bem menos antipática e alarmista. E os que continuaram a torcer contra o evento e o país, por motivações eleitoreiras ou ideológicas, amargam o fracasso: políticos perdem credibilidade, veículos de imprensa, audiência e o empresariado, dinheiro!


2 – A vênus platinada ladeira abaixo 

Desde os protestos de junho de 2013, a TV Globo vem amargando uma rejeição crescente da população. E se apostava no #NãoVaiTerCopa para enfraquecer o governo, acabou foi vendo sua própria audiência desabar. Uma pesquisa publicada pela coluna Outro Canal, da Folha de S. Paulo, com base em dados do Ibope, mostra que no jogo de abertura da Copa de 2006, na Alemanha, a audiência da Globo foi de 65,7 pontos. No primeiro jogo da Copa de 2010, na África do Sul, caiu para 45,2 pontos. Já na estreia do Brasil na Copa, neste ano, despencou para 37,5 pontos.


3 – #CalaABocaGalvão

Principal ícone da TV Globo, o narrador esportivo Galvão Bueno é o homem mais bem pago da televisão brasileira, com salário mensal de R$ 5 milhões. Mas, tal como o veículo que paga seu salário, está com o prestígio cada vez mais baixo. Criticar suas narrações virou febre entre os fãs do bom futebol. E a própria seleção brasileira optou por assistir os jogos da copa pela concorrente, a TV Band. O movimento #CalaABocaGalvão ganhou ainda mais força! O #ForaGlobo também!


4 – A enquadrada na The Economist 

A revista britânica The Economista, que vem liderando o ranking da imprensa “gringa” que torce contra o sucesso do Brasil, acabou enquadrada por seus leitores. A reportagem "Traffic and tempers", publicada no último dia 10, exaltando os problemas de mobilidade de São Paulo às vésperas de receber o mundial, foi rechaçada por leitores dos EUA, Japão, Holanda, Inglaterra e Argentina, dentre vários outros. Em contraposição aos argumentos da revista, esses leitores relataram problemas muito semelhantes nos seus países e exaltaram as qualidades brasileiras, em especial a hospitalidade do povo. 


5 – O assassinato da semiótica

Guru da direita brasileira, o colunista da revista Veja, Rodrigo Constantino, provocou risos com o texto “O logo vermelho da Copa”, em que acusa o PT de usar a logomarca oficial do mundial da Fifa para fazer propaganda subliminar do comunismo. Virou chacota, claro. O correspondente do Los Angeles Times, Vincent Bevins, postou em seu Twitter: “Oh Deus. Colunista brasileiro defendendo que o vermelho 2014 na logo da Copa do Mundo é obviamente uma propaganda socialista”. Seus leitores se divertiram usando a mesma lógica para apontar outros pretensos ícones comunistas, como a Coca-Cola (lol)!


6 – A entrevista com o “falso” Felipão

Ex-diretor da Veja e repórter experiente, Mário Sérgio Conti achou que tivesse tirado a sorte grande ao encontrar o técnico da seleção brasileira, Luiz Felipe Scolari, em um voo comercial, após o empate com o México. Escreveu uma matéria e a vendeu para os jornais Folha de S. Paulo e O Globo, que a publicaram com destaque. O entrevistado, porém, era o ator Wladimir Palomo, que interpreta Felipão no programa humorístico Zorra Total. No final da conversa, Palomo chegou a passar seu cartão à Conti, onde está escrito: “Wladimir Palomo - sósia de Felipão – eventos”. Mas, tão confiante que estava no seu “furo de reportagem”, o jornalista achou que era uma “brincadeirinha” do técnico... 


7 – A “morte do pai” do jogador marfinense

O jogador da costa do Marfim, Serey Die, caiu no choro quando o hino do seu país soou no estádio Mané Garrincha, em Brasília. Imediatamente, a imprensa do Brasil e do mundo passou a noticiar que o pai dele havia morrido poucas horas antes. A comoção vias redes sociais foi intensa. O jogador, porém, desmentiu a notícia assim que pode. Seu pai havia morrido, de fato. Mas há dez anos. As lágrimas se deveram a outros fatores. "Também pensei no meu pai, mas é por tudo que vivi e por ter conseguido chegar a uma copa do mundo”, explicou.


8 – “Vai pra casa, Renan!”

Cheio de boas intenções, o estudante Renan Baldi, 16 anos, escolheu uma forma bastante condenável de reivindicar mais saúde e educação para o país: cobriu o rosto e se juntou aos black block paulistas para depredar patrimônio público na estreia do mundial. Foi retirado do meio do protesto pelo pai, que encantou o país ao reafirmar seu amor pelo filho, mas condenar sua postura violenta e antidemocrática. A hashtag #VaiPraCasaRenan fez história nas redes sociais!


9 – O fiasco do “padrão Fifa”

Pelos menos 40 voluntários da Copa em Brasília passaram mal após consumir as refeições servidas pela Fifa, no sábado (14), um dia antes do estádio Mané Garrincha estrear no mundial com a partida entre Suíça e Equador. Depois disso, não apareceu mais nenhum manifestante desavisado para pedir saúde e educação “padrão Fifa” no país!


10 – Sou “coxinha” e passo recibo!

Enquanto o Brasil e o mundo criticavam a falta de educação da “elite branca” que xingou a presidenta Dilma no Itaquerão, a empresária Isabela Raposeiras decidiu protestar pela causa oposta: publicou no seu facebook um post contra o preconceito e à discriminação dirigidos ao que ela chamou de “minoria de brasileiros que descente da elite branco-europeia”. “Não sentirei vergonha pelas minhas conquistas, pelo meu status social, pela minha pele branca”, afirmou. Virou, automaticamente, a musa da “elite coxinha”.

Texto original: CARTA MAIOR

terça-feira, 17 de junho de 2014

O sentimento nacional

A operação anti-brasileira em curso atualmente, aqui dentro e desde fora do país, tem o objetivo de destruir a imagem do Brasil do Lula.

por Emir Sader em 13/06/2014 às 07:00


O Brasil só começou a se pensar como pais, como nação, como povo, a partir da chegada do Getúlio ao poder. Antes, vivíamos para fora e desde fora. Economia exportadora e importadora, sem produção nacional, sem mercado interno importante.

Se pensar como país é concomitante a ter sentimento nacional, ter auto estima. Não foi por acaso que Fernando Collor e FHC atentaram fortemente contra a nossa autoestima, para poder implementar o modelo econômico mais antinacional e antipopular: o modelo neoliberal, que escancarava o país para a exploração externa.

Collor atacou os servidores públicos como “marajás” e os carros produzidos aqui – como metáfora de toda a indústria – como “carroças”. FHC atacou os servidores públicos e os aposentados como “preguiçosos”. Para isso, FHC disse que ia “virar a página do getulismo”, porque queria liquidar o sentimento nacional e as conquistas dos trabalhadores.

A vitória do Lula e o sucesso do seu governo foram o maior incentivo à autoestima dos brasileiros, a que nos repensemos como país no mundo, como tipo de sociedade que queremos e podemos construir. Ter orgulho de novo de ser brasileiro é a alavanca para todos os outros avanços do país.

Todos os grandes movimentos populares de transformação do mundo tiveram um componente indispensável no sentimento nacional. A Revolução Russa se fez, também, como reação ao avassalamento do país, derrotado na guerra contra o Japão e tornado servil aos interesses das grandes potencias imperialistas, a Inglaterra e a França.

Posteriormente, a resistência soviética à invasão alemã, a derrota do exército nazista e o avanço para derrubar o regime do Hitler – o que mudou o curso da segunda guerra e da própria historia -, se fez em nome da Grande Guerra Patriótica, como resistência do povo contra a invasão alemã.

A Revolução Chinesa foi possível como desdobramento da expulsão da invasão japonesa e da norte-americana, com um profundo sentimento nacional e orgulho de serem chineses, que hoje eles voltam a exibir. A Revolução Vietnamita foi uma revolução profundamente nacional nas suas origens, para expulsar os norte-americanos e derrotar o regime fantoche que eles tinham instalado no sul do país.

A Revolução Cubana foi, antes de tudo, uma revolução democrática e nacional, contra a ditadura pró norte-americana do Batista. Da mesma forma que a nicaraguense, contra a ditadura dos Somoza.

Esse componente nacional é chave na disputa política e ideológica. O que provavelmente mais dói na direita brasileira e nos seus aliados internacionais, foi a capacidade do Lula de levantar bem alto o orgulho de sermos brasileiros, a possibilidade de que o país dê certo, de que podemos e devemos seguir nosso próprio caminho, aliado aos países da região e do Sul do mundo, sem nos subordinarmos aos EUA.

A operação antibrasileira em curso atualmente, aqui dentro e desde fora do país – tem o objetivo de destruir a imagem do Brasil do Lula. Do país que mais luta contra a fome no mundo, que mais diminui a desigualdade, que cresce distribuindo renda, que se afirma como país soberano. Para isso tem que difundir esse clima de pessimismo, veiculado pelo monopólio antidemocratico da mídia.

Que o governo é incompetente, corrupto, que tudo que é comandado desde o Estado não dá certo. Que o país trilhou um caminho errado distanciando-se dos EUA e dos modelos centrados no mercado. Que os salários são os responsáveis pela diminuição do ritmo de crescimento e não a especulação financeira.

Em suma, precisam voltar a derrubar a autoestima dos brasileiros, voltando ao fatalismo de que não teríamos jeito. Quem contribui para isso, conscientemente ou não, pela direita ou pela ultraesquerda – queimando bandeiras do Brasil, torcendo contra a seleção, não valorizando todos os avanços na situação do povo – faz o jogo da direita, dos retrocessos. Que somente são possíveis com um povo desmoralizado, derrotado, sem auto estima, sem sentimento nacional.

Texto original: CARTA MAIOR

sábado, 14 de junho de 2014

A elite reserva ao país o mesmo lugar exortado à Presidenta

A virtude, a civilização, a sorte do desenvolvimento e os destinos da sociedade há muito deixaram de interessar a elite brasileira.

por: Saul Leblon

Quando a elite de uma sociedade se reúne em um estádio de futebol e a sua manifestação mais singular é um coro de ofensas de baixo calão, quem é o principal atingido: o alvo ou o emissor?

Vaias e palavrões são inerentes às disputas futebolísticas. Fazem parte do espetáculo, assim como o frango e o gol de placa. A passagem de autoridades por estádios nunca foi impune.

O que se assistiu no Itaquerão, porém, no jogo inaugural da Copa, entre Brasil e Croácia, não teve nada a ver com o futebol ou deboche, mas com a disputa virulenta em curso pelo comando da história brasileira.

Sem fazer parte da coreografia oficial o que aflorou ali foi a mais autêntica expressão cultural de um lado desse conflito, nunca antes assumido assim de forma tão desinibida e ilustrativa.

Encorajado pelo anonimato, o gado OP (puro de origem) mostrou o pé duro dos seus valores.

Dos camarotes vips um jogral raivoso e descontextualizado despejou sua bagagem de refinamento e boas maneiras sobre uma Presidenta da República em missão oficial.

Por quatro vezes, os sentimentos de uma elite ressentida contra aqueles que afrontam a afável, convergente e impoluta lógica de sociedade que vem construindo aqui há mais de cinco séculos, afloraram durante o jogo.

Foi assim que essa gente viajada, de hábitos cosmopolitas, que se envergonha de um Brasil no qual recusa a enxergar o próprio espelho, ofereceu a um bilhão de pessoas conectadas à Copa em 200 países uma síntese dos termos elevados com os quais tem pautado a disputa política no país.

Que Aécio & Eduardo tenham se esponjado nessa manifestação dá o peso e a medida do espaço que desejam ocupar no espectro da sociedade brasileira.

Dias antes, o ex-Presidente Lula havia comentado que nem a burguesia venezuelana atingira contra Chávez o grau de desrespeito e preconceito observado aqui contra a Presidenta Dilma.

Houve quem enxergasse nessas palavras uma carga de retórica eleitoral.

A cerimônia da 5ª feira cuidou de devolver pertinência à observação.

A formação virtuosa da infância, o compromisso com a civilização, a sorte do desenvolvimento e os destinos da sociedade há muito deixaram de interessar à elite brasileira.

A novidade do coro contra Dilma é refletir o desejo cada vez mais explícito de mandar o país ao mesmo lugar exortado à Presidenta.

Ou não será esse o propósito estratégico do camarote vip ao apregoar o descolamento da sociedade brasileira de uma vez por todas, acoplando-a à grande cloaca mundial de um capitalismo sem peias, onde se processa a restauração neoliberal pós-2008?

Nesse imenso biodigestor de direitos e desmanche do Estado acumula-se o adubo no qual floresce a alta finança desregulada, que tem nos endinheirados brasileiros os detentores da 4ª maior fortuna do planeta evadida em paraísos fiscais.

Estudos da The Price of Offshore Revisited, coordenados pelo ex-economista-chefe da McKinsey, James Henry, revelam que os brasileiros muito ricos – que se envergonham de um governo corrupto-- possuíam, até 2010, cerca de US$ 520 bilhões em paraísos fiscais.

O passaporte definitivo para esse ‘novo normal’ sistêmico requer a vitória, em outubro, das candidaturas que carregam no DNA o mesmo pedigree da turma que deu uma pala na festa de abertura da Copa. Não propriamente contra Dilma, mas contra o que ela simboliza: a tentativa de se construir por aqui um Estado social que assegure aos sem riqueza os mesmos direitos daqueles que enxergam no espaço público um mero apêndice do interesse plutocrático. 

A expressão ‘vale tudo’ descreve com fidelidade o que tem sido e será, cada vez mais, o bombardeio para convencer o imaginário brasileiro das virtudes intrínsecas à troca do ‘populismo’ pelo estado de exceção de direitos e conquistas sociais, em benefício dos livres mercados.

A mídia está aí para isso, como se viu pela cobertura dos fatos da última 5ª feira.
Trata-se de saber em que medida o discernimento social, condicionado por uma esférica máquina de difusão dos interesses vips, saberá distinguir um caminho que desvie a nação do futuro metafórico reservado a ela nos planos, agora explicitados, de sua elite.

A indigência do espírito público dos endinheirados brasileiros, reconheça-se, não é nova. Mas se supera.

O antropólogo Darcy Ribeiro foi um legista obcecado dos seus contornos e consequências para a formação do país, a sorte de sua gente e a qualidade do seu desenvolvimento.

Em um texto de 1986, ‘Sobre o óbvio – Ensaios Insólitos’, o criador da Universidade de Brasília, e chefe da Casa Civil de Jango, iluminou os traços dessa rosca descendente, confirmada 28 anos depois, em exibição mundial, na abertura da Copa de 2014.

"Dois fatos que ficaram ululantemente óbvios. Primeiro, que não é nas qualidades ou defeitos do povo que está a razão do nosso atraso, mas nas características de nossas classes dominantes, no seu setor dirigente e, inclusive, no seu segmento intelectual. Segundo, que nossa velha classe dominante tem sido altamente capaz na formulação e na execução de projeto de sociedade que melhor corresponde a seus interesses. Só que este projeto para ser implantado e mantido precisa de um povo faminto, xucro e feio. Nunca se viu, em outra parte, ricos tão capacitados para gerar e desfrutar riquezas, e para sub- julgar o povo faminto no trabalho, como os nossos senhores empresários, doutores e comandantes. Quase sempre cordiais uns para com os outros, sempre duros e implacáveis para com subalternos, e insaciáveis na apropriação dos frutos do trabalho alheio. Eles tramam e retramam, há séculos, a malha estreita dentro da qual cresce, deformado, o povo brasileiro (...) porque só assim a velha classe pode manter, sem sobressaltos, este tipo de prosperidade de que ela desfruta, uma prosperidade jamais generalizável aos que a produzem com o seu trabalho.

A primeira evidência a ressaltar é que nossa classe dominante conseguiu estruturar o Brasil como uma sociedade de economia extraordinariamente próspera. Por muito tempo se pensou que éramos e somos um país pobre, no passado e agora. Pois não é verdade. Esta é uma falsa obviedade. Éramos e somos riquíssimos! A renda per capita dos escravos de Pernambuco, da Bahia e de Minas Gerais – eles duravam em média uns cinco anos no trabalho – mas a renda per capita dos nossos escravos era, então, a mais alta do mundo. Nenhum trabalhador, naqueles séculos, na Europa ou na Ásia, rendia em libras – que eram os dólares da época – como um escravo trabalhando num engenho no Recife; ou lavrando ouro em Minas Gerais; ou, depois, um escravo, ou mesmo um imigrante italiano, trabalhando num cafezal em São Paulo. Aqueles empreendimentos foram um sucesso formidável. Geraram além de um PIB prodigioso, uma renda per capita admirável. Então, como agora, para uso e gozo de nossa sábia classe dominante. A verdade verdadeira é que, aqui no Brasil, se inventou um modelo de economia altamente próspera, mas de prosperidade pura. Quer dizer, livre de quaisquer comprometimentos sentimentais. A verdade, repito, é que nós, brasileiros, inventamos e fundamos um sistema social perfeito para os qe estão do lado de cima da vida. 

O valor da exportação brasileira no século XVII foi maior que o da exportação inglesa no mesmo período. O produto mais nobre da época era o açúcar. Depois, o produto mais rendoso do mundo foi o ouro de Minas Gerais que multiplicou várias vezes a quantidade de ouro existente no mundo. Também, então, reinou para os ricos uma prosperidade imensa. O café, por sua vez, foi o produto mais importante do mercado mundial até 1913, e nós desfrutamos, por longo tempo, o monopólio dele. Nestes três casos, que correspondem a conjunturas quase seculares, nós tivemos e desfrutamos uma prosperidade enorme. Depois, por algumas décadas, a borracha e o cacau deram também surtos invejáveis de prosperidade que enriqueceram e dignificaram as camadas proprietárias e dirigentes de diversas regiões. O importante a assinalar é que, modéstia à parte, aqui no Brasil se tinha inventado ou ressuscitado uma economia especialíssima, fundada num sistema de trabalho que, compelindo o povo a produzir, o que ele não consumia – produzir para exportar – permitia gerar uma prosperidade não generosa, ainda que propensa desde então, a uma redistribuição preterida. 

Enquanto isso se fez debaixo dos sólidos estatutos da escravidão, não houve problema. Depois, porém, o povo trabalhador começou a dar trabalho, porque tinha de ser convencido na lei ou na marra, de que seu reino não era para agora, que ele verdadeiramente não podia nem precisava comer hoje. Porém o que ele não come hoje, comerá acrescido amanhã. Porque só acumulando agora, sem nada desperdiçar comendo, se poderá progredir amanhã e sempre. O povão, hoje como ontem, sempre andou muito desconfiado de que jamais comerá depois de amanhã o feijão que deixou de comer anteontem. Mas as classes dominantes e seus competentes auxiliares, aí estão para convencer a todos – com pesquisas, programas e promoções – de que o importante é exportar, de que é indispensável e patriótico ter paciência, esperem um pouco, não sejam imediatistas. O bolo precisa crescer; sem um bolo maior – nos dizem o Delfim lá de Paris e o daqui – sem um bolo acrescido, este país estará perdido. É preciso um bolo respeitável, é indispensável uma poupança ponderável, uma acumulação milagrosa para que depois se faça, amanhã, prodigiosamente, a distribuição.

A classe dominante brasileira inscreve na Lei de Terras um juízo muito simples: a forma normal de obtenção da prioridade é a compra. Se você quer ser proprietário, deve comprar suas terras do Estado ou de quem quer que seja, que as possua a título legítimo. Comprar! É certo que estabelece generosamente uma exceção cartorial: o chamado usucapião. Se você puder provar, diante do escrivão competente, que ocupou continuadamente, por 10 ou 20 anos, um pedaço de terra, talvez consiga que o cartório o registre como de sua propriedade legítima. 

Como nenhum caboclo vai encontrar esse cartório, quase ninguém registrou jamais terra nenhuma por esta via. Em consequência, a boa terra não se dispersou e todas as terras alcançadas pelas fronteiras da civilização, foram competentemente apropriadas pelos antigos proprietários que, aquinhoados, puderam fazer de seus filhos e netos outros tantos fazendeiros latifundiários. Foi assim, brilhantemente, que a nossa classe dominante conseguiu duas coisas básicas: se assegurou a propriedade monopolística da terra para suas empresas agrárias, e assegurou que a população trabalharia docilmente para ela, porque só podia sair de uma fazenda para cair em outra fazenda igual, uma vez que em lugar nenhum conseguiria terras para ocupar e fazer suas pelo trabalho. A classe dominante norte-americana, menos previdente e quiçá mais ingênua, estabeleceu que a forma normal de obtenção de propriedade rural era a posse e a ocupação das terras por quem fosse para o Oeste – como se vê nos filmes de faroeste. Qualquer pioneiro podia demarcar cento e tantos acres e ali se instalar com a família, porque só o fato de morar e trabalhar a terra fazia propriedade sua. O resultado foi que lá multiplicou um imenso sistema de pequenas e médias propriedades que criou e generalizou para milhões de modestos granjeiros uma prosperidade geral. Geral mas medíocre, porque trabalhadas por seus próprios donos, sem nenhuma possibilidade de edificar Casas-grandes & Senzalas grandiosas como as nossas".

Texto original : CARTA MAIOR

sexta-feira, 6 de junho de 2014

O STF e a constituição !


O Brasil vive um momento em que a população cobra punição a tudo que é denuncia de corrupção. Toda a população se orienta nos fatos divulgados plea chamada grande imprensa. Não analisam se as denuncias são realmente falsa ou verdadeira, se estão sendo passadas notícias faltados fatos, se as informações estão distorcidas ou mesmo se são falsas. Basta que a televisão denuncie e já se pede a cabeça do acusado. Em todas essas acusações e denuncias tem um fato interessante, só existem os corruptos e os corruptores nunca são informados ou se passa a ideia que não existem.
A situação fica mais grave ao notarmos que as denuncias são feitas sempre em relação ao partido do Governo Federal, como se não existissem os demais partidos,
 ou como se nas administrações estaduais (o PSDB governa nove estados) e municipais (o PMDB é o partido com maior número de prefeituras) não existissem corrupção (na realidade estão ocultando os fatos). A coisa se tornou tão grave que não se analisa as informações e se a lei está sendo ou não cumprida!!

O STF é o órgão responsável de se
garantir que se cumpra a constituição.
O Joaquim Barbosa (Presidente do
STR) rasgou a constituição que
deveria defender!!!!!
O fato, que mais me chama a atenção não, é o povão se guiar pelo imprensa , mas advogados, professores e médicos endossarem e em nome da justiça aceitar que se condene qualquer acusado do partido do governo com provas ou não! E nesta ordem a coisa fica mais escandalosa em se tratando de advogados (são os profissionais da Lei). O mais grave é quando olhamos a composição e as atitudes dos ministros (juízes) do Supremo Tribunal Federal (órgão responsável para fazer cumprir o que está escrito na nossa constituição). É só perguntar a qualquer advogado se pode condenar alguém sem provas que o mesmo em vez de dar as devidas explicações vem logo gritando: querem soltar os bandidos, o cara já foi julgado em trânsito, você quer me dizer que ali só tem inocentes? Mas não perguntei se eram inocentes ou culpados! Eu perguntei se é correto condenar uma pessoa sem mostrar as devidas provas? Infelizmente a grande maioria dos advogados saem bradando que sou defensor de bandidos e petista e nem notam que estão demonstrando lado político e sem nenhuma preocupação de serem profissionais da lei e demonstram que não estão nem um pouco preocupado com o cumprimento ou não da lei!

Os professores, embora não sejam profissionais da lei, são os formadores dos futuros cidadãos! E como formadores dos futuros cidadãos e ao não mostrarem os argumentos que justifiquem tal pergunta, já mostram os tipos de cidadãos que estão pretendendo formar, cidadãos que não questionam os fatos!!!. Estão formando cidadãos que se é contra o que eu considero um inimigo, que se condene, pouco importa a existência ou não da lei!!!
 
Joaquim Barbosa é condecorado com a 
medalha da ordem de Tiradentes por
políticos que ele não condenou no 
mensalão do PSDB!
É comum se verificar a defesa de Joaquim Barbosa, inclusive entre advogados e professores (já presenciei vários casos), como um herói nacional!!! Esse herói foi relator dos dois processos do mensalões (devido a interferência dos meios de comunicação a população pensa que foi somente um). Um ele fatiou o processo para que fossem mandado para a primeira instância (o mensalão do PSDB) e o outro ele pediu a condenação de todos os acusados e afirmando que não tinha provas, mas utilizando uma tal de “Teoria dos Fatos”, pediu a condenação de todos!!! Estranha contradição!!!!

O processo Mensalão do PSDB  é mais antigo que o Mensalão do PT e estranhamente o mensalão do PT foi julgado primeiro e os acuados do mensalão do PSDB estão sendo inocentados porque as penas estão prescrevendo. Justiça com dois pesos e duas medidas!

Leia também:
MEGACIDADANIA - Confirmado, Barbosa forjou condenações
Diário do Centro do Mundo - Quem desmoralizou o STF foi o próprio STF
Blog da Cidadania - Visita de deputados a Dirceu desmoralizou Legislativo, Judiciário e imprensa

Antônio Carlos Vieira
Licenciatura Plena - Geografia
http://carlos-geografia.blogspot.com.br



segunda-feira, 2 de junho de 2014

Pré-sal: Brasil contrariou interesses de petrolíferas estrangeiras

Pelo novo modelo de partilha, o petróleo continua de propriedade da União, mesmo após a jazida ser eventualmente explorada por uma empresa privada.

Dr. Rosinha (*)


A oposição (PSDB, DEM, PPS e PSB) ao governo Dilma e os entreguistas da mídia desejam sangrar a Petrobras, a bem dos EUA,como já registrei em artigo anterior. Querem transformar a Petrobras em um ringue de disputas políticas partidárias eleitorais. São os autoproclamados defensores da CPI, como se CPIs servissem para alguma coisa.

Lembra a CPMI do Cachoeira? Alguns dizem - seria necessário uma investigação específica para confirmar ou não - que o resultado teria sido mais dinheiro para algumas campanhas.

Estes que agora pregam a honestidade e a moralidade são os mesmos que, quando governaram o país, fizeram de tudo para privatizar a Petrobras.

É bom lembrar que quando exercia o papel governista (dos anos 90 até 2002), a oposição demotucana quebrou o monopólio estatal da Petrobras, escancarou a terceirização, privatizou alguns setores e unidades da empresa, reduziu drasticamente os efetivos próprios, estagnou investimentos em exploração, produção e refino e ainda tentou mudar o nome da Petrobras para Petrobrax. Foi nessa época que a empresa protagonizou alguns dos maiores acidentes ambientais do país e o afundamento da P-36.

São esses mesmos neoliberais que insistem em atacar a gestão estatal que desde 2003 iniciou o processo que faz da Petrobras uma empresa verdadeiramente pública e voltada para os interesses nacionais.

Aos fatos: em 2002 a Petrobras valia R$ 30 bilhões, sua receita era de R$ 69,2 bilhões, o lucro líquido de R$ 8,1 bilhões e os investimentos não passavam de R$ 18,9 bilhões. Uma década depois, em 2012, o valor de mercado da Petrobras passou a ser de R$ 260 bilhões, a receita subiu para R$ 281,3 bilhões, o lucro líquido para R$ 21,1 bilhões e os investimentos foram multiplicados para R$ 84,1 bilhões.

Vale lembrar que foi no governo PSDB-DEM que se promulgou a famosa lei 9.478/97. Essa norma produziu duas grandes consequências. Em primeiro lugar, a Petrobras abriu seu capital social para investidores estrangeiros. Assim, a estatal teve 36% de suas ações vendidas na Bolsa de Nova Iorque. Com isso, a União reduziu a sua participação acionária de cerca de 60% para 32,53% do capital social total. Ressalte-se que essa operação não representou o ingresso de recursos para a Petrobras, mas proporcionou na época o aumento na sua base acionária, principalmente no estrangeiro.

Com tal venda, a Petrobras teve ainda de cumprir, a partir de 2002, com a lei americana “Sarbanes–Oxley” (SOX), uma norma bastante rigorosa que obriga as empresas que têm ações em bolsas norte-americanas a submeter suas decisões de negócios e informações às autoridades supervisoras do mercado dos EUA.

Dessa maneira, os presidentes de Petrobras são obrigados a ir a Nova Iorque para prestar contas das ações da empresa e submeter-se a questionamentos dos acionistas norte-americanos. Interessante notar que muitos desses acionistas são associados às companhias competidoras da Petrobras.

Em segundo lugar, a lei 9.478/97 introduziu, no Brasil, o modelo de exploração por concessão. Conforme tal modelo, o petróleo e o gás são de propriedade da empresa privada que os explora. O petróleo, nesse caso, só pertence à União enquanto não estiver sendo explorado. Assim que uma empresa começa a explorar uma jazida, pelo modelo de concessão, o petróleo e o gás passam a ser de sua propriedade. Com isso, o país perdeu o controle estratégico da produção e comercialização de hidrocarbonetos, pois a empresa concessionária podia fazer o que quisesse com a sua jazida. Ou seja, o petróleo deixou de ser nosso. Na realidade, a citada lei já estava preparando o terreno para uma futura privatização da Petrobras, que PSDB-DEM queriam chamar de Petrobrax.

Com a recuperação da empresa e com a nova realidade criada pelo pré-sal, os governos do PT resolveram criar um novo marco regulatório para o setor, que enterrou o modelo de concessão criado pelo PSDB-DEM. Para os campos do
pré-sal, o que vale agora é o modelo de partilha. Nesse novo modelo, o petróleo continua de propriedade da União, mesmo após a jazida ser eventualmente explorada por uma empresa privada. A empresa apenas recebe uma participação por seus serviços. Esse novo marco regulatório assegurou que o petróleo do
pré-sal seja realmente nosso. E também determinou que a Petrobras seja a operadora privilegiada dos campos.

O petróleo, agora abundante, voltou a ser nosso. É isso que incomoda. E muito. Se antes a Petrobras incomodava, hoje incomoda muito mais. As empresas estrangeiras não podem mais se apossar das megajazidas, como podiam na época do PSDB-DEM. Para explorá-las, têm de se associar à Petrobras.

Na defesa do interesse nacional, público e republicano, precisamos proteger a Petrobras, mas sem transmitir a ideia de que se esconde corrupção. Se eventualmente algum malfeito for constatado, os órgãos de Estado estão apurando e tomarão as medidas cabíveis.


(*) Médico pediatra e servidor público, é deputado federal pelo PT do Paraná.


Texto original: CARTA MAIOR